From Indigenous Peoples in Brazil
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Manifestantes fazem dois reféns em terra indígena de Roraima
03/04/2008
Fonte: FSP, Brasil, p. A9
Manifestantes fazem dois reféns em terra indígena de Roraima
Moradores de Boa Vista são recrutados para impedir o trabalho da polícia e defender arrozeiros e políticos na obstrução aos acessos à Raposa/ Serra do Sol
Colaboração para a agência Folha, em Boa Vista
Da agência Folha
Da agência Folha, em Manaus
As manifestações de grupos contrários à retirada dos habitantes não-índios do interior da terra indígena Raposa/Serra do Sol agravaram-se ontem na área, no nordeste de Roraima.
Dois homens foram feitos reféns e ficaram retidos por cerca de duas horas por pessoas contrárias à retirada de não-índios.
Os dois homens disseram a integrantes do grupo que estavam a serviço da CER (Companhia Energética de Roraima). Após a liberação, a CER disse que eles não são funcionários da empresa. Um dos manifestantes afirmou que eles seriam "espiões" da Polícia Federal. A PF nega. Várias manifestações foram feitas desde que começaram a chegar policiais que atuarão na retirada dos não-índios.
Duas pontes foram queimadas na reserva e outras duas estão bloqueadas. O presidente da Associação dos Arrozeiros do Estado, Paulo César Quartiero, preso em uma manifestação, foi solto após pagar fiança.
Em 2005, o presidente Lula assinou decreto que deu a posse da terra aos cerca de 15 mil índios que vivem no local. O governo federal determinou a retirada dos não-índios da região.
Moradores da periferia de Boa Vista foram recrutados para defender arrozeiros e políticos na obstrução aos acessos à reserva e impedir o trabalho da polícia. Os moradores citam o deputado federal Márcio Junqueira (DEM) e o deputado estadual Ivo Som (PTN) como os apoiadores do recrutamento. Relatam que camionetes passavam pelas ruas de Boa Vista transportando pessoas nas carrocerias. Um deles disse que a população apóia os arrozeiros porque eles geram emprego.
Quartiero negou o pagamento a moradores, mas confirmou o recrutamento. A assessoria de Márcio Junqueira disse que ele não poderia comentar o assunto porque estava incomunicável. A reportagem não localizou Ivo Som. (Andrezza Trajano, José Eduardo Rondon e Kátia Brasil)
FSP, 03/04/2008, Brasil, p. A9
Moradores de Boa Vista são recrutados para impedir o trabalho da polícia e defender arrozeiros e políticos na obstrução aos acessos à Raposa/ Serra do Sol
Colaboração para a agência Folha, em Boa Vista
Da agência Folha
Da agência Folha, em Manaus
As manifestações de grupos contrários à retirada dos habitantes não-índios do interior da terra indígena Raposa/Serra do Sol agravaram-se ontem na área, no nordeste de Roraima.
Dois homens foram feitos reféns e ficaram retidos por cerca de duas horas por pessoas contrárias à retirada de não-índios.
Os dois homens disseram a integrantes do grupo que estavam a serviço da CER (Companhia Energética de Roraima). Após a liberação, a CER disse que eles não são funcionários da empresa. Um dos manifestantes afirmou que eles seriam "espiões" da Polícia Federal. A PF nega. Várias manifestações foram feitas desde que começaram a chegar policiais que atuarão na retirada dos não-índios.
Duas pontes foram queimadas na reserva e outras duas estão bloqueadas. O presidente da Associação dos Arrozeiros do Estado, Paulo César Quartiero, preso em uma manifestação, foi solto após pagar fiança.
Em 2005, o presidente Lula assinou decreto que deu a posse da terra aos cerca de 15 mil índios que vivem no local. O governo federal determinou a retirada dos não-índios da região.
Moradores da periferia de Boa Vista foram recrutados para defender arrozeiros e políticos na obstrução aos acessos à reserva e impedir o trabalho da polícia. Os moradores citam o deputado federal Márcio Junqueira (DEM) e o deputado estadual Ivo Som (PTN) como os apoiadores do recrutamento. Relatam que camionetes passavam pelas ruas de Boa Vista transportando pessoas nas carrocerias. Um deles disse que a população apóia os arrozeiros porque eles geram emprego.
Quartiero negou o pagamento a moradores, mas confirmou o recrutamento. A assessoria de Márcio Junqueira disse que ele não poderia comentar o assunto porque estava incomunicável. A reportagem não localizou Ivo Som. (Andrezza Trajano, José Eduardo Rondon e Kátia Brasil)
FSP, 03/04/2008, Brasil, p. A9
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