From Indigenous Peoples in Brazil
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News

Ambientalistas protestam sábado contra a Usina de Mauá

07/08/2008

Fonte: Bonde - www.bonde.com.br



Mais uma vez ribeirinhos, indígenas e ambientalistas saem às ruas para protestar contra a construção da Usina Hidrelétrica de Mauá, no Rio Tibagi. O ato público está programado para acontecer neste sábado (9), a partir das 8h30, em frente à sede da Copel na Rua Chile, número 10, na Vila Brasil, Zona Leste de Londrina. Com faixas, cartazes e informações, os participantes vão dizer não às fraudes elementares no licenciamento da Usina de Mauá. Depois, os manifestantes devem se dirigir para o Calçadão, no Centro da cidade.

A Frente pela Preservação do Rio Tibagi aguarda a decisão de um recurso judicial no Superior Tribunal de Justiça (STJ) que pode paralisar novamente os procedimentos para a construção da UHE. Atualmente, 15 ações judiciais e dezenas de questionamentos administrativos do Ministério Público Federal (MPF), ONG Liga Ambiental e da Associação Nacional dos Atingidos por Barragens (Anab) ainda tramitam sem resposta e colocam em xeque o processo de licenciamento da Usina que o Consórcio Cruzeiro do Sul (Copel e Eletrosul) pretende erguer no Rio Tibagi, responsável pelo abastecimento de pelo menos 40 cidades do Paraná. Pelo menos 200 ribeirinhos vivem nas áreas previstas para o alagamento.

Conseqüências

Segundo dados do próprio Consórcio, para a formação do lago de 90 km2, espalhados por 80 km de extensão, a UHE provocará o desmatamento de no mínimo 5,4 mil hectares de florestas e reflorestamentos de Mata Atlântica entre os municípios de Telêmaco Borba e Ortigueira. O Rio Tibagi desaparecerá sob uma coluna d'água. "No lugar de um rio de corredeiras, ganharemos um gigantesco lago morto", afirma o biólogo Eduardo Panachão, presidente da Ong MAE. Sem as árvores, acabam-se as aves, répteis, mamíferos e outros animais que habitam a área.

Os ambientalistas temem que além da destruição de um local de alta biodiversidade único no Paraná, a instalação da usina traga prejuízos ao abastecimento de água de Londrina e Cambé, que retiram 54% do volume total consumido do Tibagi. Na área prevista para a formação do lago há 21 pontos de mineração de carvão abandonados e totalmente abertos que se inundados despejarão no lago resíduos de cádmio, chumbo e manganês, frutos da extração do mineral pela Klabin. Na semana passada, ambientalistas, biólogos e um pesquisador da UEL coletaram amostras de água próximo às minas, em uma expedição até a área. Os resultados sobre a análise de metais pesados no Tibagi devem sair em breve.
 

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