From Indigenous Peoples in Brazil
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News
Índios mantêm 14 reféns no Parque Nacional no Xingu (MT)
23/02/2008
Fonte: Portal G1
Pesquisadores e funcionários da Funai estão detidos desde quinta-feira (21). Índios são contra o funcionamento de uma usina hidrelétrica no local.
Índios guerreiros da etnia ikpeng, no Parque Nacional do Xingu, no Mato Grosso (MT), mantêm desde quinta-feira (21) 14 pessoas reféns no local, sendo oito pesquisadores da empresa Paranatinga Energia, quatro funcionários da Fundação Nacional do Índio (Funai), uma antropóloga e um piloto. Eles não querem o funcionamento de uma usina hidrelétrica que foi construída no local.
Os índios estão irredutíveis e afirmaram que não aceitam negociar com representantes do governo. Eles querem negociar diretamente com o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Márcio Meira. O chefe do posto indígena do parque, Kumare Txicão, disse que os reféns passam bem, mas são vigiados por "índios guerreiros, prontos para o combate".
Antropóloga da Funai ficou presa
Na noite de sexta-feira (22), a Funai enviou a antropóloga Luzia Lima da Silva ao local para tentar resgatar os 12 pesquisadores e funcionários mantidos reféns na aldeia Moigy, mas a ação fracassou. Os indígenas aprisionaram a antropóloga e o piloto da aeronave que foi até o local.
De acordo com a Funai, os Ikpeng deveriam ter se deslocado de avião em Paranatinga, onde vivem, até o município vizinho de Canarana, em 12 grupos, de onde partiriam para a capital em três ônibus fretados. E depois seguiriam para Brasília, onde aconteceriam as negociações.
Para resolver este impasse, índios devem negociar com índios. De acordo com o superintendente de Assuntos Indígenas de Mato Grosso, Rômulo Vandoni, as negociações evoluíram neste sábado pela manhã.
Os índios do Médio Xingu teriam aceitado que o piloto buscasse outras lideranças indígenas do Parque, do Alto Xingu, para que assim sejam definidos os representantes deles para participar de uma reunião com a Funai, em Brasília.
Situação no local continua tensa
A hipótese do presidente da Funai ir até o local está praticamente descartada. A Funai disse que já negociou com os índios a ida deles para Brasília. Mas os índios informaram que não querem ir até a Capital Federal e afirmam que pretendem negociar em solo mato-grossense.
A situação no local continua tensa. Os reféns estão em uma casa, onde têm direito a usar banheiro, comer, tomar água e remédios, se necessário.
Índios são contra hidrelétrica
Os índios estão revoltados com a presença de pesquisadores no local para estudar sobre o impacto de uma pequena usina hidrelétrica (PCH), construída no rio Culuene, em Paranatinga. A PCH está pronta para funcionar, mas os índios não aceitam o funcionamento da usina.
Eles afirmam que o impacto ambiental gerado vai comprometer a sobrevivência deles. O rio Culuene é um dos afluentes da Bacia do Xingu, região ocupada por cerca de 14 etnias indígenas. Os rios e as matas da região são as principais fontes de alimentação dos índios.
A empresa Paranatinga Energia não revelou os nomes dos pesquisadores feitos reféns nem as áreas em que eles atuam.
Índios guerreiros da etnia ikpeng, no Parque Nacional do Xingu, no Mato Grosso (MT), mantêm desde quinta-feira (21) 14 pessoas reféns no local, sendo oito pesquisadores da empresa Paranatinga Energia, quatro funcionários da Fundação Nacional do Índio (Funai), uma antropóloga e um piloto. Eles não querem o funcionamento de uma usina hidrelétrica que foi construída no local.
Os índios estão irredutíveis e afirmaram que não aceitam negociar com representantes do governo. Eles querem negociar diretamente com o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Márcio Meira. O chefe do posto indígena do parque, Kumare Txicão, disse que os reféns passam bem, mas são vigiados por "índios guerreiros, prontos para o combate".
Antropóloga da Funai ficou presa
Na noite de sexta-feira (22), a Funai enviou a antropóloga Luzia Lima da Silva ao local para tentar resgatar os 12 pesquisadores e funcionários mantidos reféns na aldeia Moigy, mas a ação fracassou. Os indígenas aprisionaram a antropóloga e o piloto da aeronave que foi até o local.
De acordo com a Funai, os Ikpeng deveriam ter se deslocado de avião em Paranatinga, onde vivem, até o município vizinho de Canarana, em 12 grupos, de onde partiriam para a capital em três ônibus fretados. E depois seguiriam para Brasília, onde aconteceriam as negociações.
Para resolver este impasse, índios devem negociar com índios. De acordo com o superintendente de Assuntos Indígenas de Mato Grosso, Rômulo Vandoni, as negociações evoluíram neste sábado pela manhã.
Os índios do Médio Xingu teriam aceitado que o piloto buscasse outras lideranças indígenas do Parque, do Alto Xingu, para que assim sejam definidos os representantes deles para participar de uma reunião com a Funai, em Brasília.
Situação no local continua tensa
A hipótese do presidente da Funai ir até o local está praticamente descartada. A Funai disse que já negociou com os índios a ida deles para Brasília. Mas os índios informaram que não querem ir até a Capital Federal e afirmam que pretendem negociar em solo mato-grossense.
A situação no local continua tensa. Os reféns estão em uma casa, onde têm direito a usar banheiro, comer, tomar água e remédios, se necessário.
Índios são contra hidrelétrica
Os índios estão revoltados com a presença de pesquisadores no local para estudar sobre o impacto de uma pequena usina hidrelétrica (PCH), construída no rio Culuene, em Paranatinga. A PCH está pronta para funcionar, mas os índios não aceitam o funcionamento da usina.
Eles afirmam que o impacto ambiental gerado vai comprometer a sobrevivência deles. O rio Culuene é um dos afluentes da Bacia do Xingu, região ocupada por cerca de 14 etnias indígenas. Os rios e as matas da região são as principais fontes de alimentação dos índios.
A empresa Paranatinga Energia não revelou os nomes dos pesquisadores feitos reféns nem as áreas em que eles atuam.
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