From Indigenous Peoples in Brazil
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News
Prefeitos discutem conflitos entre índios e fazendeiros
19/07/2002
Fonte: Correio da Bahia-Salvador-BA
Em razão dos conflitos entre índios e fazendeiros no sul da Bahia, prefeitos dos municípios de Ilhéus, Pau Brasil, Barra do Choça, Camacã e Itaju do Colônia, se reuniram na sede da UPB na última quarta-feira, com o presidente da entidade, Roberto Britto a fim de buscar uma solução para o problema. A reunião contou ainda com a participação de vereadores da região e do vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia, Armando Pinto. Ontem mais um índio foi morto na região de Pau Brasil por pistoleiros. Trata-se do pataxó hã hã hãe
Raimundo Rosa, de 40 anos. Agentes da Polícia Federal já estão na região.
Durante o encontro, eles solicitaram a intervenção das autoridades no sentido de viabilizar uma audiência com o ministro da Justiça, Paulo de Tasso Ramos Ribeiro, com o relator do processo, ministro do Supremo Tribunal Nelson Jobim e Catão Alves, presidente do Tribunal Regional Federal (TRF).
Segundo o prefeito de Pau Brasil, José Augusto dos Santos Filho, as invasões que os índios chamam de retomadas são realizadas durante as madrugadas, enquanto todos estão dormindo e sem condições de defesa. Ele defende a necessidade de uma imediata ação por parte dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, principalmente na esfera estadual e federal, pois a situação chegou ao extremo. "Não se pode mais tolerar esta situação. Nosso povo não suporta mais viver como se estivéssemos em uma grande metrópole, onde a violência se apresenta de todas as maneiras", ressaltou o prefeito.
Ação - "Desejamos que os nossos direitos sejam respeitados e que a discriminação de cor ou de raça sejam banidas da nossa região", disse o prefeito de Camacã, Erivaldo Nunes. José Aécio Rodrigues, da Secretaria da Agricultura, lembrou da ação de nulidade de títulos de terras nas áreas indígenas, que está há 20 anos no Supremo Tribunal Federal esperando por julgamento. Armando Pinto, da Federação de Agricultura e Pecuária da Bahia, reforçou a questão, observando que a solução para os conflitos é o julgamento da ação pelo Supremo.
Agentes da Polícia Federal de Ilhéus continuam investigando as ocorrências do início desta semana, quando pistoleiros invadiram, na fazenda Letícia (localidade de Ourinho) a casa do índio pataxó hã-hã-hãe, Calos Silva, que foi baleado e levado para o Hospital de Camacã.
Segundo as lideranças indígenas, dentro da casa do índio, que foi furada por balas, os
pistoleiros também incendiaram documentos e outros pertencentes da família do pataxó.
A Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal, representantes da Assembléia
Legislativa da Bahia e da Funai, além da Polícia Federal de Ilhéus e do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) estão acompanhando a situação em Pau Brasil e pedindo providências do governo federal para solucionar os conflitos na região.
Raimundo Rosa, de 40 anos. Agentes da Polícia Federal já estão na região.
Durante o encontro, eles solicitaram a intervenção das autoridades no sentido de viabilizar uma audiência com o ministro da Justiça, Paulo de Tasso Ramos Ribeiro, com o relator do processo, ministro do Supremo Tribunal Nelson Jobim e Catão Alves, presidente do Tribunal Regional Federal (TRF).
Segundo o prefeito de Pau Brasil, José Augusto dos Santos Filho, as invasões que os índios chamam de retomadas são realizadas durante as madrugadas, enquanto todos estão dormindo e sem condições de defesa. Ele defende a necessidade de uma imediata ação por parte dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, principalmente na esfera estadual e federal, pois a situação chegou ao extremo. "Não se pode mais tolerar esta situação. Nosso povo não suporta mais viver como se estivéssemos em uma grande metrópole, onde a violência se apresenta de todas as maneiras", ressaltou o prefeito.
Ação - "Desejamos que os nossos direitos sejam respeitados e que a discriminação de cor ou de raça sejam banidas da nossa região", disse o prefeito de Camacã, Erivaldo Nunes. José Aécio Rodrigues, da Secretaria da Agricultura, lembrou da ação de nulidade de títulos de terras nas áreas indígenas, que está há 20 anos no Supremo Tribunal Federal esperando por julgamento. Armando Pinto, da Federação de Agricultura e Pecuária da Bahia, reforçou a questão, observando que a solução para os conflitos é o julgamento da ação pelo Supremo.
Agentes da Polícia Federal de Ilhéus continuam investigando as ocorrências do início desta semana, quando pistoleiros invadiram, na fazenda Letícia (localidade de Ourinho) a casa do índio pataxó hã-hã-hãe, Calos Silva, que foi baleado e levado para o Hospital de Camacã.
Segundo as lideranças indígenas, dentro da casa do índio, que foi furada por balas, os
pistoleiros também incendiaram documentos e outros pertencentes da família do pataxó.
A Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal, representantes da Assembléia
Legislativa da Bahia e da Funai, além da Polícia Federal de Ilhéus e do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) estão acompanhando a situação em Pau Brasil e pedindo providências do governo federal para solucionar os conflitos na região.
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