From Indigenous Peoples in Brazil
The printable version is no longer supported and may have rendering errors. Please update your browser bookmarks and please use the default browser print function instead.
News
Colono só deixa terra com pagamento
20/05/2003
Autor: DARCI DEBONA
Fonte: Diário Catarinense-Florianópolis-SC
Agricultor quer indenização pela área indígena e reclama do valor da Funai para as benfeitorias
A desapropriação de 975 hectares da comunidade de Sede Trentin, em Chapecó, já foi aprovada pelo Ministério da Justiça para ampliação da reserva Kaingang de Toldo Chimbangue, que possui 988 hectares. O cacique Idalino Fernandes espera que as indenizações comecem em 30 dias.
O problema é que parte das 75 famílias atingidas está descontente com os valores propostos pela Fundação Nacional do Índio (Funai) para as benfeitorias. Além disso, os agricultores querem a indenização das terras, que constitucionalmente não são pagas pela União no caso de área indígena. O presidente da comissão dos agricultores de Sede Trentin (Chapecó), Ademir Baggio, disse que os valores propostos pela Funai são 30% inferiores aos considerados justos pelos proprietários. Ele afirmou que os agricultores se propõe a sair somente com o pagamento das terras e das benfeitorias.
Outro morador da comunidade, Valdair Bertolini, disse que sua propriedade com 14 hectares de terra, aviário, casa de alvenaria de dois pisos, chiqueiro, galpões e uma área de camping foi avaliada em apenas R$ 140 mil pela Funai, enquanto seus advogados calcularam R$ 560 mil. Com o valor proposto pela Funai, Bertolini disse que consegue comprar somente a terra, avaliada entre R$ 10 e R$ 12 mil por hectare.
Ele afirmou que apesar da depreciação da infra-estrutura, para construir um aviário novo precisa de R$ 80 mil. Valdair disse que seu pai comprou as terras há 60 anos. Valdair, de 41 anos, nasceu na comunidade, casou com Geni Scapini e tem dois filhos, Fabrício e Andressa, com oito e três anos, respectivamente.
Proprietário vai recorrer à Justiça
O agricultor afirmou que pretende ingressar na Justiça para garantir direitos, inclusive o lucro cessante do camping, avaliado em R$ 260 mil por um período de 10 anos. O Sindicato Rural de Chapecó está representando cerca de 40 famílias e já contratou advogado. O presidente, Amadeu Kovaleski, disse que os agricultores não são grileiros e compraram as áreas de boa-fé. Ele afirmou que não adianta resolver a questão dos índios e criar um novo problema social com os agricultores. "Com os valores propostos pela Funai as famílias desapropriadas vão parar na favela", alertou Kovaleski.
A desapropriação de 975 hectares da comunidade de Sede Trentin, em Chapecó, já foi aprovada pelo Ministério da Justiça para ampliação da reserva Kaingang de Toldo Chimbangue, que possui 988 hectares. O cacique Idalino Fernandes espera que as indenizações comecem em 30 dias.
O problema é que parte das 75 famílias atingidas está descontente com os valores propostos pela Fundação Nacional do Índio (Funai) para as benfeitorias. Além disso, os agricultores querem a indenização das terras, que constitucionalmente não são pagas pela União no caso de área indígena. O presidente da comissão dos agricultores de Sede Trentin (Chapecó), Ademir Baggio, disse que os valores propostos pela Funai são 30% inferiores aos considerados justos pelos proprietários. Ele afirmou que os agricultores se propõe a sair somente com o pagamento das terras e das benfeitorias.
Outro morador da comunidade, Valdair Bertolini, disse que sua propriedade com 14 hectares de terra, aviário, casa de alvenaria de dois pisos, chiqueiro, galpões e uma área de camping foi avaliada em apenas R$ 140 mil pela Funai, enquanto seus advogados calcularam R$ 560 mil. Com o valor proposto pela Funai, Bertolini disse que consegue comprar somente a terra, avaliada entre R$ 10 e R$ 12 mil por hectare.
Ele afirmou que apesar da depreciação da infra-estrutura, para construir um aviário novo precisa de R$ 80 mil. Valdair disse que seu pai comprou as terras há 60 anos. Valdair, de 41 anos, nasceu na comunidade, casou com Geni Scapini e tem dois filhos, Fabrício e Andressa, com oito e três anos, respectivamente.
Proprietário vai recorrer à Justiça
O agricultor afirmou que pretende ingressar na Justiça para garantir direitos, inclusive o lucro cessante do camping, avaliado em R$ 260 mil por um período de 10 anos. O Sindicato Rural de Chapecó está representando cerca de 40 famílias e já contratou advogado. O presidente, Amadeu Kovaleski, disse que os agricultores não são grileiros e compraram as áreas de boa-fé. Ele afirmou que não adianta resolver a questão dos índios e criar um novo problema social com os agricultores. "Com os valores propostos pela Funai as famílias desapropriadas vão parar na favela", alertou Kovaleski.
The news items published by the Indigenous Peoples in Brazil site are researched daily from a variety of media outlets and transcribed as presented by their original source. ISA is not responsible for the opinios expressed or errors contained in these texts. Please report any errors in the news items directly to the source