From Indigenous Peoples in Brazil
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News
Xavantes ocupam distrito sanitário em MT após morte de 15 crianças neste mês
31/01/2008
Autor: Luciana Melo
Fonte: Agência Brasil
Brasília - Cerca de 16 índios xavantes ocuparam hoje (31) o prédio do Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) em Barra do Garças (MT), contra o que consideram nomeação política para a chefia do Dsei.
"Nós queremos uma pessoa que conhece a gente, que nos respeite e tenha diálogo conosco, que esteja preparada para suprir as nossas necessidades" , disse Sergio Abhö-ödi, presidente do Conselho Indígena de São Marco e do Conselho Indígena Distrital de Saúde Indígena Xavante.
Os índios indicaram o nome do presidente da organização não-governamental Nossa Tribo, Nivaldo Correia Neto, que segundo eles conhece os povos da região e as necessidades deles. Após a exoneração de Marley Arantes de Oliveira, o cargo é exercido temporariamente por José Henrique Leite.
Segundo o presidente em exercício da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Josenir Nascimento, "nós temos que nomear alguém que tenha boas condições em relação à gestão dos recursos públicos e existem trâmites para a nomeação ao cargo, não é assim da noite para o dia".
Sergio Abhö-ödi explicou que os indígenas querem melhores condições de saúde, após a morte de mais de 15 crianças neste mês, com menos de um ano. "Elas tinham doenças contornáveis, que têm cura. Em todo o ano passado, morreram 18 crianças", alertou. A Funasa, acrescentou, "precisa assumir a responsabilidade sobre esses cuidados - a saúde é a mesma coisa que uma soma matemática, se você errar em alguma coisa o resultado sai errado". Segundo o dirigente indígena, "quando a gente perde as nossas crianças a vida não será devolvida, por isso nós queremos alguém que conheça a situação e não vamos ceder para os políticos fazerem a vontade deles".
O presidente da Funasa disse que a entidade tem conhecimento dessas mortes, "acompanha, monitora, acende o sinal de alerta e depois toma as providências". E argumentou: "Pode ter sido uma falha na atuação do Dsei, pode ter sido uma fatalidade com relação à questão de abastecimento de água. Nós temos uma pressa enorme de descobrir o que ocorreu. Uma equipe de auditoria e outra do Departamento de Saúde Indígena irão ao local investigar".
O diretor de Saúde Indígena da Funasa, Wanderley Guenka, informou que só hoje soube do total de crianças mortas no mês. E que é preciso verificar a provável causa dessas mortes.
À noite, após conversa de Nascimento com o cacique Edmundo Ómore, presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena de Barra do Garças, foram libertados os funcionários da Funasa e terceirizados retidos no prédio da sede do Dsei durante todo o dia. Os indígenas receberam a promessa de uma auditoria para verificar a falta de medicamentos e condições de transporte dos doentes que haviam denunciado.
"Nós queremos uma pessoa que conhece a gente, que nos respeite e tenha diálogo conosco, que esteja preparada para suprir as nossas necessidades" , disse Sergio Abhö-ödi, presidente do Conselho Indígena de São Marco e do Conselho Indígena Distrital de Saúde Indígena Xavante.
Os índios indicaram o nome do presidente da organização não-governamental Nossa Tribo, Nivaldo Correia Neto, que segundo eles conhece os povos da região e as necessidades deles. Após a exoneração de Marley Arantes de Oliveira, o cargo é exercido temporariamente por José Henrique Leite.
Segundo o presidente em exercício da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Josenir Nascimento, "nós temos que nomear alguém que tenha boas condições em relação à gestão dos recursos públicos e existem trâmites para a nomeação ao cargo, não é assim da noite para o dia".
Sergio Abhö-ödi explicou que os indígenas querem melhores condições de saúde, após a morte de mais de 15 crianças neste mês, com menos de um ano. "Elas tinham doenças contornáveis, que têm cura. Em todo o ano passado, morreram 18 crianças", alertou. A Funasa, acrescentou, "precisa assumir a responsabilidade sobre esses cuidados - a saúde é a mesma coisa que uma soma matemática, se você errar em alguma coisa o resultado sai errado". Segundo o dirigente indígena, "quando a gente perde as nossas crianças a vida não será devolvida, por isso nós queremos alguém que conheça a situação e não vamos ceder para os políticos fazerem a vontade deles".
O presidente da Funasa disse que a entidade tem conhecimento dessas mortes, "acompanha, monitora, acende o sinal de alerta e depois toma as providências". E argumentou: "Pode ter sido uma falha na atuação do Dsei, pode ter sido uma fatalidade com relação à questão de abastecimento de água. Nós temos uma pressa enorme de descobrir o que ocorreu. Uma equipe de auditoria e outra do Departamento de Saúde Indígena irão ao local investigar".
O diretor de Saúde Indígena da Funasa, Wanderley Guenka, informou que só hoje soube do total de crianças mortas no mês. E que é preciso verificar a provável causa dessas mortes.
À noite, após conversa de Nascimento com o cacique Edmundo Ómore, presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena de Barra do Garças, foram libertados os funcionários da Funasa e terceirizados retidos no prédio da sede do Dsei durante todo o dia. Os indígenas receberam a promessa de uma auditoria para verificar a falta de medicamentos e condições de transporte dos doentes que haviam denunciado.
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