From Indigenous Peoples in Brazil
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News
Joenia Wapichana recebe homenagem em Salvador
31/10/2008
Fonte: Conselho Indígena de Roraima - www.cir.org.br
A advogada do Conselho Indígena de Roraima, Joenia Wapichana, recebeu no último dia 24 de outubro, o Premio Jaime Wright instituído pelo Conselho de Curadores da Fundação 2 de Julho, com o objetivo de criar um fórum de debates, envolvendo pessoas de todo o país comprometidas com a criação de uma sociedade fundamentada na solidariedade e paz.
A Fundação é a entidade mantenedora da Faculdade 2 de Julho, e sua credibilidade no campo da educação completa, em 2007, 80 anos, quando foi fundado o Colégio de mesmo nome.
O Prêmio é conferido a pessoa e entidade que mereçam destaque por terem contribuído significativamente para a sociedade brasileira na promoção e defesa de uma Cultura de Paz e de Direitos Humanos.
O Prêmio carrega o nome de Jaime Wright, ilustre pastor da Igreja Presbiteriana Unida que se notabilizou, no auge da ditadura militar, como co-promotor do grupo Clamor, na intransigente defesa dos direitos humanos. Ao lado do Cardeal D. Paulo Evaristo Arns, concebeu e coordenou o Projeto "Brasil: Nunca mais", que resultou em um dossiê que documentou e denunciou prisões, torturas e assassinatos no país. Dom Paulo se referia a ele como seu melhor amigo, e carinhosamente o tratava como "meu Bispo-Auxiliar", em função do profundo espírito ecumênico existente em ambos. O Rev. Wright também foi um dos fundadores da CESE - Coordenadoria Ecumênica de Serviço, parceira de primeira hora na realização do evento e com brilhantes serviços prestados na luta pela justiça social.
Os vencedores do Prêmio Jaime Wright de Promotores da Paz e dos Direitos Humanos de 2007 foram: na categoria "Personalidade", a homenageada foi Carlita da Costa, presidente do Sindicato dos Empregados Rurais de Cosmópolis (São Paulo), e na categoria "institucional" quem levou o prêmio foi a Fundação SOS Mata Atlântica, organização não governamental (ONG) que trabalha contra a devastação deste ecossistema. A cerimônia foi marcada também pela homenagem a Antônio Conceição Reis, ambientalista assassinado no bairro de Itapuã, em Salvador, na manhã do dia 10 de julho de 2007.
Este ano o tema central são os sessenta anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU. A Faculdade 2 de Julho, em consulta com o Movimento Nacional de Direitos Humanos - MNDH, com alguns militantes e da CESE e com a comissão organizadora da IV Conferência Jaime Wright de Promotores da Paz e Direitos Humanos, chegaram às indicações avaliadas como justas e oportunas, visando homenagear e dar visibilidade às lutas e testemunhos de quem se coloca na linha de frente na defesa, garantia e promoção dos Direitos Humanos no Brasil. O propósito foi dedicar o Prêmio Jaime Wright de Direitos Humanos a uma personalidade, a uma instituição, em âmbito nacional e a uma pessoa ou instituição local.
O prêmio personalidade foi dedicado a advogada indígena, do povo Wapichana, Joênia Wapichana (ganhou notabilidade internacional pela defesa da Terra Indígena Raposa Serra do Sol); o prêmio institucional será entregue ao Centro de Direitos Humanos de Sapopemba - Pablo Gonzáles Olalla / SP; e uma homenagem especial, como um prêmio à parte, para Diva Santana, do Grupo Tortura Nunca Mais, aqui de Salvador, por sua trajetória de vida e envolvimento na Campanha Memória e Verdade (que trata da anistia, processos de reparação e luta contra impunidade dos torturadores durante o regime militar).
