From Indigenous Peoples in Brazil
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Antropólogo capta simbolismo das casas no Xingu
29/08/2008
Fonte: Terra Magazine - terramagazine.terra.com.br
A casa em uma aldeia no Parque Nacional do Xingu não é um espaço familiar. Integra-se até arquitetonicamente à vida ritual, o que diz muito sobre a cultura indígena do Brasil. Pela densidade informativa das formas de habitação xinguanas, o antropólogo Milton Guran organizou sua exposição fotográfica em torno do tema morada. "A Casa Xinguana" está em cartaz até 14 de setembro no Museu da Casa Brasileira, em São Paulo.
Centrado nas aldeias Kamayurá e Kuikuro, Guran fotografou entre julho e agosto de 1978 a população no Xingu. Segundo ele, era um momento em que esta começava a dialogar com a parte da cultura brasileira não-indígena.
Texto de Carlos Fausto, antropólogo do Museu Nacional (UFRJ), acompanha as fotos. Tanto as palavras quanto as imagens mostram a organização confluente das aldeias. Elas são estruturadas ao redor da casa do homens, templo que guarda as flautas sagradas, probido às mulheres da aldeia.
A construção de uma casa comum, segundo Fausto, toma meses de trabalho de uma família. Nos trabalhos mais pesados, porém, como transportar pilares e mourões, toda a comunidade ajuda e o futuro morador retribui com comida para todos.
Em analogia ao corpo humano, cada parte da casa recebe o nome de um membro. De acordo com o antropólogo, as varas que sustentam verticalmente a estrutura dividem as regiões chamadas "peito", "axila" e "lombar". As varas horizontais são as "costelas" e suas extremidades, os "dentes".
Se já pela arquitetura fica visível, as tradições não negam girar em torno dos cerimoniais religiosos a cultura xinguana. O coração das aldeias é a casa das flautas, que, como no corpo humano, não se localiza na área central. O templo mira o ocidente e tem à sua entrada a praça, onde se dão os rituais.
Também curador da exposição, Guran procura mostrar, com a ajuda das imagens, a grande diversidade que compõe as culturas dos cerca de 200 povos indígenas no Xingu. Segundo ele, trata-se de um "patrimônio maior do povo brasileiro".
Centrado nas aldeias Kamayurá e Kuikuro, Guran fotografou entre julho e agosto de 1978 a população no Xingu. Segundo ele, era um momento em que esta começava a dialogar com a parte da cultura brasileira não-indígena.
Texto de Carlos Fausto, antropólogo do Museu Nacional (UFRJ), acompanha as fotos. Tanto as palavras quanto as imagens mostram a organização confluente das aldeias. Elas são estruturadas ao redor da casa do homens, templo que guarda as flautas sagradas, probido às mulheres da aldeia.
A construção de uma casa comum, segundo Fausto, toma meses de trabalho de uma família. Nos trabalhos mais pesados, porém, como transportar pilares e mourões, toda a comunidade ajuda e o futuro morador retribui com comida para todos.
Em analogia ao corpo humano, cada parte da casa recebe o nome de um membro. De acordo com o antropólogo, as varas que sustentam verticalmente a estrutura dividem as regiões chamadas "peito", "axila" e "lombar". As varas horizontais são as "costelas" e suas extremidades, os "dentes".
Se já pela arquitetura fica visível, as tradições não negam girar em torno dos cerimoniais religiosos a cultura xinguana. O coração das aldeias é a casa das flautas, que, como no corpo humano, não se localiza na área central. O templo mira o ocidente e tem à sua entrada a praça, onde se dão os rituais.
Também curador da exposição, Guran procura mostrar, com a ajuda das imagens, a grande diversidade que compõe as culturas dos cerca de 200 povos indígenas no Xingu. Segundo ele, trata-se de um "patrimônio maior do povo brasileiro".
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