From Indigenous Peoples in Brazil
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Índios liberam rodovia mineira bloqueada desde a última segunda-feira
28/05/2008
Autor: Alex Rodrigues
Fonte: Agência Brasil
Brasília - Depois de bloquear por dois dias o trânsito de veículos na rodovia estadual mineira MG-232, índios da etnia Pataxó decidiram liberar a estrada e manter em seu poder os veículos detidos durante o protesto contra a atuação da empresa mineradora MMX.
Segundo o vice-cacique da aldeia Guarani, Urumã Pataxó, o bloqueio foi suspenso por volta das 16h30 de hoje (28), mas os Pataxó continuarão cobrando que a MMX compense a comunidade pelo aumento do tráfego de caminhões na estrada que corta a aldeia indígena. "Se a empresa não der uma resposta [satisfatória], não iremos mais permitir que seus funcionários e os que prestam serviço para ela passem pela aldeia".
"A empresa tinha nos informado que iriam passar 40 carretas por dia", diz Urumã. "Nossas lideranças reclamaram do transtorno [que os veículos causariam] e reivindicaram [para compensar o incômodo] um trator que seria utilizado nos projetos de auto-sustentação da comunidade."
Urumã afirma que a empresa não concordou com a proposta dos Pataxó. Segundo ele, enquanto os líderes indígenas tentavam negociar com a empresa, os caminhões começaram a transitar pela aldeia. O vice-cacique garante que depois de esperar mais de um mês por uma resposta da empresa, os indígenas resolveram bloquear a estrada.
A MMX, por sua vez, afirma que, em março deste ano, começou a informar a comunidade sobre a passagem de caminhões a partir de maio. Os veículos transportam os tubos que serão utilizados na construção de um mineroduto de mais de 500 quilômetros, ligando Minas Gerais ao Rio de Janeiro e passando por mais de 30 municípios. No município de Carmésia, no Vale do Rio Doce, a empresa construiu um dos vários pátios de estocagem que abrigarão os tubos que serão utilizados na obra.
Em nota, a companhia garante que no dia 7 de abril, representantes da MMX se reuniram com integrantes do Comitê de Gestão das Causas Indígenas (Comind). Durante o encontro, o cacique Mesaque Pataxó teria feito ameaças sobre o início da cobrança de um pedágio para os caminhões que transportariam os tubos. Ainda segundo a nota, a empresa teria se recusado a pagar qualquer taxa, uma vez que considera indevida e ilegal a cobrança em uma rodovia estadual.
A MMX afirma que, só então, o cacique teria apresentado um projeto social de mecanização agrícola, solicitando máquinas e equipamentos. A empresa diz ter rejeitado a proposta por ela não ter qualquer relação com suas ações na região.
Entre os veículos retidos pelos indígenas, há, segundo a assessoria da empresa fabricante dos tubos, Confab, duas carretas carregadas, uma ambulância e uma kombi. As duas carretas pertencem à Transportadora DellaVolpe, contratada pela Confab para entregar os tubos à MMX.
O vice-cacique garante que há cinco veículos detidos na aldeia: além das duas carretas, uma pick-up, uma kombi e uma ambulância que pertenceriam às companhias que prestam serviço para a MMX.
Segundo o vice-cacique da aldeia Guarani, Urumã Pataxó, o bloqueio foi suspenso por volta das 16h30 de hoje (28), mas os Pataxó continuarão cobrando que a MMX compense a comunidade pelo aumento do tráfego de caminhões na estrada que corta a aldeia indígena. "Se a empresa não der uma resposta [satisfatória], não iremos mais permitir que seus funcionários e os que prestam serviço para ela passem pela aldeia".
"A empresa tinha nos informado que iriam passar 40 carretas por dia", diz Urumã. "Nossas lideranças reclamaram do transtorno [que os veículos causariam] e reivindicaram [para compensar o incômodo] um trator que seria utilizado nos projetos de auto-sustentação da comunidade."
Urumã afirma que a empresa não concordou com a proposta dos Pataxó. Segundo ele, enquanto os líderes indígenas tentavam negociar com a empresa, os caminhões começaram a transitar pela aldeia. O vice-cacique garante que depois de esperar mais de um mês por uma resposta da empresa, os indígenas resolveram bloquear a estrada.
A MMX, por sua vez, afirma que, em março deste ano, começou a informar a comunidade sobre a passagem de caminhões a partir de maio. Os veículos transportam os tubos que serão utilizados na construção de um mineroduto de mais de 500 quilômetros, ligando Minas Gerais ao Rio de Janeiro e passando por mais de 30 municípios. No município de Carmésia, no Vale do Rio Doce, a empresa construiu um dos vários pátios de estocagem que abrigarão os tubos que serão utilizados na obra.
Em nota, a companhia garante que no dia 7 de abril, representantes da MMX se reuniram com integrantes do Comitê de Gestão das Causas Indígenas (Comind). Durante o encontro, o cacique Mesaque Pataxó teria feito ameaças sobre o início da cobrança de um pedágio para os caminhões que transportariam os tubos. Ainda segundo a nota, a empresa teria se recusado a pagar qualquer taxa, uma vez que considera indevida e ilegal a cobrança em uma rodovia estadual.
A MMX afirma que, só então, o cacique teria apresentado um projeto social de mecanização agrícola, solicitando máquinas e equipamentos. A empresa diz ter rejeitado a proposta por ela não ter qualquer relação com suas ações na região.
Entre os veículos retidos pelos indígenas, há, segundo a assessoria da empresa fabricante dos tubos, Confab, duas carretas carregadas, uma ambulância e uma kombi. As duas carretas pertencem à Transportadora DellaVolpe, contratada pela Confab para entregar os tubos à MMX.
O vice-cacique garante que há cinco veículos detidos na aldeia: além das duas carretas, uma pick-up, uma kombi e uma ambulância que pertenceriam às companhias que prestam serviço para a MMX.
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