From Indigenous Peoples in Brazil
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News
Povo indígena não tem o que comemorar nesta quinta-feira
19/04/2007
Fonte: Jornal do Norte
No dia dedicado aos índios não há muito o que comemorar. Uma das razões é que a Pró-Reitoria de Graduação (PRG) da UFPB sugeriu apenas 2,5% das vagas do PSS para o povo indígena. Das 4.437 vagas oferecidas, 50% seriam destinadas a estudantes de escolas públicas, 20% seriam para negros, 2,5% para a comunidade quilombola e 5% para portadores de necessidades especiais.
O capitão potiguara, José Ciríaco, lembrou que vem discutindo o assunto de 1999. Na época ele era contra as cotas, achava que essa não era a forma correta do governo devolver as perdas.
"Mas, com a implantação de 45 universidades e conversando com amigos especialistas, passei a concordar, em parte", disse Ciríaco. Ele afirmou que este percentual não vai suprir a reivindicação dos índios, que é de 10%. "Por isso entregamos um documento ao Pró-Reitor Umbelino de Freitas Neto, inclusive levando várias assinaturas, e ele nos deu todo apoio", afirmou.
José Ciríaco reclamou também da falta de políticas públicas do Governo Federal.
Segundo ele, faltam políticas de auto-sustentabilidade e a demarcação de terras só acontece sob pressão. E a terra é muito importante para os índios da tribo potiguara que, atualmente, são 13 mil espalhados nas 12 aldeias localizadas na Baía da Traição, 11 em Marcação, e 3 em Rio Tinto.
O capitão potiguara, no entanto, com viagem marcada para Brasília, contou que foi eleito para fazer parte de uma comissão interministerial. Ele vai trabalhar com políticas públicas e tem o intuito de buscar uma definição de políticas para os povos indígenas. Ele garantiu que vai cobrar melhorias do Governo Federal nos setores da saúde, educação, demarcação de terras e auto-sustentabilidade.
Em relação ao respeito do 'homem branco' à cultura indígena, Ciríaco disse que as pessoas ainda mantêm um certo respeito. Tanto que em sua atuação no grupo de trabalho que criou no CCHLA (Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes) da UFPB, ele percebeu que há um grande carinho no tratamento com o povo indígena. Na universidade, José Ciríaco é representante da Comissão de Direitos Humanos, defendendo os direitos de seu povo.
Programação
Para os potiguaras, as comemorações alusivas ao Dia do Índio começaram desde a última terça-feira 17, com a apresentação do Toré, na Aldeia Estiva Velha, em Marcação. A comemoração sempre acontecia na Aldeia mãe, a São Francisco, mas como os potiguaras estão, de certa forma, dispersos, como observou Ciríaco, ficou decidido mudar o local. Um dos objetivos é acabar também com os conflitos internos.
Com o tema 'Dia do Índio: Reafirmação e Fortalecimento de sua Cultura', os potiguaras prosseguiram com a programação ontem, com mais comemorações na Aldeia Monte Mor, em Rio Tinto. Hoje será realizada uma missa às 9 horas, na Aldeia São Francisco, na Baía da Traição. Em seguida haverá uma apresentação do Toré, a partir das 10h30, no mesmo local. Ciríaco lembrou que a sociedade 'não índia' está convidada a participar da programação de hoje.
O capitão potiguara José Ciríaco, que vive na Aldeia Forte, localizada na Baía da Traição, disse que no primeiro dia de comemoração reuniram-se entre 300 e 400 índios.
O capitão potiguara, José Ciríaco, lembrou que vem discutindo o assunto de 1999. Na época ele era contra as cotas, achava que essa não era a forma correta do governo devolver as perdas.
"Mas, com a implantação de 45 universidades e conversando com amigos especialistas, passei a concordar, em parte", disse Ciríaco. Ele afirmou que este percentual não vai suprir a reivindicação dos índios, que é de 10%. "Por isso entregamos um documento ao Pró-Reitor Umbelino de Freitas Neto, inclusive levando várias assinaturas, e ele nos deu todo apoio", afirmou.
José Ciríaco reclamou também da falta de políticas públicas do Governo Federal.
Segundo ele, faltam políticas de auto-sustentabilidade e a demarcação de terras só acontece sob pressão. E a terra é muito importante para os índios da tribo potiguara que, atualmente, são 13 mil espalhados nas 12 aldeias localizadas na Baía da Traição, 11 em Marcação, e 3 em Rio Tinto.
O capitão potiguara, no entanto, com viagem marcada para Brasília, contou que foi eleito para fazer parte de uma comissão interministerial. Ele vai trabalhar com políticas públicas e tem o intuito de buscar uma definição de políticas para os povos indígenas. Ele garantiu que vai cobrar melhorias do Governo Federal nos setores da saúde, educação, demarcação de terras e auto-sustentabilidade.
Em relação ao respeito do 'homem branco' à cultura indígena, Ciríaco disse que as pessoas ainda mantêm um certo respeito. Tanto que em sua atuação no grupo de trabalho que criou no CCHLA (Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes) da UFPB, ele percebeu que há um grande carinho no tratamento com o povo indígena. Na universidade, José Ciríaco é representante da Comissão de Direitos Humanos, defendendo os direitos de seu povo.
Programação
Para os potiguaras, as comemorações alusivas ao Dia do Índio começaram desde a última terça-feira 17, com a apresentação do Toré, na Aldeia Estiva Velha, em Marcação. A comemoração sempre acontecia na Aldeia mãe, a São Francisco, mas como os potiguaras estão, de certa forma, dispersos, como observou Ciríaco, ficou decidido mudar o local. Um dos objetivos é acabar também com os conflitos internos.
Com o tema 'Dia do Índio: Reafirmação e Fortalecimento de sua Cultura', os potiguaras prosseguiram com a programação ontem, com mais comemorações na Aldeia Monte Mor, em Rio Tinto. Hoje será realizada uma missa às 9 horas, na Aldeia São Francisco, na Baía da Traição. Em seguida haverá uma apresentação do Toré, a partir das 10h30, no mesmo local. Ciríaco lembrou que a sociedade 'não índia' está convidada a participar da programação de hoje.
O capitão potiguara José Ciríaco, que vive na Aldeia Forte, localizada na Baía da Traição, disse que no primeiro dia de comemoração reuniram-se entre 300 e 400 índios.
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