"O processo de conquista dos direitos humanos, em nosso país, tem sido marcado pela atuação de lideranças oriundas de organizações da sociedade civil, movimentos populares e igrejas. Pondo em risco, muitas vezes, suas próprias vidas, essas mulheres e homens têm lutado para que a sociedade se torne mais justa e inclusiva. É imprescindível que o trabalho desses "promotores da paz" seja reconhecido, de modo a assegurar que se registrem algumas das mais nobres páginas da história brasileira. "
A Fundação é a entidade mantenedora da Faculdade 2 de Julho, e sua credibilidade no campo da educação completa, em 2007, 80 anos, quando foi fundado o Colégio de mesmo nome.
O Prêmio é conferido a pessoa e entidade que mereçam destaque por terem contribuído significativamente para a sociedade brasileira na promoção e defesa de uma Cultura de Paz e de Direitos Humanos.
O Prêmio carrega o nome de Jaime Wright, ilustre pastor da Igreja Presbiteriana Unida que se notabilizou, no auge da ditadura militar, como co-promotor do grupo Clamor, na intransigente defesa dos direitos humanos. Ao lado do Cardeal D. Paulo Evaristo Arns, concebeu e coordenou o Projeto "Brasil: Nunca mais", que resultou em um dossiê que documentou e denunciou prisões, torturas e assassinatos no país. Dom Paulo se referia a ele como seu melhor amigo, e carinhosamente o tratava como "meu Bispo-Auxiliar", em função do profundo espírito ecumênico existente em ambos. O Rev. Wright também foi um dos fundadores da CESE - Coordenadoria Ecumênica de Serviço, parceira de primeira hora na realização do evento e com brilhantes serviços prestados na luta pela justiça social.
Os vencedores do Prêmio Jaime Wright de Promotores da Paz e dos Direitos Humanos de 2007 foram: na categoria "Personalidade", a homenageada foi Carlita da Costa, presidente do Sindicato dos Empregados Rurais de Cosmópolis (São Paulo), e na categoria "institucional" quem levou o prêmio foi a Fundação SOS Mata Atlântica, organização não governamental (ONG) que trabalha contra a devastação deste ecossistema. A cerimônia foi marcada também pela homenagem a Antônio Conceição Reis, ambientalista assassinado no bairro de Itapuã, em Salvador, na manhã do dia 10 de julho de 2007.
Este ano o tema central são os sessenta anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU. A Faculdade 2 de Julho, em consulta com o Movimento Nacional de Direitos Humanos - MNDH, com alguns militantes e da CESE e com a comissão organizadora da IV Conferência Jaime Wright de Promotores da Paz e Direitos Humanos, chegaram às indicações avaliadas como justas e oportunas, visando homenagear e dar visibilidade às lutas e testemunhos de quem se coloca na linha de frente na defesa, garantia e promoção dos Direitos Humanos no Brasil. O propósito foi dedicar o Prêmio Jaime Wright de Direitos Humanos a uma personalidade, a uma instituição, em âmbito nacional e a uma pessoa ou instituição local.
O prêmio personalidade foi dedicado a advogada indígena, do povo Wapichana, Joênia Wapichana (ganhou notabilidade internacional pela defesa da Terra Indígena Raposa Serra do Sol); o prêmio institucional será entregue ao Centro de Direitos Humanos de Sapopemba - Pablo Gonzáles Olalla / SP; e uma homenagem especial, como um prêmio à parte, para Diva Santana, do Grupo Tortura Nunca Mais, aqui de Salvador, por sua trajetória de vida e envolvimento na Campanha Memória e Verdade (que trata da anistia, processos de reparação e luta contra impunidade dos torturadores durante o regime militar).
"O processo de conquista dos direitos humanos, em nosso país, tem sido marcado pela atuação de lideranças oriundas de organizações da sociedade civil, movimentos populares e igrejas. Pondo em risco, muitas vezes, suas próprias vidas, essas mulheres e homens têm lutado para que a sociedade se torne mais justa e inclusiva. É imprescindível que o trabalho desses "promotores da paz" seja reconhecido, de modo a assegurar que se registrem algumas das mais nobres páginas da história brasileira. "
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