From Indigenous Peoples in Brazil
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News
ONU faz alerta para suicídio de caiuás
15/01/2010
Fonte: OESP, Nacional, p. A8
ONU faz alerta para suicídio de caiuás
Wilson Tosta
Relatório sobre as condições de vida dos povos indígenas divulgado ontem pela Organização das Nações Unidas (ONU) aponta os caiuás, de Mato Grosso do Sul, entre as comunidades nativas que nos últimos anos mais registraram suicídios em massa de jovens índios no planeta. O trabalho Situação dos Povos Indígenas do Mundo relaciona a ocorrência de mortes autoinfligidas à luta dos cerca de 30 mil integrantes da comunidade contra fazendeiros e diz que "centenas" de índios já se mataram em 20 anos. O trabalho cita dados do Ministério da Saúde de 2000 a 2005, segundo os quais a taxa de caiuás que se suicidaram foi 19 vezes mais alta do que a média nacional, afetando desproporcionalmente adolescentes e jovens adultos.
"Isso acontece porque o lugar onde eles (os caiuás) vivem se transformou em anexo de uma cidade em franco desenvolvimento", disse o ativista indígena Marcos Terena, membro da Cátedra Indígena Itinerante e articulador do Comitê Intertribal Memória e Ciência Indígena. "Os caiuás vivem uma situação que se tornou banal, todo dia tem índio "matado" ou que se suicidou."
O ativista participou no Rio do lançamento mundial simultâneo do texto de 238 páginas, preparado por peritos do Fórum Permanente sobre Assuntos Indígenas da ONU, que revela ainda altas taxas de suicídio indígena nos EUA e no Canadá.
OESP, 15/01/2010, Nacional, p. A8
Wilson Tosta
Relatório sobre as condições de vida dos povos indígenas divulgado ontem pela Organização das Nações Unidas (ONU) aponta os caiuás, de Mato Grosso do Sul, entre as comunidades nativas que nos últimos anos mais registraram suicídios em massa de jovens índios no planeta. O trabalho Situação dos Povos Indígenas do Mundo relaciona a ocorrência de mortes autoinfligidas à luta dos cerca de 30 mil integrantes da comunidade contra fazendeiros e diz que "centenas" de índios já se mataram em 20 anos. O trabalho cita dados do Ministério da Saúde de 2000 a 2005, segundo os quais a taxa de caiuás que se suicidaram foi 19 vezes mais alta do que a média nacional, afetando desproporcionalmente adolescentes e jovens adultos.
"Isso acontece porque o lugar onde eles (os caiuás) vivem se transformou em anexo de uma cidade em franco desenvolvimento", disse o ativista indígena Marcos Terena, membro da Cátedra Indígena Itinerante e articulador do Comitê Intertribal Memória e Ciência Indígena. "Os caiuás vivem uma situação que se tornou banal, todo dia tem índio "matado" ou que se suicidou."
O ativista participou no Rio do lançamento mundial simultâneo do texto de 238 páginas, preparado por peritos do Fórum Permanente sobre Assuntos Indígenas da ONU, que revela ainda altas taxas de suicídio indígena nos EUA e no Canadá.
OESP, 15/01/2010, Nacional, p. A8
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