From Indigenous Peoples in Brazil
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News
Agricultor prevê mortes em reserva
09/04/2008
Fonte: OESP, Nacional, p. A13
Agricultor prevê mortes em reserva
Governador propôs ontem a arrozeiros plano de retirada, que foi rejeitado; ação da PF pode ocorrer nesta semana
Loide Gomes, Boa Vista
A operação de retirada de não-índios da reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, pode ocorrer esta semana. Segundo o governador Anchieta Júnior (PSDB), o prazo foi dado pelos delegados da Polícia Federal que comandam a ação, em reunião realizada na noite de segunda-feira, no Palácio Hélio Campos, sede do Executivo estadual.
O delegado Fernando Segóvia, que coordena a operação, não negou nem confirmou o prazo. Disse apenas que vai negociar o tempo que for preciso para que a retirada seja pacífica. "Mas a operação é inevitável. Somente uma ordem judicial poderá suspendê-la", afirmou.
A reunião ocorreu a pedido do governador, que tenta uma saída pacífica para o conflito. Anchieta Júnior entrou na segunda-feira com ação no Supremo Tribunal Federal pedindo a suspensão da operação da PF. Ontem pela manhã, ele chamou ao palácio os arrozeiros e ofereceu, sem sucesso, toda a logística necessária para retirá-los antes da entrada dos agentes federais na terra indígena.
"Estou sentindo que vai morrer muita gente", disse o produtor Luiz Affonso Faccio, um dos primeiros a ocupar áreas para o plantio de arroz na terra indígena, ao sair do encontro. No meio da tarde, desembarcaram em Boa Vista mais 45 homens da Força de Segurança Nacional, para completar o efetivo de 500 homens destacados para a ação.
A Polícia Federal também reforçou a segurança no posto que mantém em Pacaraima, na fronteira com a Venezuela, alvo de tentativa de ataque na segunda-feira. O índio David Amaro da Conceição foi preso e indiciado por incitação à ordem pública, dano ao patrimônio público, sabotagem, exposição ao perigo da vida de outrem e ameaça. Ele é acusado de ter arremessado dois coquetéis molotov contra os prédios da Receita Federal e da PF e de tentar detonar um carro-bomba em Pacaraima.
O delegado Segóvia disse que o acusado, apesar de indígena, não goza de privilégios. "Vou prender toda a quadrilha responsável pelos crimes cometidos na Raposa Serra do Sol, inclusive os indígenas que estiverem envolvidos", afirmou.
OESP, 09/04/2008, Nacional, p. A13
Governador propôs ontem a arrozeiros plano de retirada, que foi rejeitado; ação da PF pode ocorrer nesta semana
Loide Gomes, Boa Vista
A operação de retirada de não-índios da reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, pode ocorrer esta semana. Segundo o governador Anchieta Júnior (PSDB), o prazo foi dado pelos delegados da Polícia Federal que comandam a ação, em reunião realizada na noite de segunda-feira, no Palácio Hélio Campos, sede do Executivo estadual.
O delegado Fernando Segóvia, que coordena a operação, não negou nem confirmou o prazo. Disse apenas que vai negociar o tempo que for preciso para que a retirada seja pacífica. "Mas a operação é inevitável. Somente uma ordem judicial poderá suspendê-la", afirmou.
A reunião ocorreu a pedido do governador, que tenta uma saída pacífica para o conflito. Anchieta Júnior entrou na segunda-feira com ação no Supremo Tribunal Federal pedindo a suspensão da operação da PF. Ontem pela manhã, ele chamou ao palácio os arrozeiros e ofereceu, sem sucesso, toda a logística necessária para retirá-los antes da entrada dos agentes federais na terra indígena.
"Estou sentindo que vai morrer muita gente", disse o produtor Luiz Affonso Faccio, um dos primeiros a ocupar áreas para o plantio de arroz na terra indígena, ao sair do encontro. No meio da tarde, desembarcaram em Boa Vista mais 45 homens da Força de Segurança Nacional, para completar o efetivo de 500 homens destacados para a ação.
A Polícia Federal também reforçou a segurança no posto que mantém em Pacaraima, na fronteira com a Venezuela, alvo de tentativa de ataque na segunda-feira. O índio David Amaro da Conceição foi preso e indiciado por incitação à ordem pública, dano ao patrimônio público, sabotagem, exposição ao perigo da vida de outrem e ameaça. Ele é acusado de ter arremessado dois coquetéis molotov contra os prédios da Receita Federal e da PF e de tentar detonar um carro-bomba em Pacaraima.
O delegado Segóvia disse que o acusado, apesar de indígena, não goza de privilégios. "Vou prender toda a quadrilha responsável pelos crimes cometidos na Raposa Serra do Sol, inclusive os indígenas que estiverem envolvidos", afirmou.
OESP, 09/04/2008, Nacional, p. A13
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