From Indigenous Peoples in Brazil
News
Suspenso benefício de jovens que mataram pataxó
15/10/2003
Autor: MARIÂNGELA GALLUCCI
Fonte: Estado de S. Paulo-São Paulo-SP
Três dos quatro condenados foram vistos extrapolando direitos concedidos pela Justiça
Três dos quatro jovens condenados a 14 anos de prisão pelo assassinato do índio Galdino Jesus dos Santos, em 1997, abusaram de benefício concedido pela Justiça e deixar todos os dias a Penitenciária da Papuda para trabalhar e estudar. Depois do expediente, foram flagrados pela reportagem do Correio Braziliense passeando, namorando e bebendo cerveja.
Diante disso, o juiz substituto Aimar Neres de Matos suspendeu ontem o benefício concedido a Eron Chaves de Oliveira, Antônio Novely Cardoso Vilanova e Max Rogério Alves, todos com 26 anos. O quarto jovem condenado pelo crime - Tomás Oliveira de Almeida - não foi seguido. Imagens gravadas em vídeo pelo Correio mostram Novely, filho de um juiz federal, no trabalho no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), na faculdade de fisioterapia, dirigindo seu carro, comendo pizza numa lanchonete, namorando e bebendo cerveja com Max.
Depois de uma manhã de trabalho na Companhia de Abastecimento de Água e Esgoto de Brasília (Caesb), Max foi flagrado chegando em casa para almoçar. Eron, que está no Ministério do Trabalho, também foi filmado dirigindo e namorando. Nada disso estava previsto na autorização judicial.
A reportagem do Estado procurou os advogados dos jovens. Heraldo Paupério, defensor de Novely, argumentou: "Eles foram seguidos vários dias. Eventualmente, ele se encontrou com Max e tomou cerveja. Tomar cerveja não é crime."
O deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP), que foi assistente de acusação no caso, divulgou nota: "Deixou-me estarrecido a denúncia. (...) Venho manifestar meu repúdio a decisões judiciais que permitem a alguns certos privilégios condenados pela sociedade."
O promotor Maurício Miranda, que atuou no caso, disse que os condenados não poderiam trabalhar. Como o crime é hediondo, o único benefício era a liberdade condicional, mas apenas no próximo ano, depois de terem cumprido dois terços da pena.
A morte de Galdino chocou o País. Na madrugada de 20 abril de 1997, os quatro jovens e o adolescente G.N.A.J. atearam fogo no pataxó, que dormia num ponto de ônibus. Uma testemunha anotou a placa do carro. Em 2001, depois de cinco dias de julgamento, eles foram condenados pelo Tribunal do Júri de Brasília por homicídio triplamente qualificado. Menos de um ano depois, conseguiram o benefício.
Três dos quatro jovens condenados a 14 anos de prisão pelo assassinato do índio Galdino Jesus dos Santos, em 1997, abusaram de benefício concedido pela Justiça e deixar todos os dias a Penitenciária da Papuda para trabalhar e estudar. Depois do expediente, foram flagrados pela reportagem do Correio Braziliense passeando, namorando e bebendo cerveja.
Diante disso, o juiz substituto Aimar Neres de Matos suspendeu ontem o benefício concedido a Eron Chaves de Oliveira, Antônio Novely Cardoso Vilanova e Max Rogério Alves, todos com 26 anos. O quarto jovem condenado pelo crime - Tomás Oliveira de Almeida - não foi seguido. Imagens gravadas em vídeo pelo Correio mostram Novely, filho de um juiz federal, no trabalho no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), na faculdade de fisioterapia, dirigindo seu carro, comendo pizza numa lanchonete, namorando e bebendo cerveja com Max.
Depois de uma manhã de trabalho na Companhia de Abastecimento de Água e Esgoto de Brasília (Caesb), Max foi flagrado chegando em casa para almoçar. Eron, que está no Ministério do Trabalho, também foi filmado dirigindo e namorando. Nada disso estava previsto na autorização judicial.
A reportagem do Estado procurou os advogados dos jovens. Heraldo Paupério, defensor de Novely, argumentou: "Eles foram seguidos vários dias. Eventualmente, ele se encontrou com Max e tomou cerveja. Tomar cerveja não é crime."
O deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP), que foi assistente de acusação no caso, divulgou nota: "Deixou-me estarrecido a denúncia. (...) Venho manifestar meu repúdio a decisões judiciais que permitem a alguns certos privilégios condenados pela sociedade."
O promotor Maurício Miranda, que atuou no caso, disse que os condenados não poderiam trabalhar. Como o crime é hediondo, o único benefício era a liberdade condicional, mas apenas no próximo ano, depois de terem cumprido dois terços da pena.
A morte de Galdino chocou o País. Na madrugada de 20 abril de 1997, os quatro jovens e o adolescente G.N.A.J. atearam fogo no pataxó, que dormia num ponto de ônibus. Uma testemunha anotou a placa do carro. Em 2001, depois de cinco dias de julgamento, eles foram condenados pelo Tribunal do Júri de Brasília por homicídio triplamente qualificado. Menos de um ano depois, conseguiram o benefício.
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