From Indigenous Peoples in Brazil

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Terapia do riso recupera saúde de crianças nas aldeias

12/09/2007

Autor: João Rocha

Fonte: Dourados Agora




A fisioterapeuta Aline Soares de Souza realizou um trabalho de pesquisa de mestrado com crianças indígenas, pacientes em um hospital localizado na Reserva Indígena de Dourados. Ela pesquisou, em um período de 11 meses, o efeito do riso no auxílio ao tratamento de várias doenças, na área da Pediatria.

A fisioterapeuta explica que foram feitas visitas semanais e utilizados recursos como teatros, músicas infantis, roupas coloridas, bolas e desenhos durante os trabalhos.

"A coleta de relatos dos profissionais locais também foi efetuada. A princípio as crianças apresentaram resistência ao toque, as carícias e ao sorriso. Outra dificuldade encontrada pelos pesquisadores foi o fato de que alguns dos pacientes falavam apenas a língua indígena e também apresentaram medo na aproximação", relata a fisioterapeuta.

Aline conta que apesar do avanço da tecnologia e as buscas intermináveis pela cura de doenças raras e maléficas, a solução para muitos problemas pode ser gratuita e bem mais fácil do que muita gente imagina. "O riso é um remédio poderoso e possui eficácia bem maior que alguns, comprados na farmácia. Ele é o melhor remédio da vida e o bom é que não custa nada para o paciente".

A fisioterapeuta declara que rir faz com que as pessoas se sintam bem, melhora sua auto-estima, levanta o astral e o amor próprio. "O nosso trabalho dentro da Reserva Indígena teve como finalidade ressaltar a importância do riso na vida pessoas hospitalizadas, principalmente crianças".

Aline declara que através do riso é possível descrever como a criança reage ao ambiente hospitalar com o emprego das atividades recreacionais propostas. "Ele proporcionar um bem estar físico, psíquico e mental da criança internada, melhorando a qualidade de vida, através de atividades recreativas que proporcionem alegria e tornam o ambiente hospitalar mais agradável".

A fisioterapeuta explicou que as famílias das crianças mostraram uma aceitação imediata, demonstrada com sorriso já na primeira visita. "Os resultados apareceram gradativamente, de acordo com as visitas, e no final houve total da aceitação dos tratamentos, desde medicação, exercícios de fisioterapia e a colaboração da criança e da família. Também foi possível perceber a afetividade com a família e os profissionais, a superação de traumas relacionados à enfermidade e a internação, percebido principalmente na aplicação de injeção e uso do jaleco "branco" pelo profissional em saúde", salientou Aline.

A pesquisadora informou que a prática da dança e teatros, muitas crianças despertaram o lado criativo, dando idéias e ajudando a elaborar atividades para outras visitas. "Os profissionais locais relatavam a alegria e ansiedade com que as crianças esperavam a visita, e que eles próprios também desenvolviam sentimentos de curiosidade e expectativa a cada vez".

Aline contou ainda que os resultados alcançados durante os trabalhos foram tão positivos que o projeto deveria ser implantado de forma permanente nos hospitais não só da Reserva Indígena, como da área urbana, principalmente na Pediatria. "Não continuei com o projeto porque era realizado de forma voluntária, com financiamento próprio e têm custos permanentes".

Mais informações sobre os trabalhos e o projeto de mestrado da pesquisadora podem ser obtidos pelo endereço eletrônico malu.aline@gmail.com.
 

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