From Indigenous Peoples in Brazil
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News

Área de reserva ambiental é rica em recursos naturais e já foi cenário de conflitos com morte de 29 garimpeiros em 2003

26/03/2009

Fonte: Diário da Amazônia - http://www.linearclipping.com.br/FUNAI/detalhe_noticia.asp?cd_sistema=45&codnot=675011



No início da semana lideranças indígenas das etnias Cinta Larga e Apurinã estiveram reunidas com procuradores do estado no Ministério Público em Cacoal. A reunião foi uma iniciativa dos índios, após a retirada de 150 garimpeiros da reserva indígena Roosevelt, ocorrida na semana passada, e a conseqüente desativação do garimpo. De acordo com o representante do Conselho Cinta Larga, Marcelo Cinta Larga, os indígenas não querem o garimpo no local: "Nós queremos negociar com o governo para deixar o garimpo fechado por tempo indeterminado", disse. Os procuradores se comprometeram a visitar a reserva no mês de maio, para avaliar a situação no local. O objetivo será a elaboração de relatório que será enviado ao governo federal, para buscar apoio aos indígenas.

Garimpo ilegal

A reserva indígena Roosevelt fica no município de Espigão do Oeste, a 160 km de Cacoal. Ali vivem mais de 460 indígenas da etnia Cinta Larga e Apurinã. Em 2001 começou a ser divulgada a informação de que no local havia uma enorme mina de diamantes, ainda não avaliada pelo governo federal, já que a entrada na reserva é proibida. Ali ocorreram vários episódios de violência, ocasionados pela busca do diamante. Em 2003, 29 garimpeiros foram mortos durante conflito com os indígenas. A garimpagem em terras indígenas é uma prática proibida por lei, por isso o garimpo já foi fechado em outras ocasiões, sendo reaberto posteriormente.

Exploração

Além de garimpeiros, os madeireiros e fazendeiros também tentam obter vantagens com a extração ilegal de madeira no local. De acordo com o cacique da tribo Apurinã, Luiz Carlos Apurinã, a situação dos índios que vivem no local é de insegurança: "Nós que somos indígenas sofremos com estas ameaças de madeireiros, garimpeiros e fazendeiros. E a gente ta buscando parceria com Ministério Público e FUNAI para nos ajudar", explicou o cacique.

Sustentabilidade

Numa tentativa de mudar esta realidade, a FUNAI de Cacoal tem apoiado iniciativas de produção sustentável na reserva. Ali já foram plantadas árvores de palmito de pupunha, que deverá ser beneficiado em breve, além de outras culturas. Segundo o diretor da FUNAI, Valmir de Jesus, é possível produzir no local de forma segura e garantindo o sustento dos índios que vivem no local: "Nós estamos viabilizando vários tipos de projetos, de produção de palmito, óleo de copaíba, farinha de mandioca, castanha, para garantir sustentabilidade dos indígenas", informou.
 

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