From Indigenous Peoples in Brazil
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News
Índios Tikuna criam organização em Manaus
01/09/2002
Fonte: Site do Cimi
Um grupo de aproximadamente 30 indígenas do povo Tikuna mora em Manaus há mais de dez anos pelo menos. Atraídos pela possibilidade de emprego nas fábricas do Distrito Industrial ou, no caso das mulheres, para trabalhar como empregadas domésticas em residências, eles deixaram para trás parentes, amigos, uma forma de viver diferente, mas não deixaram de ser Tikuna: falam sua língua, contam suas histórias e, pouco a pouco, vão quebrando a barreira do preconceito – que é muito forte, arraigada em grande parte da população, inclusive naqueles que, iguais a eles pela precária condição social, disputam os espaços da periferia de Manaus.
Muito antes do bairro Cidade de Deus, na Zona Leste, tornar-se um dos grandes aglomerados de Manaus, a família de Domingos Ricardo Florentino já vivia na localidade. Ele veio da aldeia Umariaçu, no município de Tabatinga – distante de Manaus cerca de 1.100 quilômetros. Depois, juntaram-se a ele outras famílias vindas das aldeias Betânia, também de Tabatinga, Feijoal e Filadélfia, em Benjamin Constant, também da região do Alto Solimões.
Parte dessas famílias sobrevive da venda de artesanato. Outros, são empregados, como Domingos Ricardo Florentino, "office boy" numa agência bancária.
Junto com ele estão Bernardino Alexandre Pereira, Deniziu Araújo Peres e Aldenor Bastos Felipe, na coordenação da organização Wochimaucü, cujo estatuto foi aprovado em assembléia realizada no dia 6 de julho passado. A organização foi criada para facilitar o acesso dos Tikuna residentes em Manaus à saúde, à educação diferenciada, para divulgar a cultura nos espaços possíveis da cidade, entre outros.
Desde setembro do ano passado, os membros das sete famílias moradoras do bairro Cidade de Deus se reuniam para discutir a criação da organização. Agora, ela começa representando apenas aquele grupo, mas aberta à filiação de Tikunas de outros cantos da cidade. "Nossa intenção é fortalecer uma organização representativa dos nossos ‘parentes’ que moram em toda a cidade de Manaus", explica Domingos Florentino. Segundo ele, há outras famílias Tikuna morando nos bairros da Glória, Nossa Senhora de Fátima, Petrópolis e Braga Mendes.
O povo Tikuna habita a região do Alto Solimões, em sete municípios, a Oeste do estado do Amazonas, na fronteira com Peru e Colômbia. Sua população é de cerca de 20 mil pessoas, uma das maiores do Brasil.
Muito antes do bairro Cidade de Deus, na Zona Leste, tornar-se um dos grandes aglomerados de Manaus, a família de Domingos Ricardo Florentino já vivia na localidade. Ele veio da aldeia Umariaçu, no município de Tabatinga – distante de Manaus cerca de 1.100 quilômetros. Depois, juntaram-se a ele outras famílias vindas das aldeias Betânia, também de Tabatinga, Feijoal e Filadélfia, em Benjamin Constant, também da região do Alto Solimões.
Parte dessas famílias sobrevive da venda de artesanato. Outros, são empregados, como Domingos Ricardo Florentino, "office boy" numa agência bancária.
Junto com ele estão Bernardino Alexandre Pereira, Deniziu Araújo Peres e Aldenor Bastos Felipe, na coordenação da organização Wochimaucü, cujo estatuto foi aprovado em assembléia realizada no dia 6 de julho passado. A organização foi criada para facilitar o acesso dos Tikuna residentes em Manaus à saúde, à educação diferenciada, para divulgar a cultura nos espaços possíveis da cidade, entre outros.
Desde setembro do ano passado, os membros das sete famílias moradoras do bairro Cidade de Deus se reuniam para discutir a criação da organização. Agora, ela começa representando apenas aquele grupo, mas aberta à filiação de Tikunas de outros cantos da cidade. "Nossa intenção é fortalecer uma organização representativa dos nossos ‘parentes’ que moram em toda a cidade de Manaus", explica Domingos Florentino. Segundo ele, há outras famílias Tikuna morando nos bairros da Glória, Nossa Senhora de Fátima, Petrópolis e Braga Mendes.
O povo Tikuna habita a região do Alto Solimões, em sete municípios, a Oeste do estado do Amazonas, na fronteira com Peru e Colômbia. Sua população é de cerca de 20 mil pessoas, uma das maiores do Brasil.
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