From Indigenous Peoples in Brazil
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Noticias
Internet banda larga chega a aldeia da Amazônia
02/10/2009
Fonte: Agência Amazônia de Notícias - http://migre.me/8snX
Indígenas Karitiana sabem que poderão disputar o mercado de trabalho
AGÊNCIA AMAZÔNIA (*)
contato@agenciaamazonia.com.br Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.
ALDEIA KIWOÃ, RO - Ao receberem uma antena parabólica de acesso à internet pela banda larga, indígenas Karitiana cantaram o Hino Nacional Brasileiro, falaram e ouviram boas notícias. Na solenidade de formatura da primeira turma de inclusão digital, um projeto do Tribunal de Justiça de Rondônia, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizado Industrial (Senai), a psicóloga do Instituto Euvaldo Lodi, Daniele Mejia Cavalcante lembrou-lhes que a Caixa Econômica Federal abriu trezentas vagas de estágio. "Os indígenas de Rondônia que tiverem mais de 16 anos e estejam estudando, podem ser contratados para o estágio remunerado", anunciou.
Quarta e quinta-feira foram dias festivos para os 312 indígenas da Aldeia Kiwoã, do Povo Karitiana, a cerca de cem quilômetros de Porto Velho. Merecidamente, pois vem sofrendo duros golpes há pelo menos três décadas, um dos quais, a venda do seu próprio sangue pela internet, conforme denunciou a Agência Amazônia, com repercussão mundial. "The New York Times" visitou a aldeia e chamou a reportagem na primeira página. Em agosto morreu o cacique Antônio Garcia e os Karitiana perderam a sua mais forte memória.
Ligados no mundo
Na quarta, eles receberam do gerente do Centro Técnico Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) em Rondônia, José Neumar Morais Silveira, a antena VSAT (sigla em inglês para Very Small Aperture Terminal), instalada pelo TJ e Senai. O TJ ofereceu o curso de informática e doou computadores para a escola municipal da aldeia. É a primeira terra indígena do estado a receber uma VSAT equipada com sistema de banda larga IP Advantage, que permite um melhor acesso à rede mundial de computadores, com dois megabytes de velocidade compartilhada.
Além de funcionar 24 horas por dia, sem interferência de fatores climáticos, a antena também permite ligações telefônicas gratuitas para os demais terminais do mesmo tipo (cerca de 700 instalados em toda a Amazônia Legal) e para linhas convencionais através do direcionamento feito no Sipam em Porto Velho. "Nossos parentes índios têm direito a conhecer as tecnologias para se integrar à sociedade em condições de igualdade", disse José Neumar da Silveira.
O cacique José Maria Karitiana, o "Poopa", entusiasmou-se com o benefício tecnológico: "Nossa cultura nunca acaba. Essa ajuda faz crescer muito a aldeia, que precisa estudar para ter os mesmos direitos dos brancos".
Prestígio
Na solenidade desta quinta-feira, 13 indígenas receberam das mãos de autoridades do TJ, Sipam, Senai, Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Superintendência da Caixa Econômica Federal os seus certificados certificados de conclusão do curso. "Sem essa parceria não seria possível a nossa inclusão digital", disse Inácio Karitiana, diretor da escola.
O acesso à internet também será útil para ações dos agentes da Funai e da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), que mantêm casas de apoio na aldeia. Atualmente, o Centro Regional do Sipam em Porto Velho é responsável por 108 antenas, que são muitas vezes a única forma de comunicação em áreas isoladas como terras indígenas, postos de fronteira e unidades de conservação.
Karitianas estão prontos para um novo ciclo
ALDEIA KIWOÃ, RO - Um novo ciclo de vida começa para os Karitiana. Além da entrega de certificados de conclusão do curso, o TJ inaugurou um laboratório de informática, em parceria com o Sipam. A presidente do TJ, desembargadora Zelite Andrade Carneiro; o secretário administrativo do Tribunal, Leonardo Donato; os instrutores do curso, Pedro Wilson e Max Araújo, servidores do TJ; representantes do Senai, Adir Josefa, Elsa Ronsoni e Maria Batista; o gerente do Sipam, José Neumar da Silveira; e o gerente da Caixa Econômica Federal, Wilson Alves, prestigiaram o ato.
