From Indigenous Peoples in Brazil
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News
Milícia é acusada de agredir índios em Dourados
12/12/2007
Fonte: Dourados News
A volta da milícia, grupo de índios que atua na segurança interna das aldeias Jaguapiru e Bororó, não tem sido nenhuma unanimidade na Reserva Indígena de Dourados. O grupo é acusado de cometer abusos e de até agredir moradores e lideranças contrárias a presença da "polícia indígena", como é conhecida a milícia na reserva.
O último caso ocorreu no domingo na aldeia Bororó. A índia Marcilei Arce Gonçalves, 22, e uma adolescente de 17 anos foram agredidas a golpes de cassetete por supostos membros da milícia. As vítimas tiveram vários ferimentos nas costas, cabeça e no rosto.
O cacique Sebastião Arce Isnarde, que é pai de Marcilei e avó da adolescente, disse que a milícia tem perseguido sua família há vários meses. Isnarde revela que minutos antes da agressão uma equipe da Polícia Militar teria feito buscas na em sua casa, já que a "polícia indígena" teria denunciado que ele estaria escondendo uma arma na residência.
Entretanto, os policiais não encontraram a suposta arma. "Eles me denunciaram para a polícia. A PM foi lá e reviro toda a minha casa e não achou arma nenhuma. Depois que a polícia foi embora, a milícia foi na casa da minha filha e agrediu ela e minha neta. É um absurdo, este grupo está perseguindo muitas famílias na aldeia e direcionando o trabalho da polícia", disse.
O caso foi denunciado na polícia e na Funai (Fundação Nacional do Índio). Isnarde acusa o capitão da aldeia Bororó, Luciano Arevalo, de comandar as atividades da milícia contra lideranças da aldeia. "Eles têm feito isto como forma de tentar acabar com a nossa liderança na aldeia. Somos a favor de um trabalho sério de segurança dentro da reserva. Mas, para isto, as milícias não podem mais existir, já que ela serve para atender aos interesses dos capitães", comentou.
A atuação da "polícia indígena" foi proibida há dois anos pelo MPF (Ministério Público Federal), após denúncias de que os grupos estariam cometendo excessos e utilizando sua autoridade na aldeia para cometer perseguições. Na época, Havia denúncia de crimes de roubo e morte atribuídos a essa milícia.
Entretanto, com o aumento da violência dentro da reserva, as lideranças voltaram a montar grupos para atuar na segurança interna das aldeias. No entanto, se depender da Funai, os dias de atuação da milícia estão contados.
Conforme Margarida de Fátima Nicoletti, gerente regional da Funai, o órgão não reconhece esses grupos armados dentro das aldeias e vai trabalhar para extinguir qualquer tipo de organização formada por índios que queira atuar como polícia na reserva.
Ela revelou que está prevista para amanhã chegada de mais uma equipe da Operação Sucuri a Dourados. Os agentes da Funai farão a segurança das aldeias Jaguapiru e Bororó por dois meses e estão autorizadas a acabar com milícias. "A Funai não reconhece e não concorda com a atuação desses grupos. Já avisamos a PM que essas milícias não tem nenhuma autoridade dentro das aldeias", comentou Margarida.
O último caso ocorreu no domingo na aldeia Bororó. A índia Marcilei Arce Gonçalves, 22, e uma adolescente de 17 anos foram agredidas a golpes de cassetete por supostos membros da milícia. As vítimas tiveram vários ferimentos nas costas, cabeça e no rosto.
O cacique Sebastião Arce Isnarde, que é pai de Marcilei e avó da adolescente, disse que a milícia tem perseguido sua família há vários meses. Isnarde revela que minutos antes da agressão uma equipe da Polícia Militar teria feito buscas na em sua casa, já que a "polícia indígena" teria denunciado que ele estaria escondendo uma arma na residência.
Entretanto, os policiais não encontraram a suposta arma. "Eles me denunciaram para a polícia. A PM foi lá e reviro toda a minha casa e não achou arma nenhuma. Depois que a polícia foi embora, a milícia foi na casa da minha filha e agrediu ela e minha neta. É um absurdo, este grupo está perseguindo muitas famílias na aldeia e direcionando o trabalho da polícia", disse.
O caso foi denunciado na polícia e na Funai (Fundação Nacional do Índio). Isnarde acusa o capitão da aldeia Bororó, Luciano Arevalo, de comandar as atividades da milícia contra lideranças da aldeia. "Eles têm feito isto como forma de tentar acabar com a nossa liderança na aldeia. Somos a favor de um trabalho sério de segurança dentro da reserva. Mas, para isto, as milícias não podem mais existir, já que ela serve para atender aos interesses dos capitães", comentou.
A atuação da "polícia indígena" foi proibida há dois anos pelo MPF (Ministério Público Federal), após denúncias de que os grupos estariam cometendo excessos e utilizando sua autoridade na aldeia para cometer perseguições. Na época, Havia denúncia de crimes de roubo e morte atribuídos a essa milícia.
Entretanto, com o aumento da violência dentro da reserva, as lideranças voltaram a montar grupos para atuar na segurança interna das aldeias. No entanto, se depender da Funai, os dias de atuação da milícia estão contados.
Conforme Margarida de Fátima Nicoletti, gerente regional da Funai, o órgão não reconhece esses grupos armados dentro das aldeias e vai trabalhar para extinguir qualquer tipo de organização formada por índios que queira atuar como polícia na reserva.
Ela revelou que está prevista para amanhã chegada de mais uma equipe da Operação Sucuri a Dourados. Os agentes da Funai farão a segurança das aldeias Jaguapiru e Bororó por dois meses e estão autorizadas a acabar com milícias. "A Funai não reconhece e não concorda com a atuação desses grupos. Já avisamos a PM que essas milícias não tem nenhuma autoridade dentro das aldeias", comentou Margarida.
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