From Indigenous Peoples in Brazil
News
Vida indígena em comunidade de Mongaguá é contada em livro
19/02/2010
Fonte: A Tribuna (Santos) - http://www.atribuna.com.br/
Ao menos duas vezes por mês, Karai Poty Mbaraete-á visita a aldeia indígena Itaóca, em Mongaguá. O nome, que lhe foi conferido pelo pajé Verá Mirim, significa homem de respeito, fonte de forças. Quando não está ali, o homem branco, cujo nome de batismo é Vicente Bonachela, dá aulas de Educação Física e desenvolve trabalho comunitário na Sociedade São Vicente de Paulo.
Em março, as visitas de Bonachela à aldeia indígena completarão dez anos. Sempre acompanhado de sua esposa, a professora de Antropologia Filosófica Marlene Cabral Bonachela, o envolvimento do professor com a comunidade indígena se fortaleceu nessa década.
E a aliança desse homem branco com os indígenas de Mongaguá e suas lideranças deu frutos: no ano passado, Bonachela publicou a segunda edição do livro História da aldeia Indígena Itaóca, que conta com apoio cultural da Universidade Santa Cecília.
O livro, escrito em parceria com Marlene, conta como ocorreu esse encontro e mostra um pouco como vive a comunidade indígena de Itaóca, formada por guarani e tupi-guarani. "Em março de 2000, lemos uma matéria em A Tribuna sobre a comunidade de Itaóca", lembra Bonachela. "Na capa, tinha uma foto de uma oca com uma indiazinha maltrapilha do lado. Foi essa foto que despertou nosso interesse em conhecer a aldeia".
Ao lado de sua esposa, o professor foi até Mongaguá para conhecer os indígenas. Após encontrar um grupo deles na Cidade, seguiu para a aldeia. "Cheguei e um dos indígenas foi chamar o cacique e outras lideranças", conta Bonachela. "Expliquei que tinha um trabalho comunitário e que poderia ajudá-los".
Depois dessa visita, um segundo encontro foi marcado e nunca mais parou. "Essa amizade foi crescendo", explica o professor. "Comecei a divulgar esse trabalho nas escolas onde dou aulas e fazer campanhas para arrecadar alimentos e roupas. A partir daí, esse envolvimento foi se tornando cada vez maior".
Além de auxiliar a aldeia com campanhas de arrecadação, Bonachela divulga a cultura indígena nos colégios onde atua, dá palestras em outros locais, como universidades e empresas, e leva grupos de estudantes para conhecer a comunidade de Itaóca.
"Às vezes, vou sozinho para visitar a aldeia e saber se eles estão precisando de alguma coisa", relata o docente. Todo esse zelo pela aldeia já foi recompensado. No dia 26 de junho de 2001, o cacique Verá Mirim batizou Bonacheladurante uma cerimônia realizada na Casa de Reza da aldeia. "O pajé me falou: a partir de hoje, você é considerado um membro da comunidade", recorda.
Livro
A obra, com 40 páginas, foi doada aos indígenas, que a vende em feiras de artesanato. "Escrevi esse livro com o objetivo de divulgar a cultura indígena", afirma Bonachela. Quem quiser adquirir o livro ou conhecer a aldeia pode entrar em contato com o professor pelo telefone (13) 3236-3454.
http://www.atribuna.com.br/noticias.asp?idnoticia=20961&idDepartamento=5&idCategoria=8
Em março, as visitas de Bonachela à aldeia indígena completarão dez anos. Sempre acompanhado de sua esposa, a professora de Antropologia Filosófica Marlene Cabral Bonachela, o envolvimento do professor com a comunidade indígena se fortaleceu nessa década.
E a aliança desse homem branco com os indígenas de Mongaguá e suas lideranças deu frutos: no ano passado, Bonachela publicou a segunda edição do livro História da aldeia Indígena Itaóca, que conta com apoio cultural da Universidade Santa Cecília.
O livro, escrito em parceria com Marlene, conta como ocorreu esse encontro e mostra um pouco como vive a comunidade indígena de Itaóca, formada por guarani e tupi-guarani. "Em março de 2000, lemos uma matéria em A Tribuna sobre a comunidade de Itaóca", lembra Bonachela. "Na capa, tinha uma foto de uma oca com uma indiazinha maltrapilha do lado. Foi essa foto que despertou nosso interesse em conhecer a aldeia".
Ao lado de sua esposa, o professor foi até Mongaguá para conhecer os indígenas. Após encontrar um grupo deles na Cidade, seguiu para a aldeia. "Cheguei e um dos indígenas foi chamar o cacique e outras lideranças", conta Bonachela. "Expliquei que tinha um trabalho comunitário e que poderia ajudá-los".
Depois dessa visita, um segundo encontro foi marcado e nunca mais parou. "Essa amizade foi crescendo", explica o professor. "Comecei a divulgar esse trabalho nas escolas onde dou aulas e fazer campanhas para arrecadar alimentos e roupas. A partir daí, esse envolvimento foi se tornando cada vez maior".
Além de auxiliar a aldeia com campanhas de arrecadação, Bonachela divulga a cultura indígena nos colégios onde atua, dá palestras em outros locais, como universidades e empresas, e leva grupos de estudantes para conhecer a comunidade de Itaóca.
"Às vezes, vou sozinho para visitar a aldeia e saber se eles estão precisando de alguma coisa", relata o docente. Todo esse zelo pela aldeia já foi recompensado. No dia 26 de junho de 2001, o cacique Verá Mirim batizou Bonacheladurante uma cerimônia realizada na Casa de Reza da aldeia. "O pajé me falou: a partir de hoje, você é considerado um membro da comunidade", recorda.
Livro
A obra, com 40 páginas, foi doada aos indígenas, que a vende em feiras de artesanato. "Escrevi esse livro com o objetivo de divulgar a cultura indígena", afirma Bonachela. Quem quiser adquirir o livro ou conhecer a aldeia pode entrar em contato com o professor pelo telefone (13) 3236-3454.
http://www.atribuna.com.br/noticias.asp?idnoticia=20961&idDepartamento=5&idCategoria=8
The news items published by the Indigenous Peoples in Brazil site are researched daily from a variety of media outlets and transcribed as presented by their original source. ISA is not responsible for the opinios expressed or errors contained in these texts. Please report any errors in the news items directly to the source