From Indigenous Peoples in Brazil
News
Indígenas de MS reforçam fechamento da BR-163
04/07/2002
Fonte: Correio do Estado-Campo Grande-MS
Cerca de 90 índios terenas da aldeia de Sidrolândia reforçaram ontem na BR-163, km114, em Rondonópolis, o protesto iniciado anteontem, às 22h10min, por indígenas que moram na divisa de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Os índios exigem o assentamento de 80 famílias pelo Incra nas fazendas de Mato Grosso. Cerca de três mil veículos ficaram estacionados em postos e na rodovia. Dez ônibus das empresas Motta, Andorinha, Medianeira do Paraná e Transacreana foram obrigados a permanecer na estação rodoviária de Sonora.
Silvia Frias
Cerca de 90 índios terenas da aldeia de Sidrolândia reforçaram ontem, na BR-163, km 114, na região de Rondonópolis, o protesto iniciado na última terça-feira, às 22h10min, por indígenas que moram na divisa de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. As comunidades interditaram a rodovia, exigindo o assentamento de 80 famílias em área prometida pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), nas fazendas de Mato Grosso.
Por causa da manifestação, o presidente da Funai, Otacílio Nunes, o procurador e presidente, do Incra, Paulo Condé, e Sebastião Azevedo, respectivamente fizeram ontem uma reunião em Brasília para discutir o problema. Paulo Condé disse que o Incra não pode destinar os Títulos da Dívida Agrária (TDAs) para compra de áreas para assentamento de indígenas, pois significaria desvio de finalidade. "Quem deve resolver a compra das fazendas é a Funai", disse, explicando que o Incra está procurando áreas públicas na região Norte para doação.
Os índios terenas fecharam a BR-163 com pneus e pedaços de árvores, pedindo agilização no processo de assentamento de 80 famílias terenas em área de 8,4 mil hectares referente às fazendas Tarumã, Floriano e Vale Areia. Segundo representante da comissão de liderança da aldeia terena de Sidrolândia, Genivaldo Alcântara, cerca de 90 índios foram para a região na última segunda-feira para participar do aniversário de um índio terena e resolveram apoiar o bloqueio da rodovia.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Cuiabá estima que trezentos índios terenas participaram do bloqueio. O trânsito ficou impedido durante todo o dia, formando uma fila de carretas e ônibus de dois quilômetros de extensão e, até o final da tarde de ontem, três mil veículos estavam estacionados em postos e áreas próximos da rodovia, impedidos de tráfego.
Dez ônibus de passageiros das empresas Motta, Andorinha, Medianeira do Paraná e Transacreana foram obrigados a ficar na Estação Rodoviária de Sonora a partir da meia-noite de ontem à espera da abertura da pista. A alternativa foi utilizar o desvio que liga o município de Itiquira (MT) até Ponte Preta (MT) e um outro caminho que liga Itiquira a Petrovina (MT).
Espera
O administrador da Funai (Fundação Nacional do Índio) em Rondonópolis, José Miranda, disse que já foi publicada em Diário Oficial, no dia 22 de maio, a portaria que determina a aquisição das terras, orçadas em R$ 10 milhões. Segundo Miranda, o Incra seria responsável pelas benfeitorias em moeda corrente e o restante em Títulos da Dívida Agrária (TDAs). As 80 famílias estão na região há pelo menos oito anos e esperam pela aquisição das terras. Cerca de dez famílias terenas já moram dentro da Fazenda Tarumã.
Silvia Frias
Cerca de 90 índios terenas da aldeia de Sidrolândia reforçaram ontem, na BR-163, km 114, na região de Rondonópolis, o protesto iniciado na última terça-feira, às 22h10min, por indígenas que moram na divisa de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. As comunidades interditaram a rodovia, exigindo o assentamento de 80 famílias em área prometida pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), nas fazendas de Mato Grosso.
Por causa da manifestação, o presidente da Funai, Otacílio Nunes, o procurador e presidente, do Incra, Paulo Condé, e Sebastião Azevedo, respectivamente fizeram ontem uma reunião em Brasília para discutir o problema. Paulo Condé disse que o Incra não pode destinar os Títulos da Dívida Agrária (TDAs) para compra de áreas para assentamento de indígenas, pois significaria desvio de finalidade. "Quem deve resolver a compra das fazendas é a Funai", disse, explicando que o Incra está procurando áreas públicas na região Norte para doação.
Os índios terenas fecharam a BR-163 com pneus e pedaços de árvores, pedindo agilização no processo de assentamento de 80 famílias terenas em área de 8,4 mil hectares referente às fazendas Tarumã, Floriano e Vale Areia. Segundo representante da comissão de liderança da aldeia terena de Sidrolândia, Genivaldo Alcântara, cerca de 90 índios foram para a região na última segunda-feira para participar do aniversário de um índio terena e resolveram apoiar o bloqueio da rodovia.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Cuiabá estima que trezentos índios terenas participaram do bloqueio. O trânsito ficou impedido durante todo o dia, formando uma fila de carretas e ônibus de dois quilômetros de extensão e, até o final da tarde de ontem, três mil veículos estavam estacionados em postos e áreas próximos da rodovia, impedidos de tráfego.
Dez ônibus de passageiros das empresas Motta, Andorinha, Medianeira do Paraná e Transacreana foram obrigados a ficar na Estação Rodoviária de Sonora a partir da meia-noite de ontem à espera da abertura da pista. A alternativa foi utilizar o desvio que liga o município de Itiquira (MT) até Ponte Preta (MT) e um outro caminho que liga Itiquira a Petrovina (MT).
Espera
O administrador da Funai (Fundação Nacional do Índio) em Rondonópolis, José Miranda, disse que já foi publicada em Diário Oficial, no dia 22 de maio, a portaria que determina a aquisição das terras, orçadas em R$ 10 milhões. Segundo Miranda, o Incra seria responsável pelas benfeitorias em moeda corrente e o restante em Títulos da Dívida Agrária (TDAs). As 80 famílias estão na região há pelo menos oito anos e esperam pela aquisição das terras. Cerca de dez famílias terenas já moram dentro da Fazenda Tarumã.
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