From Indigenous Peoples in Brazil
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News
Retenção de índios era prevista dentro do Parque
26/02/2008
Autor: Aline Chagas
Fonte: Diário de Cuiabá
Informações passadas por índios aos pesquisadores do Instituto Creatio quando estavam retidos na aldeia Moygu, no Médio Xingu, revelaram que se a prisão não tivesse ocorrido pelos guerreiros ikpeng, assim que a equipe entrasse no Baixo Xingu outro grupo indígena o teria feito. Os pesquisadores receberam autorização dos guerreiros para sair da aldeia na segunda-feira e chegaram ontem a Cuiabá. Ainda não há previsão se eles voltarão ao Xingu para terminar a pesquisa sobre os impactos da Usina Paranatinga II na região.
Os oito pesquisadores faziam um levantamento de dados para complementar os estudos já entregues pela Paranatinga Energia S/A à Funai. Para isso, o Instituto Creatio indicou os profissionais, que tiveram aprovação da empresa de energia, do órgão e dos índios do Xingu para entrar na região e iniciar os estudos. Lá, eles percorreriam todas as 17 aldeias em busca de informações, para então produzir um relatório com a realidade local e enviar à Funai.
Ao chegar à décima aldeia, foram feitos reféns. Agora, os pesquisadores aguardarão a reunião que ocorre hoje em Brasília entre 40 representantes das aldeias do Xingu, Funai e Instituto Creatio. O encontro foi exigência dos guerreiros para a liberação das pessoas que estavam presas.
Os pesquisadores contaram que passaram dias de muita tensão sob ameaças dos índios ikpeng. O biólogo Dionei José da Silva contou que a equipe ouviu muitas vezes a palavra "matar" e que isso preocupou todos os reféns. Segundo Dionei, o que provavelmente evitou qualquer ato de violência contra reféns foi a colaboração de todos com os pedidos dos índios. Os equipamentos tomados pelos guerreiros, como computadores, não foram entregues ainda.
"Se eles falavam que iam pintar a gente, nós deixávamos. Se pediam para tirar fotos, nós aceitávamos. E assim evitamos qualquer tipo de conflito. Mas eles nos pressionaram o tempo todo. Piorou muito depois da notícia de que poderia haver interferência da Polícia Federal", lembrou.
Dierlei contou que os oito pesquisadores ficaram presos em uma cabana, dentro da aldeia. Os seis funcionários da Funai ficaram no posto do órgão mais próximo. Enquanto ficaram retidos, os pesquisadores tinham autorização para sair da cabana pela manhã para higienização e tomar café da manhã. O almoço era servido dentro do cativeiro, com exceção de duas vezes em que puderam ir à cozinha.
"Tivemos toda assistência da Creatio e da Funai, como os mantimentos enviados. No tempo que ficamos lá, nos alimentamos com a comida que trouxemos para a viagem e os mantimentos enviados pela Funai", relatou.
Os oito pesquisadores faziam um levantamento de dados para complementar os estudos já entregues pela Paranatinga Energia S/A à Funai. Para isso, o Instituto Creatio indicou os profissionais, que tiveram aprovação da empresa de energia, do órgão e dos índios do Xingu para entrar na região e iniciar os estudos. Lá, eles percorreriam todas as 17 aldeias em busca de informações, para então produzir um relatório com a realidade local e enviar à Funai.
Ao chegar à décima aldeia, foram feitos reféns. Agora, os pesquisadores aguardarão a reunião que ocorre hoje em Brasília entre 40 representantes das aldeias do Xingu, Funai e Instituto Creatio. O encontro foi exigência dos guerreiros para a liberação das pessoas que estavam presas.
Os pesquisadores contaram que passaram dias de muita tensão sob ameaças dos índios ikpeng. O biólogo Dionei José da Silva contou que a equipe ouviu muitas vezes a palavra "matar" e que isso preocupou todos os reféns. Segundo Dionei, o que provavelmente evitou qualquer ato de violência contra reféns foi a colaboração de todos com os pedidos dos índios. Os equipamentos tomados pelos guerreiros, como computadores, não foram entregues ainda.
"Se eles falavam que iam pintar a gente, nós deixávamos. Se pediam para tirar fotos, nós aceitávamos. E assim evitamos qualquer tipo de conflito. Mas eles nos pressionaram o tempo todo. Piorou muito depois da notícia de que poderia haver interferência da Polícia Federal", lembrou.
Dierlei contou que os oito pesquisadores ficaram presos em uma cabana, dentro da aldeia. Os seis funcionários da Funai ficaram no posto do órgão mais próximo. Enquanto ficaram retidos, os pesquisadores tinham autorização para sair da cabana pela manhã para higienização e tomar café da manhã. O almoço era servido dentro do cativeiro, com exceção de duas vezes em que puderam ir à cozinha.
"Tivemos toda assistência da Creatio e da Funai, como os mantimentos enviados. No tempo que ficamos lá, nos alimentamos com a comida que trouxemos para a viagem e os mantimentos enviados pela Funai", relatou.
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