From Indigenous Peoples in Brazil
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Indígena sinaliza que desbloqueio de estrada pode ser apenas uma trégua
12/05/2008
Autor: Marco Antônio Soalheira
Fonte: Agência Brasil
Comunidade São Francisco - Terra Indígena Raposa Serra do Sol (RR) - Encerrada a reunião com agentes da Polícia Federal (PF) e da Fundação Nacional do Índio (Funai) em que índios da Comunidade São Francisco concordaram em desbloquear a estrada RR-319, mais conhecida como Transarrozeira, na Terra Indígena Raposa Serra do Sol (RR), o tuxaua Irineu Aniceto sinalizou que o acordo pode ser apenas uma trégua.
Ela estaria condicionada ao posicionamento do Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento de ações pendentes que contestam a demarcação da reserva em área contínua.
"A nossa esperança é que o Supremo possa favorecer o nosso direito na decisão. Temos 20 dias para aguardar e aí vamos ver qualquer atitude que podemos tomar", disse Aniceto. "O povo está todo nervoso. Vai piorar a vida [uma eventual decisão pela permanência dos não-índios]", completou o coordenador do Conselho Indígena de Roraima (CIR), Jaci José de Souza.
A negociação entre a comunidade e os agentes federais teve momentos de tensão, observados à distância pela Agência Brasil. Os índios disseram se sentir ameaçados dentro da terra que já consideram deles e cobraram mais segurança.
Relataram que já chegaram à reserva carros "carregados" de pistoleiros e armas que teriam sido "encomendadas" pelos arrozeiros. "Já fomos baleados e só depois a segurança chegou", reclamou um dos líderes durante a reunião.
A PF reiterou estar atenta ao monitoramento da área e pediu colaboração dos índios em avisar qualquer fato estranho. "A gente pode mobilizar as equipes no sentido de dar a cobertura necessária, prender em flagrante quem estiver armado ou quem insistir em desobedecer à lei e à ordem", explicou o superintendente da PF em Roraima, José Maria Fonseca, que conduziu pessoalmente a negociação.
Alheias à movimentação estranha no local, com a presença de homens armados, crianças da comunidade brincavam em um banco de terra sem imaginar que, em algumas semanas, os ministros do STF vão emitir uma decisão que pode afetar o rumo de suas vidas.
Ela estaria condicionada ao posicionamento do Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento de ações pendentes que contestam a demarcação da reserva em área contínua.
"A nossa esperança é que o Supremo possa favorecer o nosso direito na decisão. Temos 20 dias para aguardar e aí vamos ver qualquer atitude que podemos tomar", disse Aniceto. "O povo está todo nervoso. Vai piorar a vida [uma eventual decisão pela permanência dos não-índios]", completou o coordenador do Conselho Indígena de Roraima (CIR), Jaci José de Souza.
A negociação entre a comunidade e os agentes federais teve momentos de tensão, observados à distância pela Agência Brasil. Os índios disseram se sentir ameaçados dentro da terra que já consideram deles e cobraram mais segurança.
Relataram que já chegaram à reserva carros "carregados" de pistoleiros e armas que teriam sido "encomendadas" pelos arrozeiros. "Já fomos baleados e só depois a segurança chegou", reclamou um dos líderes durante a reunião.
A PF reiterou estar atenta ao monitoramento da área e pediu colaboração dos índios em avisar qualquer fato estranho. "A gente pode mobilizar as equipes no sentido de dar a cobertura necessária, prender em flagrante quem estiver armado ou quem insistir em desobedecer à lei e à ordem", explicou o superintendente da PF em Roraima, José Maria Fonseca, que conduziu pessoalmente a negociação.
Alheias à movimentação estranha no local, com a presença de homens armados, crianças da comunidade brincavam em um banco de terra sem imaginar que, em algumas semanas, os ministros do STF vão emitir uma decisão que pode afetar o rumo de suas vidas.
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