From Indigenous Peoples in Brazil
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Doenças afetam muito mais as populações indígenas
28/05/2010
Fonte: Agência Notisa - http://www.notisa.com.br/
AGÊNCIA NOTISA - De acordo com estudo publicado na Revista Brasileira de Epidemiologia, os indígenas das regiões Sudeste e Sul são hospitalizados muito mais frequentemente que o resto da população, com destaques para as doenças respiratórias, que respondem por até 64,6% dos casos. O trabalho é da autoria de Andrey Moreira Cardoso, pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz, e colegas, e foi disponibilizado na edição de março de 2010 da revista.
Para coleta de dados, conforme explicam os autores, foi realizado estudo da morbidade hospitalar na população indígena Guarani assistida pela FUNASA, que habita 83 aldeias e acampamentos das regiões Sul e Sudeste do Brasil, assim distribuídos segundo os Estados: Rio Grande do Sul (32), Santa Catarina (16), Paraná (4), São Paulo (27) e Rio de Janeiro (5). Eles também afirmam que foi implantado um sistema para monitorar as hospitalizações de indígenas Guarani, coordenado por um dos pesquisadores e conduzido por equipe de enfermeiros da FUNASA devidamente treinados em duas oficinas realizadas no Rio de Janeiro, intercaladas por um teste-piloto no campo.
Os especialistas revelam que "no período, ocorreram 666 hospitalizações concentradas em 497 indivíduos, sendo a maioria maiores de 5 anos (71,9%). As doenças respiratórias foram as principais causas de hospitalização (64,6%), sobretudo em crianças (maiores de 5 anos: 77,6%; menores de 1 ano: 83,4%), superando as magnitudes das proporções de hospitalização por essas causas em outros grupos indígenas. A taxa de hospitalização (por 100 pessoas-ano) global foi de 8,8, correspondendo a 71,4 em menores de 1 ano e a 21,0 em indivíduos entre 1 e 4 anos. A taxa de hospitalização por infecção respiratória aguda (IRA - 5,3) superou em 6,5 e 2,0 vezes àquelas por diarreia e por demais causas, enquanto que nos menores de 5 anos (IRA = 23,7), essas razões de taxas foram de 7,4 e 5,4, respectivamente. A taxa padronizada de hospitalização Guarani superou as taxas padronizadas das regiões Sul e Sudeste em 40% e 210%, respectivamente".
Para Andrey e colegas, a pesquisa demonstra uma "necessidade premente de maior conhecimento da epidemiologia das infecções respiratórias agudas entre os Guarani e de incremento da qualidade técnico-assistencial das equipes de saúde locais e dos profissionais do sistema de referência extra-aldeia, incluindo aspectos antropológicos, para atuarem de forma integral e eficiente no controle das IRA entre os grupos indígenas no Sul e Sudeste do Brasil". Para ler o artigo na íntegra, acesse: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2010000100003&lng=en&nrm=iso&tlng=pt
Para coleta de dados, conforme explicam os autores, foi realizado estudo da morbidade hospitalar na população indígena Guarani assistida pela FUNASA, que habita 83 aldeias e acampamentos das regiões Sul e Sudeste do Brasil, assim distribuídos segundo os Estados: Rio Grande do Sul (32), Santa Catarina (16), Paraná (4), São Paulo (27) e Rio de Janeiro (5). Eles também afirmam que foi implantado um sistema para monitorar as hospitalizações de indígenas Guarani, coordenado por um dos pesquisadores e conduzido por equipe de enfermeiros da FUNASA devidamente treinados em duas oficinas realizadas no Rio de Janeiro, intercaladas por um teste-piloto no campo.
Os especialistas revelam que "no período, ocorreram 666 hospitalizações concentradas em 497 indivíduos, sendo a maioria maiores de 5 anos (71,9%). As doenças respiratórias foram as principais causas de hospitalização (64,6%), sobretudo em crianças (maiores de 5 anos: 77,6%; menores de 1 ano: 83,4%), superando as magnitudes das proporções de hospitalização por essas causas em outros grupos indígenas. A taxa de hospitalização (por 100 pessoas-ano) global foi de 8,8, correspondendo a 71,4 em menores de 1 ano e a 21,0 em indivíduos entre 1 e 4 anos. A taxa de hospitalização por infecção respiratória aguda (IRA - 5,3) superou em 6,5 e 2,0 vezes àquelas por diarreia e por demais causas, enquanto que nos menores de 5 anos (IRA = 23,7), essas razões de taxas foram de 7,4 e 5,4, respectivamente. A taxa padronizada de hospitalização Guarani superou as taxas padronizadas das regiões Sul e Sudeste em 40% e 210%, respectivamente".
Para Andrey e colegas, a pesquisa demonstra uma "necessidade premente de maior conhecimento da epidemiologia das infecções respiratórias agudas entre os Guarani e de incremento da qualidade técnico-assistencial das equipes de saúde locais e dos profissionais do sistema de referência extra-aldeia, incluindo aspectos antropológicos, para atuarem de forma integral e eficiente no controle das IRA entre os grupos indígenas no Sul e Sudeste do Brasil". Para ler o artigo na íntegra, acesse: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2010000100003&lng=en&nrm=iso&tlng=pt
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