From Indigenous Peoples in Brazil
News
Aumenta pressão para índios desocuparem o Monte Pascoal
30/04/2002
Autor: (Carla Fialho)
Fonte: A Tarde-Salvador-BA
Há cerca de 15 dias, um grupo de 100 índios pataxós, liderado pelo cacique Joel Braz, ocupou propriedades localizadas no entorno do Parque Nacional do Monte Pascoal. A chamada Frente de Resistência Pataxó já tomou posse, desde 9 de abril, das fazendas Boa Vista, Bela Vista e Santo Agostinho, em protesto ao acordo de cooperação mútua celebrado entre Fundação Nacional do Índio (Funai), Ibama e Ministério do Meio Ambiente, lançado oficialmente pelo ministro José Carlos Carvalho no dia 9, no Monte Pascoal. As ocupações também são, de acordo com o cacique Joel Braz, uma forma de reivindicar a urgência na demarcação das terras.
Enquanto isso não acontecer, os índios pretendem continuar firmes na luta, apesar das
pressões que estão recebendo dos fazendeiros para que desocupem as terras. "Vamos
permanecer na área, pois temos certeza que ela está dentro do território indígena", ressalta o cacique Joel Braz. Desde a primeira ocupação, os últimos quatro dias foram os piores para a resistência pataxó, com tiroteios durante a madrugada, de pistoleiros escondidos em fazendas vizinhas e boatos de que o comando da Polícia Militar em Itamaraju iria invadir a área e tirar os índios à força.
"Depois ficamos sabendo que a história não era bem assim, a intervenção da PM foi solicitada para dar proteção aos índios, uma vez que a Polícia Federal não tem vindo para o local. Mas não aceitamos, temos motivos para não confiar na Polícia Militar", enfatizou Joel Braz, que revela ainda que os índios que estão ocupando a fazenda Santo Agostinho, de propriedade do prefeito de Itanhém, Manoel Batista, foram molestados psicologicamente por funcionários da fazenda. "Eles ficaram molestando os meninos, dizendo que nas proximidades estão escondidos mais de 200 homens, prontos para a batalha, que vão tirar os índios daqui nem que seja na marra", afirma.
Os índios não temem a batalha, mas queixam-se da ausência da Polícia Federal, que esteve
no local duas vezes, e da falta de apoio da direção nacional da Funai. De acordo com o
cacique Joel Braz, na quarta-feira da semana passada, 18 caciques das aldeias da região se reuniram para dar apoio aos pataxós. "Tive o apoio de todas as aldeias ao redor do parque e mais índios virão compor a frente de resistência, pois iremos lutar pela demarcação. Queremos ver nosso povo assentado, trabalhando e vivendo da terra", disse o cacique. Para que este sonho seja realizado, os pataxós dependem da conclusão do estudo técnico da área, cerca de 200 mil hectares, abrangendo os municípios de Prado, Itamaraju e Porto Seguro. O estudo, realizado por um Grupo Técnico da Funai, está sendo realizado desde 1999 e só sua conclusão pode acabar com os conflitos na região.
Enquanto isso não acontecer, os índios pretendem continuar firmes na luta, apesar das
pressões que estão recebendo dos fazendeiros para que desocupem as terras. "Vamos
permanecer na área, pois temos certeza que ela está dentro do território indígena", ressalta o cacique Joel Braz. Desde a primeira ocupação, os últimos quatro dias foram os piores para a resistência pataxó, com tiroteios durante a madrugada, de pistoleiros escondidos em fazendas vizinhas e boatos de que o comando da Polícia Militar em Itamaraju iria invadir a área e tirar os índios à força.
"Depois ficamos sabendo que a história não era bem assim, a intervenção da PM foi solicitada para dar proteção aos índios, uma vez que a Polícia Federal não tem vindo para o local. Mas não aceitamos, temos motivos para não confiar na Polícia Militar", enfatizou Joel Braz, que revela ainda que os índios que estão ocupando a fazenda Santo Agostinho, de propriedade do prefeito de Itanhém, Manoel Batista, foram molestados psicologicamente por funcionários da fazenda. "Eles ficaram molestando os meninos, dizendo que nas proximidades estão escondidos mais de 200 homens, prontos para a batalha, que vão tirar os índios daqui nem que seja na marra", afirma.
Os índios não temem a batalha, mas queixam-se da ausência da Polícia Federal, que esteve
no local duas vezes, e da falta de apoio da direção nacional da Funai. De acordo com o
cacique Joel Braz, na quarta-feira da semana passada, 18 caciques das aldeias da região se reuniram para dar apoio aos pataxós. "Tive o apoio de todas as aldeias ao redor do parque e mais índios virão compor a frente de resistência, pois iremos lutar pela demarcação. Queremos ver nosso povo assentado, trabalhando e vivendo da terra", disse o cacique. Para que este sonho seja realizado, os pataxós dependem da conclusão do estudo técnico da área, cerca de 200 mil hectares, abrangendo os municípios de Prado, Itamaraju e Porto Seguro. O estudo, realizado por um Grupo Técnico da Funai, está sendo realizado desde 1999 e só sua conclusão pode acabar com os conflitos na região.
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