From Indigenous Peoples in Brazil
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News

CARTA-COMPROMISSO Índios dizem ter sido "ludibriados"

15/09/2007

Autor: Rebeca Lopes

Fonte: Folha de Boa Vista




Os presidentes da Alidcir (Aliança de Integração e Desenvolvimento das Comunidades Indígenas de Roraima) e Sodiur (Sociedade de Defesa dos Índios do Norte de Roraima) afirmaram que a cláusula na carta-compromisso assinada ainda em Brasília, em que se comprometem em não se envolver na retirada dos não-índios, foi incluída sem o conhecimento deles.

Lauro Barbosa, da Sodiur, e Anísio Pedrosa, da Alidcir, disseram ter assinado o documento sem ler. Em nota entregue à Folha no início da noite de ontem, consta em letras garrafais o seguinte: "AS LIDERANÇA INDÍGENAS DA SODIUR E DA ALIDCIR FORAM LUDIBRIADAS PELO REDATOR DA CARTA-COMPROMISSO".

Na quarta-feira, deverão se reunir com o coordenador do Comitê Gestor da Casa Civil da Presidência da República, Nagib Lima, para discutir o desenvolvimento dos projetos. Asseguraram que vão questionar a inclusão da cláusula no termo, mas não falaram em acionar a Justiça, já que alegam ter sido enganados. Comentaram apenas que se o governo não cumprir com os projetos de desenvolvimento vão anular a carta-compromisso.

Na nota, eles afirmam que os motivos que levaram à realização das diversas reuniões entre as organizações indígenas que assinaram o documento em Brasília não envolvia a retirada de não-índios de dentro da Raposa. "Este tema foi infiltrado no documento subscrito, no momento da redação final", diz a nota.

Segundo Barbosa, no documento discutido entre as comunidades, a proposta escrita era a de "impedir o confronto entre índios, adotando princípios e valores morais éticos essenciais a uma convivência pacífica e harmoniosa, evitando-se desse modo quaisquer ações tipificadas como ilícito penal".

Tanto Lauro Barbosa quanto Anísio Pedrosa declararam ser favoráveis à permanência das áreas produtivas dentro da reserva. No pronunciamento feito durante a solenidade, Barbosa disse ter sido enfático quanto à defesa da permanência das áreas dentro da reserva, por entender que são essenciais para a segurança alimentar do povo de Roraima.
 

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