From Indigenous Peoples in Brazil
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News
Pataxós disputam fazenda com sem-terra
05/09/2002
Autor: Carla Fialho
Fonte: A Tarde-Salvador-BA
Um grupo de 100 índios pataxós da Aldeia do Pequi ocupou na madrugada de segunda-feira a Fazenda Santa Rita, próxima ao Rio do Caí, no município de Prado. Há duas semanas os índios haviam tentado retomar a propriedade, mas foram impedidos por policiais militares e seguranças da fazenda. Como estratégia, ocuparam uma área vizinha, o que acabou levando os pataxós a entrarem em atrito com as famílias do Movimento Sem Terra do assentamento Modelo, que reivindicam a desapropriação da mesma área, conhecida como Fazenda do Clemente, para Reforma Agrária.
O clima, que já estava tenso, piorou, com os três grupos envolvidos na disputa da terra. Em
represália aos pataxós, os sem-terra interditaram, semana passada, com troncos de árvores, a estrada de acesso à Aldeia do Pequi. Com reforço de índios vindos de outras localidades, a comunidade da aldeia conseguiu abrir a estrada e entrar num acordo com os trabalhadores. Os pataxós aceitaram recuar da área, ocupada no dia 21, até que ela seja definida como território indígena. Quando isso acontecer, eles se comprometeram a negociar outra área para assentamento. E com a ajuda dos assentados partiram para a ocupação da Fazenda Santa Rita.
Mas um acordo com os proprietários rurais ainda parece estar longe de acontecer. Segundo o cacique da Aldeia Pequi, Lídio Matari, o dono da fazenda, Normando de Carvalho, já mandou recado de que estaria reunindo alguns homens para retirarem os índios do local. À espera de um possível confronto, continuam chegando mais índios na Aldeia do Pequi. Eles também não pensam em sair de lá.
Segundo o cacique Lídio, há dois anos a comunidade da aldeia, localizada praticamente no
meio da área, vinha sofrendo com a proibição de pegaram água no córrego e tendo que passar debaixo da cerca porque a cancela de acesso à aldeia vive constantemente no cadeado.
Apesar da tensão, o cacique Joel Brás, líder da Frente de Resistência Pataxó, afirma que as
retomadas vão continuar, como forma de pressionar a Funai (Fundação Nacional do Índio) para a conclusão do relatório do grupo técnico, que tem a missão de definir se o território de 200 mil hectares, na região que engloba de Barra Velha, em Porto Seguro, a Corumbau, no Prado, passando pelas terras no entorno do Parque Nacional do Monte Pascoal, pertence ou não ao povo pataxó.
O clima, que já estava tenso, piorou, com os três grupos envolvidos na disputa da terra. Em
represália aos pataxós, os sem-terra interditaram, semana passada, com troncos de árvores, a estrada de acesso à Aldeia do Pequi. Com reforço de índios vindos de outras localidades, a comunidade da aldeia conseguiu abrir a estrada e entrar num acordo com os trabalhadores. Os pataxós aceitaram recuar da área, ocupada no dia 21, até que ela seja definida como território indígena. Quando isso acontecer, eles se comprometeram a negociar outra área para assentamento. E com a ajuda dos assentados partiram para a ocupação da Fazenda Santa Rita.
Mas um acordo com os proprietários rurais ainda parece estar longe de acontecer. Segundo o cacique da Aldeia Pequi, Lídio Matari, o dono da fazenda, Normando de Carvalho, já mandou recado de que estaria reunindo alguns homens para retirarem os índios do local. À espera de um possível confronto, continuam chegando mais índios na Aldeia do Pequi. Eles também não pensam em sair de lá.
Segundo o cacique Lídio, há dois anos a comunidade da aldeia, localizada praticamente no
meio da área, vinha sofrendo com a proibição de pegaram água no córrego e tendo que passar debaixo da cerca porque a cancela de acesso à aldeia vive constantemente no cadeado.
Apesar da tensão, o cacique Joel Brás, líder da Frente de Resistência Pataxó, afirma que as
retomadas vão continuar, como forma de pressionar a Funai (Fundação Nacional do Índio) para a conclusão do relatório do grupo técnico, que tem a missão de definir se o território de 200 mil hectares, na região que engloba de Barra Velha, em Porto Seguro, a Corumbau, no Prado, passando pelas terras no entorno do Parque Nacional do Monte Pascoal, pertence ou não ao povo pataxó.
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