From Indigenous Peoples in Brazil
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News
Pataxós criam "frente de resistência"
09/07/2002
Autor: (Carla Fialho)
Fonte: A Tarde-Salvador-BA
Urgência na demarcação das terras indígenas, educação, saúde e incentivos à agricultura foram alguns dos temas debatidos, entre sábado e ontem, em Aldeia Nova, no entorno do Parque Nacional de Monte Pascoal, durante a primeira assembléia da Frente de Resistência Pataxó.
O evento reuniu cerca de 250 índios pataxós das comunidades de Corumbauzinho, Aldeia Nova, Guaxuma, Craveiro, Barra do Caí, Pequi e Mata Medonha.
Os pataxós acusam a Funai (Fundação Nacional do Índio) de boicotar a demarcação de suas terras, ao não liberar recursos para o Grupo Técnico que ela própria instituiu com este objetivo, há três anos.
Eles reivindicam uma área de 180 mil hectares na região de Monte Pascoal, no extremo sul do Estado, habitada por cerca de 4 mil índios espalhados por 11 aldeias. Na tentativa de pressionar o governo, os índios têm promovido uma série de retomadas. Desde agosto de 1999 até hoje foram dez, sendo que três delas ocorreram a partir de abril deste ano.
O encontro, conforme observou o cacique Joel Brás, contribuiu para fortalecer a luta pela demarcação, em meio a conflitos com fazendeiros, ameaças de morte e falta de apoio da Funai.
Um documento produzido ao final da assembléia critica o "descaso com que o governo vem tratando a questão indígena", citando como exemplo a demora do Grupo Técnico da Funai para entregar o laudo com os limites do território pataxó em Monte Pascoal.
A demora da Funai em demarcar as terras indígenas contribui para alimentar a violência na região, devido à reação dos fazendeiros, que se utilizam de pistoleiros armados, como vem ocorrendo em Barra do Caí, no Prado, e em Monte Pascoal. De acordo com o cacique Joel Brás, as retomadas "vão continuar até que o governo faça a demarcação".
De acordo com o cacique, além de não liberar recursos para a pesquisa de campo do Grupo Técnico - o que teria provocado um atraso de oito meses nos estudos -, a Funai tentou extingui-lo, por duas vezes, a última delas há 15 dias. "A Funai, que deveria zelar pelos índios, na verdade traça estratégias para atrapalhar ademarcação", acusa o cacique Joel Brás.
Ele cita, entre outros exemplos da omissão do órgão federal, a falta de suporte para a
agricultura, melhores condições de saúde e educação. "Aqui em Aldeia Nova temos três salas de aula improvisadas, sem cadeiras, carteiras e merenda.
Posto de saúde não há. Se alguém passa mal, temos que andar 8 quilômetros até o local onde fica o motorista da Funasa, para pedir ajuda", denuncia Brás. O que tem ajudado a comunidade, completa, são as retomadas. Graças a elas, afirma, "hoje já temos feijão, mandioca e milho plantados".
O evento reuniu cerca de 250 índios pataxós das comunidades de Corumbauzinho, Aldeia Nova, Guaxuma, Craveiro, Barra do Caí, Pequi e Mata Medonha.
Os pataxós acusam a Funai (Fundação Nacional do Índio) de boicotar a demarcação de suas terras, ao não liberar recursos para o Grupo Técnico que ela própria instituiu com este objetivo, há três anos.
Eles reivindicam uma área de 180 mil hectares na região de Monte Pascoal, no extremo sul do Estado, habitada por cerca de 4 mil índios espalhados por 11 aldeias. Na tentativa de pressionar o governo, os índios têm promovido uma série de retomadas. Desde agosto de 1999 até hoje foram dez, sendo que três delas ocorreram a partir de abril deste ano.
O encontro, conforme observou o cacique Joel Brás, contribuiu para fortalecer a luta pela demarcação, em meio a conflitos com fazendeiros, ameaças de morte e falta de apoio da Funai.
Um documento produzido ao final da assembléia critica o "descaso com que o governo vem tratando a questão indígena", citando como exemplo a demora do Grupo Técnico da Funai para entregar o laudo com os limites do território pataxó em Monte Pascoal.
A demora da Funai em demarcar as terras indígenas contribui para alimentar a violência na região, devido à reação dos fazendeiros, que se utilizam de pistoleiros armados, como vem ocorrendo em Barra do Caí, no Prado, e em Monte Pascoal. De acordo com o cacique Joel Brás, as retomadas "vão continuar até que o governo faça a demarcação".
De acordo com o cacique, além de não liberar recursos para a pesquisa de campo do Grupo Técnico - o que teria provocado um atraso de oito meses nos estudos -, a Funai tentou extingui-lo, por duas vezes, a última delas há 15 dias. "A Funai, que deveria zelar pelos índios, na verdade traça estratégias para atrapalhar ademarcação", acusa o cacique Joel Brás.
Ele cita, entre outros exemplos da omissão do órgão federal, a falta de suporte para a
agricultura, melhores condições de saúde e educação. "Aqui em Aldeia Nova temos três salas de aula improvisadas, sem cadeiras, carteiras e merenda.
Posto de saúde não há. Se alguém passa mal, temos que andar 8 quilômetros até o local onde fica o motorista da Funasa, para pedir ajuda", denuncia Brás. O que tem ajudado a comunidade, completa, são as retomadas. Graças a elas, afirma, "hoje já temos feijão, mandioca e milho plantados".
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