From Indigenous Peoples in Brazil
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News
Técnica do 'correntão' acelera desflorestamento no MA, informa Cimi
30/10/2008
Autor: Iberê Thenório
Fonte: Globo Amazônia - www.globoamazonia.com
Estado é o terceiro na lista dos que mais desmataram em setembro.
Grande parte da devastação ocorre em terras indígenas.
Dois tratores lado a lado, a 50 metros de distância, unidos por uma corrente grossa. Conforme avançam, arrastando a vegetação, a copa das árvores vai ao chão e as raízes brotam da terra. É dessa forma, segundo o coordenador regional do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) do Maranhão, Humberto Capucci, que muitas florestas da região vêm perdendo espaço para lavouras de cana, soja e eucalipto.
Dados do desmatamento na Amazônia divulgados pelo Insittuto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) indicam o Maranhão como o terceiro estado onde mais focos de devastação foram identificados em setembro. Grande parte da degradação florestal ocorreu em terras indígenas. Apenas na reserva de Bacurizinho foram 27,8 quilômetros quadrados, enquanto na Porquinhos a floresta perdeu 10,2 km².
De acordo com Capucci, a devastação na Porquinhos e seus arredores está relacionada à revisão da área indígena, que será aumentada. "Pequenos agricultores ocupavam parte dessa área [que se transformará em reserva]. Eles tinham roças pequenas, e não tinham um modo de vida diferente dos índios. Com a notícia de que a área da terra indígena seria revista, eles saíram e venderam suas terras para grandes agricultores, que estão devastando tudo com correntão", denuncia.
O coordenador do Cimi informa ainda que grande parte da madeira retirada de terras indígenas no Maranhão ocorre com a autorização dos índios. "Uma coisa que leva os índios a venderem madeira é a falta de assistência do Estado. É o madeireiro que arruma estrada, leva água, socorre um doente. É como o tráfico de drogas nas grandes cidades. Por isso, só ações repressivas não vão resolver", defende.
No Maranhão, segundo Capucci, praticamente não restam áreas de floresta nativa que não estejam dentro de parques ou reservas indígenas. Por isso, seria fácil chegar à conclusão de que quase toda a madeira produzida no estado tem origem ilegal. "Todo mundo sabe que a madeira sai das terras indígenas. Os caminhões carregados transitam durante o dia nas rodovias, sem placa, sem nada", informa.
Grande parte da devastação ocorre em terras indígenas.
Dois tratores lado a lado, a 50 metros de distância, unidos por uma corrente grossa. Conforme avançam, arrastando a vegetação, a copa das árvores vai ao chão e as raízes brotam da terra. É dessa forma, segundo o coordenador regional do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) do Maranhão, Humberto Capucci, que muitas florestas da região vêm perdendo espaço para lavouras de cana, soja e eucalipto.
Dados do desmatamento na Amazônia divulgados pelo Insittuto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) indicam o Maranhão como o terceiro estado onde mais focos de devastação foram identificados em setembro. Grande parte da degradação florestal ocorreu em terras indígenas. Apenas na reserva de Bacurizinho foram 27,8 quilômetros quadrados, enquanto na Porquinhos a floresta perdeu 10,2 km².
De acordo com Capucci, a devastação na Porquinhos e seus arredores está relacionada à revisão da área indígena, que será aumentada. "Pequenos agricultores ocupavam parte dessa área [que se transformará em reserva]. Eles tinham roças pequenas, e não tinham um modo de vida diferente dos índios. Com a notícia de que a área da terra indígena seria revista, eles saíram e venderam suas terras para grandes agricultores, que estão devastando tudo com correntão", denuncia.
O coordenador do Cimi informa ainda que grande parte da madeira retirada de terras indígenas no Maranhão ocorre com a autorização dos índios. "Uma coisa que leva os índios a venderem madeira é a falta de assistência do Estado. É o madeireiro que arruma estrada, leva água, socorre um doente. É como o tráfico de drogas nas grandes cidades. Por isso, só ações repressivas não vão resolver", defende.
No Maranhão, segundo Capucci, praticamente não restam áreas de floresta nativa que não estejam dentro de parques ou reservas indígenas. Por isso, seria fácil chegar à conclusão de que quase toda a madeira produzida no estado tem origem ilegal. "Todo mundo sabe que a madeira sai das terras indígenas. Os caminhões carregados transitam durante o dia nas rodovias, sem placa, sem nada", informa.
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