From Indigenous Peoples in Brazil
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News

Técnicos do Dsei debatem Protagonismo Juvenil Indígena em SC

02/07/2009

Fonte: Home Page da Funasa - http://www.funasa.gov.br/



Os técnicos do Dsei (Distrito Sanitário Especial Indígena) Interior Sul da Coordenação Regional de Santa Catarina (Core/SC) reuniram-se, no dia 9 de junho, para discutir o Projeto de Protagonismo Juvenil Indígena na aldeia Sede do município de Ipuaçu, Pólo Base de Chapecó, com professores e técnicos da Equipe Multidisciplinar de Saúde Indígena (EMSI). A reunião contou com a presença de 27 professores indígenas, sete técnicos de saúde da EMSI sob a coordenação da médica Maria Conceição Oliveira, com a colaboração da farmacêutica Patrícia de Souza, da enfermeira Olivete Machado e da enfermeira Dânica Almeida. O Projeto, que está em fase de desenvolvimento pretende capacitar jovens do ensino fundamental e médio, professores de escolas as aldeias e lideranças indígenas para atuarem como promotores da saúde através da prevenção ao uso de risco de álcool e outras drogas.

A idéia principal do Projeto de Protagonismo Juvenil é que os adolescentes indígenas participem ativamente das etapas de criação de estratégias e propostas para o enfrentamento do uso de risco de álcool e outras drogas, propondo as melhores maneiras de abordar o tema e trabalhando junto com a Funasa e as escolas das aldeias. A outra idéia do projeto é a criação de uma rede de saúde, que dará total suporte à ação. Nas oficinas, os jovens e as EMSI discutirão as noções de corporalidade, prevenção de DST/AIDS e seus riscos e os danos oriundos do uso de álcool e drogas. "Pensamos no álcool como um tema transversal, pois em todas as áreas da saúde ele está envolvido - na questão de violência urbana, doméstica, trânsito e DSTs, entre outros problemas", explica Maria Conceição.

A ação nasceu a partir de uma iniciativa das enfermeiras Olivete Machado e Dânica Almeida, do Polo-Base de Chapecó, ao capacitarem, em parceria com o Centro Psicossocial de Chapecó, 16 jovens indígenas das aldeias Chimbangue e Kondá, em novembro de 2008. "A necessidade desta nossa ação apareceu após um professor me procurar e percebendo que os alunos apresentavam um comportamento diferente, com suspeita de uso de drogas", relata Olivete. A partir desse trabalho de capacitação, Maria Conceição e a psicopedagoga Márcia Gil Barddal propuseram a expansão dessa idéia para as demais aldeias e Polos-Base. Segundo os coordenadores do projeto, ele é um caminho encontrado pela equipe técnica para a implantação da atenção básica em saúde mental nas aldeias. O trabalho foi inscrito no Congresso Brasileiro de Saúde Pública que será realizado em Recife, no mês de outubro.

O relato dessa experiência ocorreu na Roda de Conversa \"Saúde Mental na Atenção aos Povos Indígenas - A busca da construção de estratégias de intervenção no uso de risco de álcool\", no I Congresso Brasileiro de Saúde Mental em dezembro de 2008, em Florianópolis, coordenada por Maria Conceição e Márcia. O Dsei Interior Sul foi incluído entre os distritos prioritários para a implantação da saúde mental. A partir daí a coordenação do Projeto Vigisus incluiu o Dsei Interior Sul nessa etapa de implantação a nível nacional e foi elaborado o Plano de Atenção Básica em saúde mental de Santa Catarina. Desse modo, o Projeto de Protagonismo Juvenil se inscreve e é um dos eixos centrais desse plano.

A equipe idealizadora do projeto espera que o Protagonismo Juvenil Indígena atue diretamente no universo das populações das comunidades indígenas, além de implantar a atenção básica na saúde mental nos quatro Polos-Base da Funasa de Santa Catarina, formando uma rede de saúde com ampla participação indígena. "Tornar o jovem indígena protagonista da discussão e reflexão com seus pares, acerca dos temas que preenchem o seu universo, estabelece uma relação de identificação que acreditamos facilitadora para o processo de conscientização em relação ao uso de drogas, bem como dos cuidados com a saúde", complementa Márcia. "Nós temos a expectativa de vermos os resultados para mais ou menos daqui a cinco anos - médio prazo. O objetivo em curto prazo é o de construir uma consciência entre os indígenas em relação aos perigos do uso do álcool e de outras drogas", afirma Maria Conceição.
 

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