From Indigenous Peoples in Brazil
News
Conflito entre índios e garimpeiros preocupa
17/08/2002
Autor: ALINE CUBAS
Fonte: Diário de Cuiabá-Cuiabá-MT
Relatório feito pela Funai constata denúncias sobre morte e extração ilegal de diamantes
O ex-gerente da Funai em Cuiabá, Idevar Sardinha, participou da vistoria com diretores do órgão
Procuradores do Ministério Público Federal e deputados da Comissão de Direitos Humanos da Câmara se reúnem esta semana em Brasília para definir como enfrentar a extração ilegal de diamantes e os conflitos entre garimpeiros e os índios cinta-larga, do Parque Aripuanã, na divisa entre Mato Grosso e Rondônia.
Levantamentos da Fundação Nacional do Índio (Funai) indicam que pelo menos 30 corpos estariam dentro do Parque Indígena Aripuanã, resultado de disputas ocorridas desde setembro do ano passado entre índios e
garimpeiros, além de conflitos entre os próprios garimpeiros.
Os dados constam de um relatório elaborado por diretores da Funai após uma vistoria realizada no mês passado nos municípios de Juína (MT) e Cacoal (RO). "A atividade garimpeira e de extração de madeira continua
a pleno vapor. As sociedades cinta-larga surui estão pagando um preço muito alto por habitarem uma área rica, objeto de permanente cobiça", afirmou o indigenista Idevar Sardinha, que participou da
vistoria.
A informação é contestada pela Polícia Federal, para quem o garimpo na área indígena foi fechado "e não será reaberto", declarou na sexta-feira o delegado Reinaldo de Almeida Cesar, responsável pela assessoria de comunicação da PF, em Brasília. Conforme o delegado, a PF mantém uma operação na região, inclusive com barreiras.
Reinado Cesar negou ainda as denúncias da presidente da União Nacional dos Garimpeiros e Mineradores, Jane Maria Rezende, de que as constantes trocas de delegados nas operações desencadeadas pela PF na área seja uma forma deliberada de prejudicar os trabalhos, por pressões de grandes mineradoras e de servidores públicos que atuariam no esquema de retirada dos diamantes. "As mudanças de delegados, quando elas ocorrem, são meramente por questões administrativas e não representam nenhum tipo de pressões", garantiu o assessor da PF.
Estimativas da União Nacional dos Garimpeiros dão conta que US$ 50 milhões chegaram a sair da região mensalmente por vias legais.
"A situação nessa área é muito complexa e há fortes indícios que ela tenha o envolvimento do tráfico de drogas", salientou semana passada um assessor jurídico da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos
Deputados. Até Organizações não-governamentais estariam atuando na lavagem do dinheiro obtido com a extração de diamantes da área indígena dos Cinta-larga e Surui.
O ex-gerente da Funai em Cuiabá, Idevar Sardinha, participou da vistoria com diretores do órgão
Procuradores do Ministério Público Federal e deputados da Comissão de Direitos Humanos da Câmara se reúnem esta semana em Brasília para definir como enfrentar a extração ilegal de diamantes e os conflitos entre garimpeiros e os índios cinta-larga, do Parque Aripuanã, na divisa entre Mato Grosso e Rondônia.
Levantamentos da Fundação Nacional do Índio (Funai) indicam que pelo menos 30 corpos estariam dentro do Parque Indígena Aripuanã, resultado de disputas ocorridas desde setembro do ano passado entre índios e
garimpeiros, além de conflitos entre os próprios garimpeiros.
Os dados constam de um relatório elaborado por diretores da Funai após uma vistoria realizada no mês passado nos municípios de Juína (MT) e Cacoal (RO). "A atividade garimpeira e de extração de madeira continua
a pleno vapor. As sociedades cinta-larga surui estão pagando um preço muito alto por habitarem uma área rica, objeto de permanente cobiça", afirmou o indigenista Idevar Sardinha, que participou da
vistoria.
A informação é contestada pela Polícia Federal, para quem o garimpo na área indígena foi fechado "e não será reaberto", declarou na sexta-feira o delegado Reinaldo de Almeida Cesar, responsável pela assessoria de comunicação da PF, em Brasília. Conforme o delegado, a PF mantém uma operação na região, inclusive com barreiras.
Reinado Cesar negou ainda as denúncias da presidente da União Nacional dos Garimpeiros e Mineradores, Jane Maria Rezende, de que as constantes trocas de delegados nas operações desencadeadas pela PF na área seja uma forma deliberada de prejudicar os trabalhos, por pressões de grandes mineradoras e de servidores públicos que atuariam no esquema de retirada dos diamantes. "As mudanças de delegados, quando elas ocorrem, são meramente por questões administrativas e não representam nenhum tipo de pressões", garantiu o assessor da PF.
Estimativas da União Nacional dos Garimpeiros dão conta que US$ 50 milhões chegaram a sair da região mensalmente por vias legais.
"A situação nessa área é muito complexa e há fortes indícios que ela tenha o envolvimento do tráfico de drogas", salientou semana passada um assessor jurídico da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos
Deputados. Até Organizações não-governamentais estariam atuando na lavagem do dinheiro obtido com a extração de diamantes da área indígena dos Cinta-larga e Surui.
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