From Indigenous Peoples in Brazil
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News

Roosevelt corre risco de nova chacina

16/07/2007

Fonte: Folha de Rondônia



A Reserva Roosevelt está novamente em situação igual quando anteceu a matança de 29 garimpeiros, assassinados por índios em 2004. Um barril de pólvora prestes a explodir. Invadida por empresas brasileiras e estrangeiras, atraindo garimpeiros, com máquinas e equipamentos trabalhando continuamente, a Roosevelt é um atrativo à violência.

Nada adiantaram todas as denúncias e protestos já feitos pelo governador Ivo Cassol (PPS). Segundo relatório enviado esta semana ao presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Rondônia pelo secretário de Segurança do Estado, Evilázio Sena, a situação está muito parecida com aquela que redundou num massacre que colocou Rondônia nas mídias nacional e mundial pela violência praticada pelos índios Cinta-Larga contra garimpeiros que invadiram a reserva.

Relatório detalhado do delegado de Espigão do Oeste, Rafael Costa Dourado, e anexado ao ofício que Sena mandou à OAB, várias empresas nacionais e internacionais estão trabalhando na cidade, pesquisando e prospectando minérios. Muitas trazem gente de fora para o trabalho. Garimpeiros ficam sabendo o que está acontecendo e se concentram em Espigão do Oeste. Ficam sem trabalho e acabam ajudando a aumentar as estatísticas de crimes na cidade.

"Já em relação ao garimpo ilegal de Roosevelt, tivenos informação de que cerca de 100 pessoas estão trabalhando na extração de diamantes". O delegado de Espigão relata ainda que há informações seguras de que escavadeiras hidráulicas e 20 máquinas de pequeno porte estão funcionando dentro da Reserva.

Segundo o relatório, os garimpeiros estão burlando as barreiras da Polícia Federal, que está no local, e entrando na reserva por estradas clandestinas. Inclusive, já foram descobertos vários acampamentos de garimpeiros dentro da área proibida.

A documentação encaminhada à OAB apenas confirma o que o Governo do Estado tem dito: o garimpo ilegal e o contrabando de diamantes jamais cessaram, mesmo com a Polícia Federal tentando impedir a entrada dos invasores. O quadro está montado para nova tragédia. Se a União não tomar medidas enérgicas e urgentes, Rondônia vai se tornar, de novo, notícia no Brasil e no mundo.
 

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