From Indigenous Peoples in Brazil
News
Esclarecimentos sobre conflito ocorrido na região do rio Teles Pires (MT), durante a Operação Eldorado da Polícia Federal
05/12/2012
Fonte: Funai - http://www.funai.gov.br/
A Fundação Nacional do Índio (Funai) vem a público esclarecer os acontecimentos envolvendo indígenas e policiais federais, na região do rio Teles Pires, estado do Mato Grosso, durante a Operação Eldorado.
A operação foi deflagrada pela Polícia Federal para desarticular organização criminosa ligada à atividade garimpeira ilegal, que atua em diversos estados do país. Em 6/11, por ordem judicial, a operação chegou à Terra Indígena Kayabi, em Mato Grosso, onde ocorreu uma ação policial precedida de acordo entre servidores da Funai, policiais federais e lideranças indígenas, com o objetivo de conduzir o cumprimento à decisão judicial de forma pacífica.
O episódio da Operação que culminou em confronto entre indígenas e policiais, em 7/11, ocorreu a partir do não cumprimento do acordo por alguns indígenas. Uma parte deles que, aparentemente, tinha concordado com os termos da ação, rompeu o acordo e agrediu a equipe policial, que utilizou a força necessária para reprimir o ataque sofrido.
A Polícia Federal não agiu com excesso, mas como medida de defesa. O planejamento e a execução da Operação foram baseados em doutrina já estabelecida pela PF para ações em terras indígenas, cuja atuação prevê o uso de armamentos menos letais (tais como bala de borracha e bombas de gás) de forma a evitar conflitos de maior proporção.
Encerrado o confronto, houve apreensão pela PF de armas de caça, arcos, flechas, facões e bordunas com o objetivo de minimizar a gravidade da situação. Os indígenas feridos foram socorridos e conduzidos ao hospital de Alta Floresta e, posteriormente, transferidos até Cuiabá (MT) para acompanhamento qualificado. Todo procedimento foi acompanhado pela Funai e PF.
Em 21 de novembro, uma comissão conduzida pelo Ministério da Justiça recebeu uma comitiva de lideranças dos povos Munduruku, Kayabi e Apiaká - que vivem na Terra Indígena Kayabi, onde ocorreu o conflito -, para relatar os fatos a partir da perspectiva indígena. A comissão governamental, integrada por Funai, Ibama e Secretaria Geral da Presidência da República, comprometeu-se a acompanhar, em caráter prioritário, o andamento do inquérito policial no 310/2012, instaurado na Delegacia Regional da Polícia Federal de Sinop/MT, com a devida participação das corregedorias dos órgãos envolvidos (Funai e PF).
A Funai apoiou a ida das lideranças a Brasília e presta assistência à comunidade atingida pelo episódio, inicialmente com ações emergenciais que garantam a subsistência e segurança alimentar dos indígenas e, a médio prazo, com a implementação de projetos estruturantes e a construção de alternativas econômicas sustentáveis, elaborados em diálogo com os povos indígenas da região.
Fundação Nacional do Índio - Funai
Brasília, 5 de dezembro de 2012.
http://www.funai.gov.br/ultimas/noticias/2012/12_dez/20121205_02.html
A operação foi deflagrada pela Polícia Federal para desarticular organização criminosa ligada à atividade garimpeira ilegal, que atua em diversos estados do país. Em 6/11, por ordem judicial, a operação chegou à Terra Indígena Kayabi, em Mato Grosso, onde ocorreu uma ação policial precedida de acordo entre servidores da Funai, policiais federais e lideranças indígenas, com o objetivo de conduzir o cumprimento à decisão judicial de forma pacífica.
O episódio da Operação que culminou em confronto entre indígenas e policiais, em 7/11, ocorreu a partir do não cumprimento do acordo por alguns indígenas. Uma parte deles que, aparentemente, tinha concordado com os termos da ação, rompeu o acordo e agrediu a equipe policial, que utilizou a força necessária para reprimir o ataque sofrido.
A Polícia Federal não agiu com excesso, mas como medida de defesa. O planejamento e a execução da Operação foram baseados em doutrina já estabelecida pela PF para ações em terras indígenas, cuja atuação prevê o uso de armamentos menos letais (tais como bala de borracha e bombas de gás) de forma a evitar conflitos de maior proporção.
Encerrado o confronto, houve apreensão pela PF de armas de caça, arcos, flechas, facões e bordunas com o objetivo de minimizar a gravidade da situação. Os indígenas feridos foram socorridos e conduzidos ao hospital de Alta Floresta e, posteriormente, transferidos até Cuiabá (MT) para acompanhamento qualificado. Todo procedimento foi acompanhado pela Funai e PF.
Em 21 de novembro, uma comissão conduzida pelo Ministério da Justiça recebeu uma comitiva de lideranças dos povos Munduruku, Kayabi e Apiaká - que vivem na Terra Indígena Kayabi, onde ocorreu o conflito -, para relatar os fatos a partir da perspectiva indígena. A comissão governamental, integrada por Funai, Ibama e Secretaria Geral da Presidência da República, comprometeu-se a acompanhar, em caráter prioritário, o andamento do inquérito policial no 310/2012, instaurado na Delegacia Regional da Polícia Federal de Sinop/MT, com a devida participação das corregedorias dos órgãos envolvidos (Funai e PF).
A Funai apoiou a ida das lideranças a Brasília e presta assistência à comunidade atingida pelo episódio, inicialmente com ações emergenciais que garantam a subsistência e segurança alimentar dos indígenas e, a médio prazo, com a implementação de projetos estruturantes e a construção de alternativas econômicas sustentáveis, elaborados em diálogo com os povos indígenas da região.
Fundação Nacional do Índio - Funai
Brasília, 5 de dezembro de 2012.
http://www.funai.gov.br/ultimas/noticias/2012/12_dez/20121205_02.html
The news items published by the Indigenous Peoples in Brazil site are researched daily from a variety of media outlets and transcribed as presented by their original source. ISA is not responsible for the opinios expressed or errors contained in these texts. Please report any errors in the news items directly to the source