From Indigenous Peoples in Brazil
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News

Índios voltaram à aldeia São José

22/03/2002

Fonte: A Crítica-Manaus-AM



Documentos anexos


A maioria das famílias de índios macus que estavam acampadas havia mais de um mês em um barracão de palha e casas de parentes em Vila Bittencourt (Alto Solimões) já voltou para casa. Os indígenas haviam fugido da aldeia São José, na fronteira do Brasil com a Colômbia, depois de ter sido ameaçados por guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que os "visitaram".

Os índios, que fugiram na época do incidente amedrontados com os guerrilheiros, deixaram para trás roça e utensílios. Largaram também o cotidiano sossegado, conquistado depois de anos de conflitos e represálias. É que, segundo relatos históricos, os macus sempre foram indígenas pacíficos e sofreram com a escravização de outras etnias.

De acordo com a Fundação Nacional do Índio (Funai), os macus receberam alimentos - arroz, farinha e charque - durante todo o tempo em que estiveram fora da aldeia de origem. Os mantimentos foram comprados em caráter de urgência pela Funai e levados em um avião fretado pelo órgão em aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) que fazem viagem para aquela região.

Na cidade de Tabatinga (a 1.105 quilômetros de Manaus), o clima é de tranqüilidade, como garantiu o chefe da Operação Cobra, da Polícia Federal, Mauro Spósito. Mesmo com a notícia de que os Estados Unidos irão apertar o cerco contra os guerrilheiros, a expectativa de Spósito é a melhor possível. "Acho que as coisas irão continuar calmas até as eleições na Colômbia acontecerem, e isso é lá para maio", explicou. (As eleições presidenciais na Colômbia estão marcadas para o dia 26 de maio).

Apesar de um dos líderes das Farc, Tomás Molina Caracas - o "Negro Acacio" -, acusado pelo Governo norte-americano de contrabando de cocaína, atuar na área de Barrancominas, perto da fronteira da Colômbia com o Brasil e a Venezuela, o delegado aposta na manutenção da tranqüilidade. "Continuaremos com o mesmo efetivo e fazendo patrulhas. Mas até agora nada mais foi registrado", disse Spósito.
 

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