From Indigenous Peoples in Brazil
News
Caingangues pedem justiça e paz
16/01/2003
Autor: Agostinho Piovesan
Fonte: Correio do Povo-Porto Alegre-RS
Manifestação realizada ontem no município de Miraguaí reuniu 500 índios da reserva da Guarita
Filhos e netos de Leopoldo Crespo participaram do ato
Revolta e tristeza marcaram o ato público em favor da paz e da justiça e contra a violência realizado na manhã de ontem em Miraguaí por cerca de 500 índios da reserva da Guarita. Adultos, jovens e crianças de diversas aldeias, portando faixas e cartazes, percorreram silenciosamente 3 quilômetros entre a comunidade de Irapuá e o Centro da cidade. A caminhada começou às 9h30min e terminou na avenida Ijuí, na altura do número 1881, onde no último dia 6 foi morto a pontapés o índio Leopoldo Crespo.
Após um minuto de silêncio, os filhos de Leopoldo Crespo, Tereza e João, colocaram um buquê de flores no local onde o caingangue de 77 anos foi assassinado por três jovens. Em nome dos manifestantes, o professor Valdoir Ferreira disse que 'os índios querem mais respeito, pois também são seres humanos que procuram viver em paz e harmonia'. Apenas alguns brancos participaram da caminhada. A maioria preferiu acompanhar a manifestação dos estabelecimentos comerciais ou residências.
Depois deste manifesto, as lideranças indígenas reuniram a imprensa para protestar contra a decisão do governo federal de suspender a destinação de parte dos recursos utilizados no atendimento da saúde. Os líderes afirmam que a decisão afeta o trabalho dos veículos que fazem o transporte dos índios até as unidades de saúde. Além disso, existe um temor de que comece a faltar medicamentos na reserva.
O prefeito de Miraguaí, município da região Celeiro do Rio Grande do Sul, Alencar Lutz dos Santos, garantiu que brancos e índios vivem de forma pacífica na cidade e que o assassinato de Leopoldo Crespo foi um lamentável fato isolado. Lembrou que a Polícia, o Ministério Público e a Justiça já tomaram as providências cabíveis. Alencar cita como exemplo da inexistência de conflito a realização de casamentos entre brancos e índios e a participação harmoniosa em festas populares. Dois dos jovens apontados como autores do crime estão no Presídio de Três Passos. Um terceiro acusado, um menor, foi recolhido à unidade da Fase em Santo Ângelo.
Filhos e netos de Leopoldo Crespo participaram do ato
Revolta e tristeza marcaram o ato público em favor da paz e da justiça e contra a violência realizado na manhã de ontem em Miraguaí por cerca de 500 índios da reserva da Guarita. Adultos, jovens e crianças de diversas aldeias, portando faixas e cartazes, percorreram silenciosamente 3 quilômetros entre a comunidade de Irapuá e o Centro da cidade. A caminhada começou às 9h30min e terminou na avenida Ijuí, na altura do número 1881, onde no último dia 6 foi morto a pontapés o índio Leopoldo Crespo.
Após um minuto de silêncio, os filhos de Leopoldo Crespo, Tereza e João, colocaram um buquê de flores no local onde o caingangue de 77 anos foi assassinado por três jovens. Em nome dos manifestantes, o professor Valdoir Ferreira disse que 'os índios querem mais respeito, pois também são seres humanos que procuram viver em paz e harmonia'. Apenas alguns brancos participaram da caminhada. A maioria preferiu acompanhar a manifestação dos estabelecimentos comerciais ou residências.
Depois deste manifesto, as lideranças indígenas reuniram a imprensa para protestar contra a decisão do governo federal de suspender a destinação de parte dos recursos utilizados no atendimento da saúde. Os líderes afirmam que a decisão afeta o trabalho dos veículos que fazem o transporte dos índios até as unidades de saúde. Além disso, existe um temor de que comece a faltar medicamentos na reserva.
O prefeito de Miraguaí, município da região Celeiro do Rio Grande do Sul, Alencar Lutz dos Santos, garantiu que brancos e índios vivem de forma pacífica na cidade e que o assassinato de Leopoldo Crespo foi um lamentável fato isolado. Lembrou que a Polícia, o Ministério Público e a Justiça já tomaram as providências cabíveis. Alencar cita como exemplo da inexistência de conflito a realização de casamentos entre brancos e índios e a participação harmoniosa em festas populares. Dois dos jovens apontados como autores do crime estão no Presídio de Três Passos. Um terceiro acusado, um menor, foi recolhido à unidade da Fase em Santo Ângelo.
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