From Indigenous Peoples in Brazil
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Funai apóia geração de renda para índios de MS
23/02/2008
Fonte: Dourados Agora
A Fundação Nacional do Índio (Funai) está promovendo o 1º Programa de Qualificação de Artesanato Indígena em Dourados (MS). A ação, desenvolvida por meio da Coordenação de Artesanato e em parceria com o Comitê Gestor de Ações Integradas da Grande Dourados, é parte das políticas públicas desenvolvidas para os povos indígenas no Mato Grosso do Sul. As aulas começam já na próxima segunda-feira (25), às 8h. Os cursos serão ministrados em três módulos e vão até 5 de março, beneficiando 112 artesãos indígenas das nações Kaiowá, Nhandéva e Terena.
O objetivo é facilitar e aperfeiçoar o trabalho deles, respeitando a tradicionalidade de cada povo. Além de valorizar a cultura indígena no estado, o programa vai impulsionar a renda das famílias de artesãos, por meio da comercialização no Centro de Exposição e Venda, que será construído pela Prefeitura de Dourados e Ministério do Desenvolvimento Social, na Terra Indígena Dourados. O fomento de projetos de geração de renda é uma das metas da Agenda Social dos Povos Indígenas, lançada em setembro passado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A metodologia do programa de qualificação do artesanato indígena é composta por cursos de capacitação para o uso de ferramentas recicladas e orientações para tecelagem de redes, confecção de cerâmicas e cestarias. As atividades artesanais expandem as fontes de auto-sustentação dos povos Guarani Kaiowá, Guarani Nhandéva e Terena, que hoje têm como principal atividade econômica a agricultura de subsistência.
Os cursos serão ministrados nas aldeias Jaguapiru e Bororo, na Terra Indígena Dourados. Para a realização do primeiro módulo a Funai investiu mais de R$ 35 mil em ferramentas, materiais e logística. Foram adquiridas dez furadeiras, para perfurar e polir sementes, e três roladeiras, que servem para limpar as sementes in-natura. As ferramentas são construídas com motores de tanquinhos de lavar roupas, de fácil manejo. A aquisição foi acompanhada por uma instrutora do programa de qualificação, que aprendeu a técnica com artesãos de Porto Velho.
Avati Kyry, o batismo do milho - Além do lançamento do Programa de Qualificação de Artesanato Indígena, a Funai inaugura, nesta sexta-feira (22), uma Casa de Reza na Terra Indígena Panambizinho, com a realização de rituais Guarani-Kaiowá. Os índios, especialmente os Kaiowá, são conhecidos por sua forte religiosidade. As práticas de cânticos, rezas e danças fazem parte do cotidiano, podendo começar ao cair da noite e se prolongar por horas. A Casa de Reza é caracterizada pela presença de três portas, com a entrada principal virada para o leste.
Segundo o antropólogo Rubem Ferreira, até a década de 1940 a Casa de Reza abrigava as famílias que pertenciam a um mesmo grupo extenso (base da organização social Kaiowá até os dias atuais), determinada por relações de afinidade e consangüinidade. "Oy Gusu é o nome sagrado antigo da Casa de Reza. Para os Kaiowá, é um espaço de importante sentido, onde ficam todos os instrumentos ritualísticos e o altar onde se realizam as cerimônias", explica Rubem.
Nesta semana de inauguração da Casa de Reza, será realizada a cerimônia do Avati Kyry, o batismo do milho, em que os índios Kaiowá celebram a época de novo plantio. O ritual será dirigido pelo Nhanderu Jairo Barbosa, líder religioso e líder do clã familiar, entoando cantos até o amanhecer, quando é feito o batismo da colheita no altar. Na noite seguinte, a cerimônia do Avati Kyry continua com cantos e danças da comunidade e dos visitantes que participam da cerimônia.
