From Indigenous Peoples in Brazil
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News
Índios ocupam fazenda no Surumu
02/08/2007
Autor: NEURACI SOARES
Fonte: Folha de Boa Vista
Os ânimos voltaram a ficar acirrados na região da Raposa Serra do Sol, com a ocupação da fazenda União, por um grupo de cerca de 190 índios ligados ao CIR (Conselho Indígena de Roraima). O movimento teve início no último sábado, dia 28, e ontem os indígenas começaram a montar acampamento na sede da fazenda, afirmando que a ocupação é definitiva.
A fazenda, também chamada de Jurumum, está localizada a 130 quilômetros de Boa Vista, na região do Baixo Surumu, na Raposa Serra do Sol, e é de propriedade do pecuarista Raimundo de Jesus Cardoso Sobrinho, conhecido como Raimundo Curica.
Ele contou que os índios começaram a chegar de trator, kombi de transporte escolar, toyota, L-200 e uma caminhonete C-10. Os veículos, segundo Curica, estão circulando com as placas cobertas e chegando e saindo durante a noite.
Os índios se instalaram no quintal da casa do pecuarista, na RR-319, onde ele mantém um comércio. Eles estão alojados em barracos cobertos por lonas, em um acampamento com redes e fogo de lenha. Ontem, eles começaram a retirar palhas e construir malocas que servirão de apoio aos ocupantes.
Para Curica, a iniciativa dos índios indica que eles estão querendo derramamento de sangue. "Eles estão armados com espingardas, facas, terçados, arcos e flechas e não escondem que estão preparados para tudo. Nós não queremos briga, mas não sairemos daqui por nada", afirmou o pecuarista.
Ele denunciou também que os índios estão sendo alimentados com merenda escolar que chega em uma kombi do transporte escolar. "Temos a informação de que vários professores indígenas estão aqui no acampamento e alguns veículos usados para transportar os índios são de propriedade do Governo do Estado, como os tratores e a kombi", acrescentou.
O pecuarista contou que comprou a fazenda União em 1990, mas mora na região do Surumu desde 1952, quando nasceu na fazenda Mangueira. Ele afirmou que tem os comprovantes de compra e venda da terra e o título definitivo expedido pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), registrado inclusive no Cartório de Imóveis.
Ele disse que a Funai (Fundação Nacional do Índio) avaliou a fazenda União em R$ 27 mil, o que para ele, é uma agressão para quem investiu 42 anos de trabalho na área e adquiriu a propriedade por R$ 80 mil. Além da União, Curica é dono da fazenda Nova Esperança, comprada por R$ 180 mil e avaliada para indenização em apenas R$ 80 mil.
ITIKAWA - As duas fazendas vizinhas da área ocupada pelos índios são de propriedade do produtor de arroz Nelson Itikawa. Para sua esposa, Izabel Itikawa, a intenção dos índios é usar a fazenda União como base de apoio para outras invasões. "Uma de nossas fazendas, a Vizeu, fica muito próxima dessa área invadida e acreditamos que eles possam tentar ocupá-la nos próximos dias. Não iremos sair da área e lutaremos até o fim por nossas propriedades", disse.
A fazenda, também chamada de Jurumum, está localizada a 130 quilômetros de Boa Vista, na região do Baixo Surumu, na Raposa Serra do Sol, e é de propriedade do pecuarista Raimundo de Jesus Cardoso Sobrinho, conhecido como Raimundo Curica.
Ele contou que os índios começaram a chegar de trator, kombi de transporte escolar, toyota, L-200 e uma caminhonete C-10. Os veículos, segundo Curica, estão circulando com as placas cobertas e chegando e saindo durante a noite.
Os índios se instalaram no quintal da casa do pecuarista, na RR-319, onde ele mantém um comércio. Eles estão alojados em barracos cobertos por lonas, em um acampamento com redes e fogo de lenha. Ontem, eles começaram a retirar palhas e construir malocas que servirão de apoio aos ocupantes.
Para Curica, a iniciativa dos índios indica que eles estão querendo derramamento de sangue. "Eles estão armados com espingardas, facas, terçados, arcos e flechas e não escondem que estão preparados para tudo. Nós não queremos briga, mas não sairemos daqui por nada", afirmou o pecuarista.
Ele denunciou também que os índios estão sendo alimentados com merenda escolar que chega em uma kombi do transporte escolar. "Temos a informação de que vários professores indígenas estão aqui no acampamento e alguns veículos usados para transportar os índios são de propriedade do Governo do Estado, como os tratores e a kombi", acrescentou.
O pecuarista contou que comprou a fazenda União em 1990, mas mora na região do Surumu desde 1952, quando nasceu na fazenda Mangueira. Ele afirmou que tem os comprovantes de compra e venda da terra e o título definitivo expedido pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), registrado inclusive no Cartório de Imóveis.
Ele disse que a Funai (Fundação Nacional do Índio) avaliou a fazenda União em R$ 27 mil, o que para ele, é uma agressão para quem investiu 42 anos de trabalho na área e adquiriu a propriedade por R$ 80 mil. Além da União, Curica é dono da fazenda Nova Esperança, comprada por R$ 180 mil e avaliada para indenização em apenas R$ 80 mil.
ITIKAWA - As duas fazendas vizinhas da área ocupada pelos índios são de propriedade do produtor de arroz Nelson Itikawa. Para sua esposa, Izabel Itikawa, a intenção dos índios é usar a fazenda União como base de apoio para outras invasões. "Uma de nossas fazendas, a Vizeu, fica muito próxima dessa área invadida e acreditamos que eles possam tentar ocupá-la nos próximos dias. Não iremos sair da área e lutaremos até o fim por nossas propriedades", disse.
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