Segundo a desembargadora, a iniciativa do Poder Judiciário de Rondônia sensibilizou muitos parceiros e resultou em oportunidades, não apenas para os Karitiana, como também para outras etnias do estado. "Não tem como voltar atrás. O Judiciário não poderia adiar o seu compromisso com a responsabilidade social, oferecendo aos índios acesso ao mundo globalizado e ao mercado de trabalho. Desde já agradecemos aos nossos parceiros. Esperamos que a iniciativa do TJ possa ampliar ainda mais o leque de novas idéias e multiplicar ações dessa natureza", comemorou.
Uma história para o mundo conhecer
Os índios cantaram o hino nacional em português, fizeram exposição de artesanato e serviram pratos típicos da sua culinária indígena, entre os quais, mandioca e xixa (bebida fermentada à base de milho). A euforia pela conquista apareceu no semblante de cada um. "A aldeia está feliz com a formatura e o funcionamento do laboratório de informática. Já definimos os horários de funcionamento e agora vamos organizar nossa história e divulgá-la para o mundo".
Samuel Karitiana, um capacitados pelo projeto, apontou para a placa na entrada do laboratório, identificando a chegada dos computadores. "Estou emocionado e quero postar vídeos da minha aldeia no youtube", afirmou.
"É muito bom ver que uma autoridade cumpre o que prometeu para minha comunidade. Muitos prometem e nunca mais voltam aqui. A Justiça tem contribuído com o meu povo", salientou o presidente da Associação de Pais e Presidentes da aldeia, Rogério Karitiana.
Em abril deste ano, o TJ doou computadores para aldeia. No mês de maio, ofereceu dois professores e material didático para o início das aulas no laboratório de informática cedido pelo Senai. Em julho, o TJ buscou outras parcerias para fazer funcionar o laboratório. Foi o caso da Energia Sustentável e da empresa Casablanca Cerimonial. Juntas, elas patrocinaram a noite de autógrafo do livro "Dançando na Luz", de autoria da desembargadora Zelite Carneiro, que teve a renda revertida para o Povo Karitiana.
(*) Com informações de Lú Braga (Assessoria de Imprensa do TJ Rondônia) e Vanessa Ibrahim (Assessoria de Imprensa do Centro Técnico Operacional do Sipam-RO).
AGÊNCIA AMAZÔNIA (*)
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ALDEIA KIWOÃ, RO - Ao receberem uma antena parabólica de acesso à internet pela banda larga, indígenas Karitiana cantaram o Hino Nacional Brasileiro, falaram e ouviram boas notícias. Na solenidade de formatura da primeira turma de inclusão digital, um projeto do Tribunal de Justiça de Rondônia, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizado Industrial (Senai), a psicóloga do Instituto Euvaldo Lodi, Daniele Mejia Cavalcante lembrou-lhes que a Caixa Econômica Federal abriu trezentas vagas de estágio. "Os indígenas de Rondônia que tiverem mais de 16 anos e estejam estudando, podem ser contratados para o estágio remunerado", anunciou.
Quarta e quinta-feira foram dias festivos para os 312 indígenas da Aldeia Kiwoã, do Povo Karitiana, a cerca de cem quilômetros de Porto Velho. Merecidamente, pois vem sofrendo duros golpes há pelo menos três décadas, um dos quais, a venda do seu próprio sangue pela internet, conforme denunciou a Agência Amazônia, com repercussão mundial. "The New York Times" visitou a aldeia e chamou a reportagem na primeira página. Em agosto morreu o cacique Antônio Garcia e os Karitiana perderam a sua mais forte memória.
Ligados no mundo
Na quarta, eles receberam do gerente do Centro Técnico Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) em Rondônia, José Neumar Morais Silveira, a antena VSAT (sigla em inglês para Very Small Aperture Terminal), instalada pelo TJ e Senai. O TJ ofereceu o curso de informática e doou computadores para a escola municipal da aldeia. É a primeira terra indígena do estado a receber uma VSAT equipada com sistema de banda larga IP Advantage, que permite um melhor acesso à rede mundial de computadores, com dois megabytes de velocidade compartilhada.