Ainda no mesmo período, os Kaiowá darão início à Aty Guassu (grande assembléia), momento em que se reúnem para discutir temas relacionados à qualidade de vida de seu povo. Mais do que uma reunião para discussão de políticas públicas, a Aty Guassu celebra o povo, as manifestações culturais, o espírito guerreiro, os costumes e as tradições do povo Guarani. O ponto principal do encontro será a mobilização da comunidade indígena e a articulação com organizações nacionais e internacionais, na busca pela garantia dos direitos destes povos.
O objetivo é facilitar e aperfeiçoar o trabalho deles, respeitando a tradicionalidade de cada povo. Além de valorizar a cultura indígena no estado, o programa vai impulsionar a renda das famílias de artesãos, por meio da comercialização no Centro de Exposição e Venda, que será construído pela Prefeitura de Dourados e Ministério do Desenvolvimento Social, na Terra Indígena Dourados. O fomento de projetos de geração de renda é uma das metas da Agenda Social dos Povos Indígenas, lançada em setembro passado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A metodologia do programa de qualificação do artesanato indígena é composta por cursos de capacitação para o uso de ferramentas recicladas e orientações para tecelagem de redes, confecção de cerâmicas e cestarias. As atividades artesanais expandem as fontes de auto-sustentação dos povos Guarani Kaiowá, Guarani Nhandéva e Terena, que hoje têm como principal atividade econômica a agricultura de subsistência.
Os cursos serão ministrados nas aldeias Jaguapiru e Bororo, na Terra Indígena Dourados. Para a realização do primeiro módulo a Funai investiu mais de R$ 35 mil em ferramentas, materiais e logística. Foram adquiridas dez furadeiras, para perfurar e polir sementes, e três roladeiras, que servem para limpar as sementes in-natura. As ferramentas são construídas com motores de tanquinhos de lavar roupas, de fácil manejo. A aquisição foi acompanhada por uma instrutora do programa de qualificação, que aprendeu a técnica com artesãos de Porto Velho.
Avati Kyry, o batismo do milho - Além do lançamento do Programa de Qualificação de Artesanato Indígena, a Funai inaugura, nesta sexta-feira (22), uma Casa de Reza na Terra Indígena Panambizinho, com a realização de rituais Guarani-Kaiowá. Os índios, especialmente os Kaiowá, são conhecidos por sua forte religiosidade. As práticas de cânticos, rezas e danças fazem parte do cotidiano, podendo começar ao cair da noite e se prolongar por horas. A Casa de Reza é caracterizada pela presença de três portas, com a entrada principal virada para o leste.
Segundo o antropólogo Rubem Ferreira, até a década de 1940 a Casa de Reza abrigava as famílias que pertenciam a um mesmo grupo extenso (base da organização social Kaiowá até os dias atuais), determinada por relações de afinidade e consangüinidade. "Oy Gusu é o nome sagrado antigo da Casa de Reza. Para os Kaiowá, é um espaço de importante sentido, onde ficam todos os instrumentos ritualísticos e o altar onde se realizam as cerimônias", explica Rubem.
Nesta semana de inauguração da Casa de Reza, será realizada a cerimônia do Avati Kyry, o batismo do milho, em que os índios Kaiowá celebram a época de novo plantio. O ritual será dirigido pelo Nhanderu Jairo Barbosa, líder religioso e líder do clã familiar, entoando cantos até o amanhecer, quando é feito o batismo da colheita no altar. Na noite seguinte, a cerimônia do Avati Kyry continua com cantos e danças da comunidade e dos visitantes que participam da cerimônia.
Ainda no mesmo período, os Kaiowá darão início à Aty Guassu (grande assembléia), momento em que se reúnem para discutir temas relacionados à qualidade de vida de seu povo. Mais do que uma reunião para discussão de políticas públicas, a Aty Guassu celebra o povo, as manifestações culturais, o espírito guerreiro, os costumes e as tradições do povo Guarani. O ponto principal do encontro será a mobilização da comunidade indígena e a articulação com organizações nacionais e internacionais, na busca pela garantia dos direitos destes povos.
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