From Indigenous Peoples in Brazil
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Noticias
Indígenas reagem contra coordenador da Eletrobrás durante encontro Xingu Vivo para Sempre
21/05/2008
Fonte: Cimi
Indígenas reagem contra engenheiro da Eletrobrás durante encontro Xingu Vivo para Sempre
O representante da Eletrobrás, Paulo Fernando Rezende, foi ferido no braço, na terça-feira (20), após defender o projeto de construção da hidrelétrica de Belo Monte, em Altamira, Pará. O episódio lembrou outro ocorrido há quase 20 anos, quando a índia Kayapó Tuíra se aproximou do representante da empresa mostrando-lhe o seu facão.
O incidente da última terça-feira aconteceu depois da explanação de Rezende, que argumentou a favor da construção da usina. "Quero esclarecer aqui informações que foram faladas erroneamente pelo palestrante anterior", disse apontando Oswaldo Sevá, professor da Universidade de Campinas e crítico do projeto. Segundo Rezende, seria preciso que os brasileiros deixassem de ser egoístas. "Em 2017 haverá cerca de 204 milhões de pessoas. Se a energia da região Sudeste acabar, a gente manda a energia [gerada por Belo Monte] para lá", disse. Sua fala foi vaiada pelo público o que o fez elevar o tom de voz.
Ao encerrar sua fala, um grupo de índios, entre os cerca de 600 presentes, se aproximaram cantando e empunhando bordunas - espécie de porrete - e terçados - tipo de facão usado para abrir picadas na mata. Formou-se então uma roda de indígenas em torno de Rezende, que conseguiu sair com a intervenção dos organizadores. Na confusão, o representante saiu ferido no braço direito.
O presidente do Cimi e bispo do Xingu, Dom Erwin Krautler, que estava ao lado de Rezende no momento que a confusão aconteceu, lamentou o incidente. Para ele, que está em Altamira há mais de 30 anos e trabalha diretamente com povos indígenas, a reação deles foi resultado de várias experiências ruins com aproveitamentos hidrelétricos que afetam suas terras. "Os índios estão indignados e revoltados porque nunca foram consultados a respeito de hidrelétricas no Xingu", revela.
O procurador da República Felício Pontes, responsável pela defesa dos direitos indígenas no Pará, se mostrou preocupado: "estamos avisando o governo federal a dez anos que haverá conflitos por causa da barragem no rio Xingu, já tentamos convencer as autoridades a consultar os povos indígenas e o triste episódio de hoje mostra que eles estão dispostos a resistir até fisicamente para que não seja feito o barramento".
A organização do encontro também lamentou em nota o episódio.
O representante da Eletrobrás, Paulo Fernando Rezende, foi ferido no braço, na terça-feira (20), após defender o projeto de construção da hidrelétrica de Belo Monte, em Altamira, Pará. O episódio lembrou outro ocorrido há quase 20 anos, quando a índia Kayapó Tuíra se aproximou do representante da empresa mostrando-lhe o seu facão.
O incidente da última terça-feira aconteceu depois da explanação de Rezende, que argumentou a favor da construção da usina. "Quero esclarecer aqui informações que foram faladas erroneamente pelo palestrante anterior", disse apontando Oswaldo Sevá, professor da Universidade de Campinas e crítico do projeto. Segundo Rezende, seria preciso que os brasileiros deixassem de ser egoístas. "Em 2017 haverá cerca de 204 milhões de pessoas. Se a energia da região Sudeste acabar, a gente manda a energia [gerada por Belo Monte] para lá", disse. Sua fala foi vaiada pelo público o que o fez elevar o tom de voz.
Ao encerrar sua fala, um grupo de índios, entre os cerca de 600 presentes, se aproximaram cantando e empunhando bordunas - espécie de porrete - e terçados - tipo de facão usado para abrir picadas na mata. Formou-se então uma roda de indígenas em torno de Rezende, que conseguiu sair com a intervenção dos organizadores. Na confusão, o representante saiu ferido no braço direito.
O presidente do Cimi e bispo do Xingu, Dom Erwin Krautler, que estava ao lado de Rezende no momento que a confusão aconteceu, lamentou o incidente. Para ele, que está em Altamira há mais de 30 anos e trabalha diretamente com povos indígenas, a reação deles foi resultado de várias experiências ruins com aproveitamentos hidrelétricos que afetam suas terras. "Os índios estão indignados e revoltados porque nunca foram consultados a respeito de hidrelétricas no Xingu", revela.
O procurador da República Felício Pontes, responsável pela defesa dos direitos indígenas no Pará, se mostrou preocupado: "estamos avisando o governo federal a dez anos que haverá conflitos por causa da barragem no rio Xingu, já tentamos convencer as autoridades a consultar os povos indígenas e o triste episódio de hoje mostra que eles estão dispostos a resistir até fisicamente para que não seja feito o barramento".
A organização do encontro também lamentou em nota o episódio.
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