From Indigenous Peoples in Brazil
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News

Funasa investiga morte de prematuros em aldeias

07/08/2008

Autor: Valéria Araújo

Fonte: Dourados Agora - www.douradosagora.com.br




Dados da Funasa apontam que a principal causa de mortes na reserva de Dourados está relacionada a má formação congênita de recém-nascidos. Segundo a pesquisa, a cada 1 mil nascidos por ano, 26 acabam morrendo. Este número está 23,8% acima da média nacional, de 21 por 1 mil.

De acordo com o coordenador da Funasa, Fernando da Silva Souza, Dourados está reduzindo o número de mortes gradativamente. No ano 2000 a média geral era de 140 vítimas a cada 1 mil nascidos. De lá para cá, segundo a pesquisa, este percentual caiu 438,4%.

O médico Zelik Trajber, coordenador de equipes multiprofissionais do Distrito Sanitário Indígena, explica que até o ano de 2005 as principais patologias apresentadas estavam relacionadas a fome. Segundo ele, diante de medidas tomadas pelo poder público, o índice de mortes causadas por desnutrição caiu consideravelmente.

A Fundação investiga agora as causas das prematuridades. Para isso, conforme o coordenador da Funasa, Fernando Silva, várias parcerias e estudos estão sendo firmados no intuito de prevenir e baixar ainda mais este percentual.
Uma das ações que também visam contribuir com a redução é a capacitação em "Antropologia Política e Legislações Indigenistas", oferecido pela Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). O curso envolve mais de 30 funcionários, entre médicos, psicólogos, enfermeiros e administrativos das cidades de Dourados, Amambaí e Iguatemi. As palestras estão sendo ministradas pelo professor Levi Marques, doutor em antropologia, e Jorge Erenites, (história), ambos da UFGD.

Segundo Fernando, a palestra é importante porque através dos conhecimentos repassados sobre a cultura indígena, os profissionais vão ter condições de melhorar o atendimento nas aldeias, evitando o choque cultural.
Quanto a este aspecto, o médico Zelik conta que em Dourados existe uma família indígena que ainda resiste ao tratamento por vacinas. "Outro aspecto que vem sendo mudado aos poucos, é o de que muitos pais levam os filhos doentes para serem benzidos por pajés e evitam o tratamento médico, quando os dois poderiam ser consultados. Os servidores vão fazer um trabalho no intuito de incentivar que eles mantenham as tradições, mas que também procurem ajuda de um profissional", explica.
 

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