From Indigenous Peoples in Brazil
News
Acusados de assassinar caingangue irão a júri hoje
26/06/2003
Autor: SILVANA DE CASTRO
Fonte: Zero Hora-Porto Alegre-RS
Dois jovens confessaram o crime ocorrido em janeiro
Os dois jovens acusados de matar a chutes e pedrada o caingangue Leopoldo Crespo no início do ano, em Miraguaí, vão a júri popular hoje, às 9h, em Tenente Portela, no noroeste do Estado. Roberto Carlos Moraski e Almiro Borges Souza, ambos de 19 anos, confessaram o crime no dia seguinte à morte do índio, ocorrida na noite de 6 de janeiro.
Acolheita de milho e o plantio de trigo ficarão em segundo plano hoje para parte dos habitantes da Reserva da Guarita, onde Crespo morava. Um ônibus cedido pela prefeitura de Redentora vai levar os indígenas das aldeias até o Clube Comercial, local do julgamento, no centro de Tenente Portela. Teresa e João Crespo, filhos do caingangue, seguirão em um carro da Fundação Nacional do Índio (Funai).
Crespo, assassinado aos 77 anos, era um dos indígenas mais idosos da reserva. Ele colaborava com informações sobre o início da localidade.
- A gente espera que seja feita Justiça. Foi um crime bárbaro, uma vida que se perdeu - disse o capitão da aldeia Estiva, Antônio Sales.
A Brigada Militar prepara um operação especial de segurança para o julgamento. Uma corda deverá separar o espaço onde os réus permanecerão da área destinada ao público. Ontem, o chefe do posto da Funai de Miraguaí, Valdemar da Silva, se encarregou de lembrar a realização do júri aos indígenas.
- Estão todos curiosos para conhecer o resultado - diz Silva.
Crespo foi assassinado enquanto dormia na calçada da principal avenida de Miraguaí. Com chutes, Moraski, Souza e um adolescente de 14 anos o teriam acordado. Eles relataram que estavam brincando e pretendiam assustar o indígena. Um pedaço de concreto teria sido jogado contra o indígena, provocando traumatismo craniano, conforme a necropsia.
Moraski e Souza, que têm como advogados defensores públicos, estão presos no Presídio de Três Passos. Estão indiciados por homicídio qualificado e corrupção de menores. O adolescente acusado de participar do espancamento está internado na Fundação de Atendimento Socioeducativo de Santo Ângelo.
( silvana.castro@zerohora.com.br )
Rapidez
O julgamento dos acusados da morte de Leopoldo Crespo ocorre menos de seis meses após o crime. A rapidez na conclusão do processo, conforme o cartório judicial do Fórum de Tenente Portela, se deve à facilidade na localização das testemunhas, todas residentes em Miraguaí, à repercussão nacional que o caso teve e ao fato de os réus estarem presos.
Os dois jovens acusados de matar a chutes e pedrada o caingangue Leopoldo Crespo no início do ano, em Miraguaí, vão a júri popular hoje, às 9h, em Tenente Portela, no noroeste do Estado. Roberto Carlos Moraski e Almiro Borges Souza, ambos de 19 anos, confessaram o crime no dia seguinte à morte do índio, ocorrida na noite de 6 de janeiro.
Acolheita de milho e o plantio de trigo ficarão em segundo plano hoje para parte dos habitantes da Reserva da Guarita, onde Crespo morava. Um ônibus cedido pela prefeitura de Redentora vai levar os indígenas das aldeias até o Clube Comercial, local do julgamento, no centro de Tenente Portela. Teresa e João Crespo, filhos do caingangue, seguirão em um carro da Fundação Nacional do Índio (Funai).
Crespo, assassinado aos 77 anos, era um dos indígenas mais idosos da reserva. Ele colaborava com informações sobre o início da localidade.
- A gente espera que seja feita Justiça. Foi um crime bárbaro, uma vida que se perdeu - disse o capitão da aldeia Estiva, Antônio Sales.
A Brigada Militar prepara um operação especial de segurança para o julgamento. Uma corda deverá separar o espaço onde os réus permanecerão da área destinada ao público. Ontem, o chefe do posto da Funai de Miraguaí, Valdemar da Silva, se encarregou de lembrar a realização do júri aos indígenas.
- Estão todos curiosos para conhecer o resultado - diz Silva.
Crespo foi assassinado enquanto dormia na calçada da principal avenida de Miraguaí. Com chutes, Moraski, Souza e um adolescente de 14 anos o teriam acordado. Eles relataram que estavam brincando e pretendiam assustar o indígena. Um pedaço de concreto teria sido jogado contra o indígena, provocando traumatismo craniano, conforme a necropsia.
Moraski e Souza, que têm como advogados defensores públicos, estão presos no Presídio de Três Passos. Estão indiciados por homicídio qualificado e corrupção de menores. O adolescente acusado de participar do espancamento está internado na Fundação de Atendimento Socioeducativo de Santo Ângelo.
( silvana.castro@zerohora.com.br )
Rapidez
O julgamento dos acusados da morte de Leopoldo Crespo ocorre menos de seis meses após o crime. A rapidez na conclusão do processo, conforme o cartório judicial do Fórum de Tenente Portela, se deve à facilidade na localização das testemunhas, todas residentes em Miraguaí, à repercussão nacional que o caso teve e ao fato de os réus estarem presos.
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