From Indigenous Peoples in Brazil
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News

Índios querem discutir saúde nas aldeias do Norte

24/09/2009

Autor: Fábio Luporini

Fonte: Jornal de Londrina - http://migre.me/7XP2




Indígenas continuam acampados na sede da Funasa em Londrina e devem encaminhar documento à Brasília reivindicando melhores condições de saúde

Os caciques de cinco reservas indígenas no Norte do Paraná devem se reunir entre a noite desta quinta-feira (24) e a manhã desta sexta-feira (25) para discutir a saúde nas aldeias. De acordo com o cacique da Reserva Barão de Antonina, em São Jerônimo da Serra, problemas como ausência de transporte para serviços de saúde e falta de remédios são comuns a todas as aldeias.

Os indígenas estão acampados na sede da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) em Londrina desde a manhã de quarta-feira (23) em protesto contra condições precárias de saúde. Segundo eles, o carro que faz esse serviço está quebrado há dois meses. A reserva fica distante 30 quilômetros de São Jerônimo da Serra. Além disso, segundo o cacique, há pelo menos quatro mulheres grávidas na aldeia, que podem precisar do serviço a qualquer momento.

"Por enquanto tem uns 40 índios, mas estão chegando mais. Vamos esperar os caciques de cinco reservas chegarem para reunir e discutir os problemas de saúde", afirmou o cacique Alexandre de Almeida, da Reserva Barão de Antonina. De acordo com ele, o grupo pretende tomar providência, como encaminhar um documento à sede da Funasa em Brasília.

"Nós conversamos com outros caciques e eles disseram que os problemas de saúde são os mesmos", disse Almeida. O coordenador regional da Funasa, Rômulo Cruz, rebateu as reclamações. "Assinamos um compromisso com eles para solucionar essas reivindicações, principalmente do carro, que estava com eles desde as 12h da quarta, mas não adiantou. O problema do veículo ocorre porque o cacique quer um carro para ele e eu não posso ceder a esse tipo de chantagem", disse.

Cruz afirmou que, mesmo com a ocupação, as medidas necessárias para resolver o problema da caminhonete estão sendo tomadas. O coordenador regional da Funasa explicou que o veículo está na oficina para a realização de orçamento. "É a terceira vez que ela quebrou em menos de 45 dias. Tenho na minha mesa notas fiscais de conserto desse veículo no valor de R$ 20 mil. Por isso, estamos tentando até substituir definitivamente esse carro. Enquanto não podemos fazer essa troca, a partir de segunda-feira (28) os índios terão outro veículo a disposição."

O cacique afirmou que, apesar da promessa de outro veículo, as reivindicações devem continuar. "O Rômulo disse que tem um carro de Palmital para mandar para nós e prometeu que ficaria pronto até terça-feira (29). Mas a comunidade se manifestou agora e vamos fazer algo para a saúde", ressaltou Almeida. Entretanto, em relação à reclamação de falta de medicamentos, Cruz foi enfático ao afirmar que não procede.

Segundo ele, a enfermeira da aldeia informou que há remédios à disposição dos índios. "O problema seria no convênio com uma farmácia, na qual os índios podem pegar medicamentos que estão fora da lista básica da Funasa, que tem um teto de R$ 750 mensais e que foi ultrapassado na quarta-feira. Ao analisarmos os medicamentos que eles estavam comprando no estabelecimento notamos que a maioria era de anticoncepcionais, remédio fornecido pelo governo", afirmou.

Reintegração de Posse

A Coordenadoria Regional da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) no Paraná entrou na Procuradoria Federal, na noite da quarta-feira (23), com pedido de reintegração de posse da sede do órgão em Londrina.
 

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