From Indigenous Peoples in Brazil
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News

Crimes bárbaros assustam índios em Dourados

22/08/2007

Autor: Henrique de Matos

Fonte: Diário MS




Mesmo após a volta da Operação Sucuri, a violência continua assombrando a Reserva Indígena de Dourados. Só neste ano, já foram registrados inúmeros casos bárbaros de homicídios e atentados. A maioria dos crimes apresenta requintes de crueldade.

O caso mais recente foi registrado na madrugada de ontem. A índia Adélia Garcia Garcette, 37, moradora na aldeia Bororó, foi mutilada durante uma tentativa de homicídio. Segundo a Polícia Militar, Adélia foi atingida com pelo menos cinco golpes de facão na altura dos braços e da cabeça. A violência dos golpes acabou arrancando o olho direito e praticamente decepando a mão esquerda da vítima, que ficou presa somente por um músculo. A vítima também teve perda de massa encefálica e está internada no Hospital Evangélico em estado grave.
O índio Aristides Soares, 30, foi preso e confessou a autoria do crime. Também foi detida Uezênia Savala, 24, acusada de participação no atentado. Aristides disse que praticou o crime porque a vítima havia espalhado que um bebê dela, seria filho dele.

Em depoimento, Aristides Soares também confessou participação em outro crime bárbaro ocorrido recentemente na Reserva, que foi a tentativa de chacina contra três índios adultos e um bebê de apenas um ano de idade. Eles foram baleados dentro de casa no dia 03 de agosto e a criança atingida na cabeça.
Só neste ano, foram registrados 10 homicídios dentro das aldeias Jaguapirú e Bororó, além das dezenas de casos de atentados. A maioria das vítimas foi ferida com armas brancas, como facão, foices e armas artesanais.

OUTROS CASOS

Outros crimes bárbaros foram registrados neste ano nas aldeias de Dourados. No dia 1º de janeiro, Lozinho Cláudio Porto, 20, foi morto com dois golpes de facão, um no pescoço que quase lhe decepou a cabeça e outro no ombro direito, durante uma tentativa de assalto. Já em março, Eugênio da Silva Soares, 24, morador na aldeia Bororó, foi brutalmente assassinado com vários golpes facão, que atingiram principalmente o pescoço e no rosto.
Outro caso com requintes de crueldade foi o assassinato de Nivaldo Vargas, 42, também ocorrido em março. Ele foi morto com pelo menos 20 facadas pelo corpo, na região do tórax. Segundo a Polícia Civil, a maioria dos casos brutais ocorridos na aldeias estão relacionados ao consumo de bebidas alcoólicas.
 

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