From Indigenous Peoples in Brazil
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Conflito em RO começou após garimpeiro chamar índios de "vagabundos"
21/04/2004
Fonte: Folha de S. Paulo-São Paulo-SP
A chacina na terra indígena Roosevelt, em Espigão d'Oeste (534 km de Porto Velho), começou quando um garimpeiro chamou índios cinta-larga de vagabundos e preguiçosos. "Um guerreiro não agüentou e meteu a flecha", disse hoje à Agência Folha o coordenador da Funai (Fundação Nacional do Índio), Walter Fontoura Blós, 40.
Os índios mataram 29 garimpeiros de diamantes no dia 7 passado. Blós disse que eles estavam em um grupo de 200 homens que invadiram a terra indígena para garimpar e foram surpreendidos pelos guerreiros cinta-larga.
O coordenador da Funai afirmou que os índios não tinham acordo com garimpeiros para permitir a entrada deles na área. Sobreviventes da chacina ouvidos pela Agência Folha afirmaram que entraram na reserva com a permissão de um grupo de cinta-larga.
Ainda segundo Blós, o garimpeiro Francisco das Chagas Alves Saraiva, 40, conhecido como Baiano Doido, foi quem xingou os índios e recebeu a primeira flechada. Os cinta-larga usaram espingardas, além de lanças e flechas.
Outros dois garimpeiros ligados a Baiano Doido foram mortos em seguida. Um deles era José Gomes de Souza, 32. O outro, não identificado, foi enterrado como indigente.
Os guerreiros deixaram os três mortos no local, amarraram os demais para entregá-los na barreira mantida pela Funai e pela Polícia Militar Florestal na entrada da terra indígena, informou Blós.
A 2 km do local onde ocorreram as primeiras mortes, os guerreiros decidiram matar todos os 26.
"Um garimpeiro falou para o outro que retornaria [à terra indígena] para fazer uma tocaia. Os índios ouviram e resolveram matar", afirmou Blós.
O coordenador da Funai disse que chegou aos 26 corpos na sexta-feira por indicação dos índios. Segundo ele, as lideranças indígenas não sabiam da ação dos guerreiros.
Os corpos dos três primeiros garimpeiros assassinados foram retirados no dia 11 da reserva pela PF (Polícia Federal). Na segunda-feira, a PF retirou mais 26 com uso de um helicóptero e de uma rede.
O garimpeiro Robson Lugon de Souza, 36, conhecido como Pardal, disse à Agência Folha que Baiano Doido tinha "atritos com os índios" e era o "inimigo número um deles".
A Funai afirma que Baiano Doido tinha invadido quatro vezes a área. "A intenção dos índios não era matar", afirmou.
Um dia antes da chacina, os índios guerreiros pegaram 15 garimpeiros e levaram para a barreira da Funai, informou Blós. Um dos garimpeiros ouvidos pela Agência Folha confirmou a versão.
Os índios mataram 29 garimpeiros de diamantes no dia 7 passado. Blós disse que eles estavam em um grupo de 200 homens que invadiram a terra indígena para garimpar e foram surpreendidos pelos guerreiros cinta-larga.
O coordenador da Funai afirmou que os índios não tinham acordo com garimpeiros para permitir a entrada deles na área. Sobreviventes da chacina ouvidos pela Agência Folha afirmaram que entraram na reserva com a permissão de um grupo de cinta-larga.
Ainda segundo Blós, o garimpeiro Francisco das Chagas Alves Saraiva, 40, conhecido como Baiano Doido, foi quem xingou os índios e recebeu a primeira flechada. Os cinta-larga usaram espingardas, além de lanças e flechas.
Outros dois garimpeiros ligados a Baiano Doido foram mortos em seguida. Um deles era José Gomes de Souza, 32. O outro, não identificado, foi enterrado como indigente.
Os guerreiros deixaram os três mortos no local, amarraram os demais para entregá-los na barreira mantida pela Funai e pela Polícia Militar Florestal na entrada da terra indígena, informou Blós.
A 2 km do local onde ocorreram as primeiras mortes, os guerreiros decidiram matar todos os 26.
"Um garimpeiro falou para o outro que retornaria [à terra indígena] para fazer uma tocaia. Os índios ouviram e resolveram matar", afirmou Blós.
O coordenador da Funai disse que chegou aos 26 corpos na sexta-feira por indicação dos índios. Segundo ele, as lideranças indígenas não sabiam da ação dos guerreiros.
Os corpos dos três primeiros garimpeiros assassinados foram retirados no dia 11 da reserva pela PF (Polícia Federal). Na segunda-feira, a PF retirou mais 26 com uso de um helicóptero e de uma rede.
O garimpeiro Robson Lugon de Souza, 36, conhecido como Pardal, disse à Agência Folha que Baiano Doido tinha "atritos com os índios" e era o "inimigo número um deles".
A Funai afirma que Baiano Doido tinha invadido quatro vezes a área. "A intenção dos índios não era matar", afirmou.
Um dia antes da chacina, os índios guerreiros pegaram 15 garimpeiros e levaram para a barreira da Funai, informou Blós. Um dos garimpeiros ouvidos pela Agência Folha confirmou a versão.
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