Além de funcionar 24 horas por dia, sem interferência de fatores climáticos, a antena também permite ligações telefônicas gratuitas para os demais terminais do mesmo tipo (cerca de 700 instalados em toda a Amazônia Legal) e para linhas convencionais através do direcionamento feito no Sipam em Porto Velho. "Nossos parentes índios têm direito a conhecer as tecnologias para se integrar à sociedade em condições de igualdade", disse José Neumar da Silveira.
O cacique José Maria Karitiana, o "Poopa", entusiasmou-se com o benefício tecnológico: "Nossa cultura nunca acaba. Essa ajuda faz crescer muito a aldeia, que precisa estudar para ter os mesmos direitos dos brancos".
Prestígio
Na solenidade desta quinta-feira, 13 indígenas receberam das mãos de autoridades do TJ, Sipam, Senai, Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Superintendência da Caixa Econômica Federal os seus certificados certificados de conclusão do curso. "Sem essa parceria não seria possível a nossa inclusão digital", disse Inácio Karitiana, diretor da escola.
O acesso à internet também será útil para ações dos agentes da Funai e da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), que mantêm casas de apoio na aldeia. Atualmente, o Centro Regional do Sipam em Porto Velho é responsável por 108 antenas, que são muitas vezes a única forma de comunicação em áreas isoladas como terras indígenas, postos de fronteira e unidades de conservação.
Karitianas estão prontos para um novo ciclo
ALDEIA KIWOÃ, RO - Um novo ciclo de vida começa para os Karitiana. Além da entrega de certificados de conclusão do curso, o TJ inaugurou um laboratório de informática, em parceria com o Sipam. A presidente do TJ, desembargadora Zelite Andrade Carneiro; o secretário administrativo do Tribunal, Leonardo Donato; os instrutores do curso, Pedro Wilson e Max Araújo, servidores do TJ; representantes do Senai, Adir Josefa, Elsa Ronsoni e Maria Batista; o gerente do Sipam, José Neumar da Silveira; e o gerente da Caixa Econômica Federal, Wilson Alves, prestigiaram o ato.
Segundo a desembargadora, a iniciativa do Poder Judiciário de Rondônia sensibilizou muitos parceiros e resultou em oportunidades, não apenas para os Karitiana, como também para outras etnias do estado. "Não tem como voltar atrás. O Judiciário não poderia adiar o seu compromisso com a responsabilidade social, oferecendo aos índios acesso ao mundo globalizado e ao mercado de trabalho. Desde já agradecemos aos nossos parceiros. Esperamos que a iniciativa do TJ possa ampliar ainda mais o leque de novas idéias e multiplicar ações dessa natureza", comemorou.
Uma história para o mundo conhecer
Os índios cantaram o hino nacional em português, fizeram exposição de artesanato e serviram pratos típicos da sua culinária indígena, entre os quais, mandioca e xixa (bebida fermentada à base de milho). A euforia pela conquista apareceu no semblante de cada um. "A aldeia está feliz com a formatura e o funcionamento do laboratório de informática. Já definimos os horários de funcionamento e agora vamos organizar nossa história e divulgá-la para o mundo".
Samuel Karitiana, um capacitados pelo projeto, apontou para a placa na entrada do laboratório, identificando a chegada dos computadores. "Estou emocionado e quero postar vídeos da minha aldeia no youtube", afirmou.
"É muito bom ver que uma autoridade cumpre o que prometeu para minha comunidade. Muitos prometem e nunca mais voltam aqui. A Justiça tem contribuído com o meu povo", salientou o presidente da Associação de Pais e Presidentes da aldeia, Rogério Karitiana.
Em abril deste ano, o TJ doou computadores para aldeia. No mês de maio, ofereceu dois professores e material didático para o início das aulas no laboratório de informática cedido pelo Senai. Em julho, o TJ buscou outras parcerias para fazer funcionar o laboratório. Foi o caso da Energia Sustentável e da empresa Casablanca Cerimonial. Juntas, elas patrocinaram a noite de autógrafo do livro "Dançando na Luz", de autoria da desembargadora Zelite Carneiro, que teve a renda revertida para o Povo Karitiana.
(*) Com informações de Lú Braga (Assessoria de Imprensa do TJ Rondônia) e Vanessa Ibrahim (Assessoria de Imprensa do Centro Técnico Operacional do Sipam-RO).
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