From Indigenous Peoples in Brazil
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News
CPI da subnutrição deve ser concluída em 60 dias
28/03/2008
Autor: João Rocha
Fonte: Dourados Agora
A comissão realizou audiência e visitou a Reserva Indígena de Dourados; hoje cumpre agenda na Capital
Presidente do conselho indígena não acredita na CPI da Câmara Federal
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), formada por vários deputados federais, sendo quatro de Mato Grosso do Sul - Geraldo Resende (PMDB), Dagoberto Nogueira (PDT), Waldir Neves (PSDB) e Antônio Carlos Biffi (PT) -, esteve ontem em Dourados realizando uma audiência pública na Câmara de Vereadores. O objetivo foi levantar informações acerca das causas das mortes de 65 crianças indígenas subnutridas, nas aldeias do Estado, no período de 2005 à 2007. A conclusão deve ser apresentada em 60 dias, afirma o presidente da CPI, o deputado Vital do Rego Filho.
O grupo visitou ainda a Reserva Indígena e realizou uma reunião com as principais lideranças indígenas das aldeias do município, na Casa de Reza localizada na Aldeia Bororó.
Logo na manhã de ontem, a audiência que estava marcada para às 8h30 começou com mais de uma hora de atraso. Cinco pessoas foram ouvidas, dentre elas, o coordenador do Conselho Tutelar de Dourados, Josimar Nunes, que criticou a atitude da Funai de atrapalhar o trabalho do órgão dentro das aldeias, o que dificulta ainda mais o mapeamento dos casos de subnutrição dentro das terras indígenas do município. "Não somos inimigos da Funai, queremos trabalhar como parceiros, mas não estamos conseguindo isso".
A administradora regional da Funai, Margarida Nicoleti, também foi ouvida na audiência. Ela exaltou o trabalho realizado pelo órgão dentro da Reserva, em especial os de distribuição de cestas básicas, além do preparo e cultivo das terras para os índios, o que foi desmentido por um grupo de líderes indígenas, que a criticou e ainda pediu a saída dela do cargo.
Desacreditado com o andamento da CPI, por conta da falta de resultados das reuniões anteriores, o presidente do Conselho Indígena de Dourados, o índio Fernando de Souza criticou a demora na conclusão das investigações sobre as mortes de crianças indígenas subnutridas nas aldeias do município, que já dura mais de três anos. "Acredito que essa reunião não vai dar em nada, assim como as outras, mas tenho esperança e vou tentar dar um voto de confiança a vocês. A situação do nosso povo é muito crítica, e nada tem sido feito de concreto para nos ajudar".
O presidente da CPI, o deputado federal Vital do Rego Filho, do PMDB da Paraíba, afirma que a conclusão do inquérito deve acontecer em no máximo dois meses. "Viemos in loco para ver a realidade dos índios desta região. Queremos ouvi-los, juntar seus depoimentos com os dos representantes dos órgão ligados as questões indígenas e assim fazer uma avaliação mais precisa, quanto as causas e os responsáveis pelas mortes. Acredito que em 60 dias estaremos com algo concreto para apresentar", afirmou Vital.
Por volta das 15h, os deputados foram até a Reserva Indígena de Dourados onde participaram de uma reunião com lideres de várias etnias. No final da tarde a comissão partiu para Campo grande onde realizam hoje, às 9h, outra audiência na Assembléia Legislativa.
Presidente do conselho indígena não acredita na CPI da Câmara Federal
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), formada por vários deputados federais, sendo quatro de Mato Grosso do Sul - Geraldo Resende (PMDB), Dagoberto Nogueira (PDT), Waldir Neves (PSDB) e Antônio Carlos Biffi (PT) -, esteve ontem em Dourados realizando uma audiência pública na Câmara de Vereadores. O objetivo foi levantar informações acerca das causas das mortes de 65 crianças indígenas subnutridas, nas aldeias do Estado, no período de 2005 à 2007. A conclusão deve ser apresentada em 60 dias, afirma o presidente da CPI, o deputado Vital do Rego Filho.
O grupo visitou ainda a Reserva Indígena e realizou uma reunião com as principais lideranças indígenas das aldeias do município, na Casa de Reza localizada na Aldeia Bororó.
Logo na manhã de ontem, a audiência que estava marcada para às 8h30 começou com mais de uma hora de atraso. Cinco pessoas foram ouvidas, dentre elas, o coordenador do Conselho Tutelar de Dourados, Josimar Nunes, que criticou a atitude da Funai de atrapalhar o trabalho do órgão dentro das aldeias, o que dificulta ainda mais o mapeamento dos casos de subnutrição dentro das terras indígenas do município. "Não somos inimigos da Funai, queremos trabalhar como parceiros, mas não estamos conseguindo isso".
A administradora regional da Funai, Margarida Nicoleti, também foi ouvida na audiência. Ela exaltou o trabalho realizado pelo órgão dentro da Reserva, em especial os de distribuição de cestas básicas, além do preparo e cultivo das terras para os índios, o que foi desmentido por um grupo de líderes indígenas, que a criticou e ainda pediu a saída dela do cargo.
Desacreditado com o andamento da CPI, por conta da falta de resultados das reuniões anteriores, o presidente do Conselho Indígena de Dourados, o índio Fernando de Souza criticou a demora na conclusão das investigações sobre as mortes de crianças indígenas subnutridas nas aldeias do município, que já dura mais de três anos. "Acredito que essa reunião não vai dar em nada, assim como as outras, mas tenho esperança e vou tentar dar um voto de confiança a vocês. A situação do nosso povo é muito crítica, e nada tem sido feito de concreto para nos ajudar".
O presidente da CPI, o deputado federal Vital do Rego Filho, do PMDB da Paraíba, afirma que a conclusão do inquérito deve acontecer em no máximo dois meses. "Viemos in loco para ver a realidade dos índios desta região. Queremos ouvi-los, juntar seus depoimentos com os dos representantes dos órgão ligados as questões indígenas e assim fazer uma avaliação mais precisa, quanto as causas e os responsáveis pelas mortes. Acredito que em 60 dias estaremos com algo concreto para apresentar", afirmou Vital.
Por volta das 15h, os deputados foram até a Reserva Indígena de Dourados onde participaram de uma reunião com lideres de várias etnias. No final da tarde a comissão partiu para Campo grande onde realizam hoje, às 9h, outra audiência na Assembléia Legislativa.
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