From Indigenous Peoples in Brazil
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Índios ainda ocupam Belo Monte
24/06/2012
Fonte: O Globo, Economia, p. 43
Índios ainda ocupam Belo Monte
Manifestantes dizem que seus direitos não estão sendo respeitados pela obra
Pelo terceiro dia consecutivo, índios xikrins, jurunas e parakañas continuaram ontem ocupando um canteiro de obras da usina hidrelétrica de Belo Monte. O protesto acontece na região de Altamira, no Pará. De acordo com a ONG Xingu Vivo, os direitos indígenas não estão sendo respeitados. Os manifestantes, que estão em uma barragem em construção, exigem a presença de representantes do governo e da Norte Energia Sociedade Anônima, responsável pela usina.
Integrantes de 34 aldeias do Médio Xingu participam da ocupação. Eles denunciam a falta de contrapartidas prometidas pelos empreendedores, que deveriam ser cumpridas em suas terras e em Altamira.
Entre as reivindicações estão a falta de investimento em infraestrutura da cidade, serviços de saúde, educação e saneamento básico, que estariam sobrecarregados com o aumento populacional na região causado pelas obras de Belo Monte. Os índios dizem que o Plano Básico Ambiental (PBA), que promoveria a compensação dos impactos causados pelo empreendimento, está muito lento.
Os xikrins divulgaram também o Manifesto dos Xikrins do Bacajá, no qual reclamam da construção de barragens e temem que os rios da região passam a enfrentar secas.
Para evitar que manifestantes corram o risco de serem presos, o advogado Marco Apolo Santana Leão, presidente da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH), entrou no Fórum Criminal de Altamira com um pedido de habeas corpus preventivo com pedido liminar em favor de dez pessoas, entre elas os militantes do movimento Xingu Vivo para Sempre.
O advogado afirma que o delegado responsável pelas investigações dificulta o trabalho da defesa, inclusive negando o acesso a documentos que compõem o processo, alegando que o material fora enviado para a perícia.
A polícia ainda está com sua investigação em curso. Já o Consórcio Construtor de Belo Monte considerou o protesto tranquilo, mas, por medidas de segurança, todas as atividades no local foram suspensas durante o final de semana.
O Globo, 24/06/2012, Economia, p. 43
Manifestantes dizem que seus direitos não estão sendo respeitados pela obra
Pelo terceiro dia consecutivo, índios xikrins, jurunas e parakañas continuaram ontem ocupando um canteiro de obras da usina hidrelétrica de Belo Monte. O protesto acontece na região de Altamira, no Pará. De acordo com a ONG Xingu Vivo, os direitos indígenas não estão sendo respeitados. Os manifestantes, que estão em uma barragem em construção, exigem a presença de representantes do governo e da Norte Energia Sociedade Anônima, responsável pela usina.
Integrantes de 34 aldeias do Médio Xingu participam da ocupação. Eles denunciam a falta de contrapartidas prometidas pelos empreendedores, que deveriam ser cumpridas em suas terras e em Altamira.
Entre as reivindicações estão a falta de investimento em infraestrutura da cidade, serviços de saúde, educação e saneamento básico, que estariam sobrecarregados com o aumento populacional na região causado pelas obras de Belo Monte. Os índios dizem que o Plano Básico Ambiental (PBA), que promoveria a compensação dos impactos causados pelo empreendimento, está muito lento.
Os xikrins divulgaram também o Manifesto dos Xikrins do Bacajá, no qual reclamam da construção de barragens e temem que os rios da região passam a enfrentar secas.
Para evitar que manifestantes corram o risco de serem presos, o advogado Marco Apolo Santana Leão, presidente da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH), entrou no Fórum Criminal de Altamira com um pedido de habeas corpus preventivo com pedido liminar em favor de dez pessoas, entre elas os militantes do movimento Xingu Vivo para Sempre.
O advogado afirma que o delegado responsável pelas investigações dificulta o trabalho da defesa, inclusive negando o acesso a documentos que compõem o processo, alegando que o material fora enviado para a perícia.
A polícia ainda está com sua investigação em curso. Já o Consórcio Construtor de Belo Monte considerou o protesto tranquilo, mas, por medidas de segurança, todas as atividades no local foram suspensas durante o final de semana.
O Globo, 24/06/2012, Economia, p. 43
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