From Indigenous Peoples in Brazil
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Notícias
Juiz emite reintegração de área ocupada e aumenta número de militares na área
29/06/2007
Fonte: CIMI
O juiz da 20ª Vara Federal, Georgios Augustini Príncipe Tedidio, concedeu no final da manhã de hoje (29) a ordem de reintegração de posse da área ocupada por mais de 1500 trabalhadores, em Cabrobó (PE). Nas imediações do acampamento aumentou a presença de policiais militares, do Batalhão de Choque, e de soldados do Exército. Os acampados esperam a notificação oficial para tomar qualquer decisão.
Segundo os coordenadores do acampamento atos de violência só acontecerão se partir dos soldados e militares, os manifestantes têm a orientação de manter a ação pacífica. Todavia, a movimentação tem assustado a população do entorno e os acampados. A área ocupada é o local de tomada de água do canal norte do projeto de transposição, do governo federal.
Os manifestantes e o povo indígena Truká, que faz a retomada do território, não pretendem sair do local. Pela manhã foi dado início a construção de casas de barros, mais pessoas continuam a chegar ao acampamento e uma celebração comemorativa ao dia de São Pedro, considerado o protetor dos pescadores, marcou o início das atividades e a assembléia geral que debate a continuidade da ocupação.
Truká - Uma ação foi impetrada ontem (28) no Ministério Público Federal, escritório de Serra Talhada (PE), para que o direito dos povos indígenas seja garantido. O documento pede que seja agilizada a demarcação do território dos índios Truká, a suspensão imediata das obras da transposição e a retirada do Exército.
O líder da tribo, Francisco Truká, explicou que os índios não abandonarão mais a área onde estão sendo iniciadas as obras da transposição, por considerar que são terras da aldeia. "Daqui não sairemos e, se o governo quiser continuar a transposição, terá que buscar outro lugar para trabalhar", declarou Francisco.
O processo de demarcação do território pela Funai começou há mais de dez anos. A área hoje ocupada em Cabrobó (PE), fazenda Toco Preto, por mais de 1500 manifestantes desde a madrugada do dia 26, só seria integrada ao território quando fosse concluída a primeira etapa do processo. Há dois anos foi feito o pedido de revisão dos limites da área, processo que também não teve continuidade.
Segundo o estudo de impacto ambiental, na área de construção dos canais norte e leste do projeto de transposição, seriam atingidos diretamente os povos Tuxá, Truká, Pipipã, Tumbalalá, Kambiwá, a aldeia de Caraíba, além de 34 territórios indígenas e outras 153 comunidades. Nenhum desses povos e comunidades foram ouvidos pelo governo sobre o projeto de transposição.
Transposição - O projeto de transposição do governo federal está orçado em R$ 6,6 bilhões no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). Pretende construir dois canais, norte e leste, para verter águas do São Francisco, a partir dos municípios pernambucanos de Petrolândia e Cabrobó, em direção ao que está sendo chamado de Nordeste Setentrional. As águas previstas para verter nos dois canais servirão em 70% para irrigação e atividades como a criação de camarão, 26% para uso industrial e apenas 4% para o povo que vive em zonas rurais e urbanas.
Segundo os coordenadores do acampamento atos de violência só acontecerão se partir dos soldados e militares, os manifestantes têm a orientação de manter a ação pacífica. Todavia, a movimentação tem assustado a população do entorno e os acampados. A área ocupada é o local de tomada de água do canal norte do projeto de transposição, do governo federal.
Os manifestantes e o povo indígena Truká, que faz a retomada do território, não pretendem sair do local. Pela manhã foi dado início a construção de casas de barros, mais pessoas continuam a chegar ao acampamento e uma celebração comemorativa ao dia de São Pedro, considerado o protetor dos pescadores, marcou o início das atividades e a assembléia geral que debate a continuidade da ocupação.
Truká - Uma ação foi impetrada ontem (28) no Ministério Público Federal, escritório de Serra Talhada (PE), para que o direito dos povos indígenas seja garantido. O documento pede que seja agilizada a demarcação do território dos índios Truká, a suspensão imediata das obras da transposição e a retirada do Exército.
O líder da tribo, Francisco Truká, explicou que os índios não abandonarão mais a área onde estão sendo iniciadas as obras da transposição, por considerar que são terras da aldeia. "Daqui não sairemos e, se o governo quiser continuar a transposição, terá que buscar outro lugar para trabalhar", declarou Francisco.
O processo de demarcação do território pela Funai começou há mais de dez anos. A área hoje ocupada em Cabrobó (PE), fazenda Toco Preto, por mais de 1500 manifestantes desde a madrugada do dia 26, só seria integrada ao território quando fosse concluída a primeira etapa do processo. Há dois anos foi feito o pedido de revisão dos limites da área, processo que também não teve continuidade.
Segundo o estudo de impacto ambiental, na área de construção dos canais norte e leste do projeto de transposição, seriam atingidos diretamente os povos Tuxá, Truká, Pipipã, Tumbalalá, Kambiwá, a aldeia de Caraíba, além de 34 territórios indígenas e outras 153 comunidades. Nenhum desses povos e comunidades foram ouvidos pelo governo sobre o projeto de transposição.
Transposição - O projeto de transposição do governo federal está orçado em R$ 6,6 bilhões no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). Pretende construir dois canais, norte e leste, para verter águas do São Francisco, a partir dos municípios pernambucanos de Petrolândia e Cabrobó, em direção ao que está sendo chamado de Nordeste Setentrional. As águas previstas para verter nos dois canais servirão em 70% para irrigação e atividades como a criação de camarão, 26% para uso industrial e apenas 4% para o povo que vive em zonas rurais e urbanas.
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