From Indigenous Peoples in Brazil
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News
Mulheres indígenas do MT reivindicam melhorias para suas comunidades
27/09/2007
Autor: Maristela Sousa Torres e Emília Casanova Borso
Fonte: CIMI-MT
De 6 a 9 de setembro, foi realizado o 6º Encontro de Mulheres Indígenas de Mato Grosso, na área Portal do Encantado do povo Chiquitano. O local foi escolhido por reivindicações das mulheres desta comunidade, que solicitaram apoio diante da grave situação que enfrentam para o reconhecimento étnico e demarcação dos seus territórios. As aldeias encontram-se rodeadas por desmatamento, pastagens, criação de gado, água contaminada e nascentes comprometidas devido a exploração ilegal dos fazendeiros que ocupam impunemente as terras dos Chiquitano.
O evento foi um espaço de intercâmbio e apoio entre as mulheres indígenas que caminham para fortalecer uma articulação que lhes permita somar forças na luta pelos seus direitos constitucionais e melhores condições de vida em suas aldeias. As discussões foram pautadas pelo tema "A Sustentabilidade e a Mulher", em que foi evidenciada a importância do papel da mulher indígena nas suas organizações internas. Vale destacar que dentre as participantes encontravam-se 4 mulheres caciques em suas comunidades.
Foi discutida a situação crítica que muitos povos estão passando e a luta destes pela demarcação de seus territórios. A comunidade Irantxe, Chiquitano da aldeia Vila Nova, vive sem água, encurralada pelos fazendeiros e impossibilitada de fazer suas roças e retirar matéria-prima para praticar seus rituais. Os Bororo de Jarudore estão ameaçados de morte e impossibilitados de viverem com dignidade dentro de sua própria terra. O povo Guatô há muito luta pela demarcação de suas terras e até o momento nenhuma providência foi tomada.
As mulheres falaram ainda sobre as questões que impossibilitam a sustentabilidade dos povos indígenas e os problemas comuns que as atinge de maneira grave. O consumo de bebida alcoólica, a violência contra a mulher e a discriminação nas questões de educação e saúde são alguns exemplos. A possibilidade de ocupar espaços na organização comunitária e nos postos de decisões também foi apontada como dificuldade para muitas mulheres de diversos povos. Na busca por soluções para os problemas apresentados, as mulheres destacaram a importância do trabalho conjunto.
Como nos anos anteriores, foram elaborados documentos reivindicando providências junto ao Ministério Público Federal, Ministério da Justiça, Funai, Funasa e IBAMA.
Durante o encontro, houve ainda espaço para intercâmbio de sementes, apresentações culturais, alimentação tradicional e debates sobre alternativas de sustentabilidade com relatos positivos de experiência de algumas comunidades.
A iniciativa foi, pela primeira vez, organizada por uma comissão de mulheres indígenas, representantes das distintas regiões do estado, e contou com a contribuição da Associação de Mulheres da Aldeia Umutina-Otoparé e de colaboradores institucionais, além de pessoas aliadas da causa indígena. Vale ressaltar aqui o esforço das comunidades Chiquitano.
O encontro contou também, além da presença de mulheres indígenas, com não-indígenas que ocupam cargos relevantes para o movimento. Elas demonstraram seu apoio e contribuíram com esclarecimentos sobres as políticas públicas no que se referem à educação, saúde e elaboração de projetos.
Foi decidido por consenso, que o próximo encontro será na Aldeia Meruri, para que se possa somar forças e contribuir com o povo Bororo na luta pela regularização do seu território de Jarudore.
O evento foi um espaço de intercâmbio e apoio entre as mulheres indígenas que caminham para fortalecer uma articulação que lhes permita somar forças na luta pelos seus direitos constitucionais e melhores condições de vida em suas aldeias. As discussões foram pautadas pelo tema "A Sustentabilidade e a Mulher", em que foi evidenciada a importância do papel da mulher indígena nas suas organizações internas. Vale destacar que dentre as participantes encontravam-se 4 mulheres caciques em suas comunidades.
Foi discutida a situação crítica que muitos povos estão passando e a luta destes pela demarcação de seus territórios. A comunidade Irantxe, Chiquitano da aldeia Vila Nova, vive sem água, encurralada pelos fazendeiros e impossibilitada de fazer suas roças e retirar matéria-prima para praticar seus rituais. Os Bororo de Jarudore estão ameaçados de morte e impossibilitados de viverem com dignidade dentro de sua própria terra. O povo Guatô há muito luta pela demarcação de suas terras e até o momento nenhuma providência foi tomada.
As mulheres falaram ainda sobre as questões que impossibilitam a sustentabilidade dos povos indígenas e os problemas comuns que as atinge de maneira grave. O consumo de bebida alcoólica, a violência contra a mulher e a discriminação nas questões de educação e saúde são alguns exemplos. A possibilidade de ocupar espaços na organização comunitária e nos postos de decisões também foi apontada como dificuldade para muitas mulheres de diversos povos. Na busca por soluções para os problemas apresentados, as mulheres destacaram a importância do trabalho conjunto.
Como nos anos anteriores, foram elaborados documentos reivindicando providências junto ao Ministério Público Federal, Ministério da Justiça, Funai, Funasa e IBAMA.
Durante o encontro, houve ainda espaço para intercâmbio de sementes, apresentações culturais, alimentação tradicional e debates sobre alternativas de sustentabilidade com relatos positivos de experiência de algumas comunidades.
A iniciativa foi, pela primeira vez, organizada por uma comissão de mulheres indígenas, representantes das distintas regiões do estado, e contou com a contribuição da Associação de Mulheres da Aldeia Umutina-Otoparé e de colaboradores institucionais, além de pessoas aliadas da causa indígena. Vale ressaltar aqui o esforço das comunidades Chiquitano.
O encontro contou também, além da presença de mulheres indígenas, com não-indígenas que ocupam cargos relevantes para o movimento. Elas demonstraram seu apoio e contribuíram com esclarecimentos sobres as políticas públicas no que se referem à educação, saúde e elaboração de projetos.
Foi decidido por consenso, que o próximo encontro será na Aldeia Meruri, para que se possa somar forças e contribuir com o povo Bororo na luta pela regularização do seu território de Jarudore.
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