From Indigenous Peoples in Brazil
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News
Mozarildo diz que estudos de viabilidade técnica já existem
08/01/2010
Autor: ÉLISSAN PAULA RODRIGUES
Fonte: Folha de Boa Vista - http://www.folhabv.com.br/fbv/noticia.php?id=77804
Os estudos de viabilidade para a construção da hidrelétrica de Cotingo, na região de Uiramutã, já existem e precisariam apenas de uma atualização técnica para se adequar à atual realidade do Estado. A informação foi confirmada à Folha pelo senador Mozarildo Cavalcanti (PTB), que disse não ter entendido o anúncio feito pelo também senador Romero Jucá (PMDB) de que o ministro de Minas e Energias, Edison Lobão, assinará no final do mês um convênio entre a Eletrobrás (Centras Elétricas Brasileiras) e a CERR (Companhia Energética de Roraima) no valor de R$ 239 milhões para a interiorização de energia e o financiamento dos estudos técnicos para a construção da usina.
"É vital para que Roraima não tenha que depender mais da Venezuela. Não sou engenheiro, mas não creio que seja necessário milhões para que o estudo que já existe e que foi feito na época em que Ottomar Pinto foi governador seja atualizado. A vazão do rio continua a mesma, assim como a configuração geográfica das serras da região e da cachoeira do Tamanduá não mudou. Então o que pode existir é uma modernização com relação à parte de equipamentos", argumentou.
Conforme o senador, um projeto de sua autoria que autoriza o aproveitamento dos recursos hídricos, incluindo o potencial energético da cachoeira do Tamanduá, no rio Cotingo, aprovado em 2005 pelo Senado, está parado há quatro anos na Câmara Federal. "Com muita antecedência, poderíamos ter tido uma solução definitiva para essa questão que estamos vivendo agora, com a possibilidade de racionamento anunciada pelo presidente venezuelano Hugo Chávez. Mesmo antes disso poderia ter havido um problema técnico ou político no país vizinho", analisou.
Ele criticou o governo federal e disse não haver interesse por parte da União em apoiar a iniciativa. "Meche com uma questão ideológica relacionada a áreas indígenas e reservas ambientais. Mas as comunidades da região seriam beneficiadas com o pagamento de royalties que seriam negociados por meio de acordo. A Eletronorte, por exemplo, paga um percentual para os indígenas da região da reserva São Marcos, por onde passa o Linhão de Guri. Esse recurso pode ser utilizado em benefício do desenvolvimento étnico, social e econômico das comunidades indígenas", ponderou.
Mozarildo reforçou a informação de que o estudo sobre impacto ambiental foi feito anos atrás e que precisa apenas de adequações. "O anúncio agora se trata apenas de uma jogada política com vistas a garantir a reeleição do líder do governo no Senado, Romero Jucá. Em 2005, estive acompanhado do então governador Ottomar Pinto, do senador Augusto Botelho e com alguns deputados, em uma audiência com a ministra de Minas e Energias da época, Dilma Rousseff, que garantiu inclusive que construiria a usina. Naquela oportunidade ela mandou chamar o presidente da Eletronorte e resgatar os projetos que estariam parados na Câmara", frisou.
OUTRO LADO - Procurado pela Folha para comentar as declarações de Mozarildo Cavalcanti, o senador Romero Jucá não foi encontrado. A equipe de reportagem recebeu a informação de que ele estaria em viagem para fora do país. Seu celular estava fora da área de serviço, e não foi possível manter contato com sua assessoria de comunicação.
"É vital para que Roraima não tenha que depender mais da Venezuela. Não sou engenheiro, mas não creio que seja necessário milhões para que o estudo que já existe e que foi feito na época em que Ottomar Pinto foi governador seja atualizado. A vazão do rio continua a mesma, assim como a configuração geográfica das serras da região e da cachoeira do Tamanduá não mudou. Então o que pode existir é uma modernização com relação à parte de equipamentos", argumentou.
Conforme o senador, um projeto de sua autoria que autoriza o aproveitamento dos recursos hídricos, incluindo o potencial energético da cachoeira do Tamanduá, no rio Cotingo, aprovado em 2005 pelo Senado, está parado há quatro anos na Câmara Federal. "Com muita antecedência, poderíamos ter tido uma solução definitiva para essa questão que estamos vivendo agora, com a possibilidade de racionamento anunciada pelo presidente venezuelano Hugo Chávez. Mesmo antes disso poderia ter havido um problema técnico ou político no país vizinho", analisou.
Ele criticou o governo federal e disse não haver interesse por parte da União em apoiar a iniciativa. "Meche com uma questão ideológica relacionada a áreas indígenas e reservas ambientais. Mas as comunidades da região seriam beneficiadas com o pagamento de royalties que seriam negociados por meio de acordo. A Eletronorte, por exemplo, paga um percentual para os indígenas da região da reserva São Marcos, por onde passa o Linhão de Guri. Esse recurso pode ser utilizado em benefício do desenvolvimento étnico, social e econômico das comunidades indígenas", ponderou.
Mozarildo reforçou a informação de que o estudo sobre impacto ambiental foi feito anos atrás e que precisa apenas de adequações. "O anúncio agora se trata apenas de uma jogada política com vistas a garantir a reeleição do líder do governo no Senado, Romero Jucá. Em 2005, estive acompanhado do então governador Ottomar Pinto, do senador Augusto Botelho e com alguns deputados, em uma audiência com a ministra de Minas e Energias da época, Dilma Rousseff, que garantiu inclusive que construiria a usina. Naquela oportunidade ela mandou chamar o presidente da Eletronorte e resgatar os projetos que estariam parados na Câmara", frisou.
OUTRO LADO - Procurado pela Folha para comentar as declarações de Mozarildo Cavalcanti, o senador Romero Jucá não foi encontrado. A equipe de reportagem recebeu a informação de que ele estaria em viagem para fora do país. Seu celular estava fora da área de serviço, e não foi possível manter contato com sua assessoria de comunicação.
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