From Indigenous Peoples in Brazil
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Lideranças gaúchas discutem criação do DSEI RS
13/10/2011
Fonte: Portal da Saúde - http://portal.saude.gov.br/
Cinco lideranças Kaingang do interior do Rio Grande do Sul estiveram hoje (13), na Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), onde discutiram a criação de um Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) no estado, além de debater o processo de transição da saúde indígena no estado.
Os indígenas vieram acompanhados do chefe do Escritório Local do RS, Gilson Urnau. O Escritório Local é uma unidade da Sesai que integra os DSEIs Interior Sul e Litoral Sul.
O objetivo principal da reunião foi de discutir a criação de um DSEI no Rio Grande do Sul. Segundo o Terapeuta Ocupacional Claudemir Vaz, o estado tem uma população de mais de 20 mil índios, 55% de toda a população indígena do sul do país, e por isso deveria ter um distrito próprio. "É uma reivindicação antiga, já desde 2004. Na época da criação dos DSEIs não fomos consultados, e desde então lutamos pelo DSEI RS", argumentou a liderança.
Para o Secretário da Sesai, Antônio Alves de Souza, é nítida a necessidade de um distrito no estado. "Eu já estou convencido da necessidade de um distrito no Rio Grande do Sul. O que temos que discutir agora é formas para conseguirmos esse distrito". O secretário se comprometeu de discutir o assunto junto ao Ministro Alexandre Padilha, e de articular formas para melhorar a saúde indígena no estado enquanto a criação do DSEI não for efetivada.
Uma dessas saídas seria a vinculação do escritório local a Sesai Brasília, para que o escritório já funcionasse como um DSEI embrionário, de forma a dar uma solução imediata durante o período de tramitação da criação do DSEI.
Outra sugestão do secretário é que se realize um seminário específico no Rio Grande do Sul, reunindo lideranças e os 104 conselhos locais para discutir as condições de criação desse distrito.
Novos Convênios
Além da criação do distrito, o grupo também buscou informações sobre o processo de transição na saúde indígena, especialmente com o fim dos convênios vigentes até 31 de outubro de 2011 e o fim do repasse do Incentivo de Atenção Básica aos Povos Indígenas (IAB-PI), recurso que até outubro era repassado às prefeituras para que as mesmas contratassem Equipes Multidisciplinares de Saúde Indígena (EMSI).
Antônio Alves garantiu que os novos convênios para a saúde indígena têm como objetivo melhorar o atendimento nas aldeias. "Os convênios oferecem garantias de trabalho aos profissionais, algo que muitos não tinham até hoje. É uma medida para acabar com a precarização da mão de obra na saúde indígena", argumentou o gestor.
Sobre o recurso IAB-PI, o secretário disse que é necessário fazer um levantamento junto aos 45 municípios gaúchos para descobrir quais ainda tem saldo do recurso. "Sabemos que no país muitas prefeituras recebiam o recurso e não aplicavam na saúde indígena", argumentou. Alves defende a utilização desse saldo para a aquisição de veículos, medicamentos, além de reformações e ampliações de instalações da saúde indígena no estado.
Para Ilinir Roberto Jacinto, o encontro foi positivo. "Era isso que faltava, um encontro para sentar e conversar, tirar as dúvidas e se entender".
José Daniel também avaliou positivamente o encontro, ressaltando que o povo indígena gaúcho espera agora que as reivindicações apresentadas sejam colocadas em prática.
Ilírio Portela afirmou que o povo de sua comunidade está ansioso para saber das mudanças na saúde indígena, e que o Rio Grande quer ter mais participação nas discussões de saúde indígena. "Não queremos voltar para trás, queremos avançar", definiu a liderança.
O grupo deixou o convite para que o secretário visite as comunidades indígenas gaúchas, para conhecer de perto a realidade. Alves afirmou que ainda não pode visitar o Rio Grande por questões de agenda, e que fará a visita assim que for possível.
http://portal.saude.gov.br/portal/saude/Gestor/visualizar_texto.cfm?idtxt=38175
Os indígenas vieram acompanhados do chefe do Escritório Local do RS, Gilson Urnau. O Escritório Local é uma unidade da Sesai que integra os DSEIs Interior Sul e Litoral Sul.
O objetivo principal da reunião foi de discutir a criação de um DSEI no Rio Grande do Sul. Segundo o Terapeuta Ocupacional Claudemir Vaz, o estado tem uma população de mais de 20 mil índios, 55% de toda a população indígena do sul do país, e por isso deveria ter um distrito próprio. "É uma reivindicação antiga, já desde 2004. Na época da criação dos DSEIs não fomos consultados, e desde então lutamos pelo DSEI RS", argumentou a liderança.
Para o Secretário da Sesai, Antônio Alves de Souza, é nítida a necessidade de um distrito no estado. "Eu já estou convencido da necessidade de um distrito no Rio Grande do Sul. O que temos que discutir agora é formas para conseguirmos esse distrito". O secretário se comprometeu de discutir o assunto junto ao Ministro Alexandre Padilha, e de articular formas para melhorar a saúde indígena no estado enquanto a criação do DSEI não for efetivada.
Uma dessas saídas seria a vinculação do escritório local a Sesai Brasília, para que o escritório já funcionasse como um DSEI embrionário, de forma a dar uma solução imediata durante o período de tramitação da criação do DSEI.
Outra sugestão do secretário é que se realize um seminário específico no Rio Grande do Sul, reunindo lideranças e os 104 conselhos locais para discutir as condições de criação desse distrito.
Novos Convênios
Além da criação do distrito, o grupo também buscou informações sobre o processo de transição na saúde indígena, especialmente com o fim dos convênios vigentes até 31 de outubro de 2011 e o fim do repasse do Incentivo de Atenção Básica aos Povos Indígenas (IAB-PI), recurso que até outubro era repassado às prefeituras para que as mesmas contratassem Equipes Multidisciplinares de Saúde Indígena (EMSI).
Antônio Alves garantiu que os novos convênios para a saúde indígena têm como objetivo melhorar o atendimento nas aldeias. "Os convênios oferecem garantias de trabalho aos profissionais, algo que muitos não tinham até hoje. É uma medida para acabar com a precarização da mão de obra na saúde indígena", argumentou o gestor.
Sobre o recurso IAB-PI, o secretário disse que é necessário fazer um levantamento junto aos 45 municípios gaúchos para descobrir quais ainda tem saldo do recurso. "Sabemos que no país muitas prefeituras recebiam o recurso e não aplicavam na saúde indígena", argumentou. Alves defende a utilização desse saldo para a aquisição de veículos, medicamentos, além de reformações e ampliações de instalações da saúde indígena no estado.
Para Ilinir Roberto Jacinto, o encontro foi positivo. "Era isso que faltava, um encontro para sentar e conversar, tirar as dúvidas e se entender".
José Daniel também avaliou positivamente o encontro, ressaltando que o povo indígena gaúcho espera agora que as reivindicações apresentadas sejam colocadas em prática.
Ilírio Portela afirmou que o povo de sua comunidade está ansioso para saber das mudanças na saúde indígena, e que o Rio Grande quer ter mais participação nas discussões de saúde indígena. "Não queremos voltar para trás, queremos avançar", definiu a liderança.
O grupo deixou o convite para que o secretário visite as comunidades indígenas gaúchas, para conhecer de perto a realidade. Alves afirmou que ainda não pode visitar o Rio Grande por questões de agenda, e que fará a visita assim que for possível.
http://portal.saude.gov.br/portal/saude/Gestor/visualizar_texto.cfm?idtxt=38175
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