From Indigenous Peoples in Brazil
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Belo Monte tem a sétima paralisação
10/01/2013
Fonte: OESP, Economia, p. B4
Belo Monte tem a sétima paralisação
Índios juruna bloqueiam um dos canteiros da obra
FÁTIMA LESSA / CORUMBÁ , ESPECIAL PARA O ESTADO
Há três dias índios da etnia juruna bloqueiam a estrada que dá acesso ao Sítio Pimental um dos três canteiros de obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte no Rio Xingu, em Altamira do Pará. Esta é a sétima paralisação da obra mais importante do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Em nota, a Norte Energia, empresa responsável pela hidrelétrica, informou que os índios se queixam de que as obras deixaram as águas do Rio Xingu turvas, impedindo-os de pescar.
Ainda segundo a empresa, os índios exigiram, inicialmente, R$ 300 mil a título de compensação ambiental e mais a construção de poços artesianos nas aldeias para liberar a pista.
Durante os dois primeiros dias não passou nenhum caminhão. Ontem apenas caminhões transportando combustível e alimentos aos trabalhadores alojados no canteiro de obras e o pessoal de limpeza e segurança foram autorizados pelos índios a entrar em Sítio Pimental (a 69 km de Altamira) e onde trabalham cerca de 4 mil funcionários diretos e terceirizados.
O Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM), responsável pelas obras nos canteiros, disse por meio da assessoria que "aguarda um acordo entre a Norte Energia e as lideranças indígenas", para que possa retomar a produção no Sítio Pimental. "Há possibilidade de que a volta ao trabalho em Pimental ocorra na manhã de quinta-feira (hoje)."
Ainda segundo o CCBM, o bloqueio não afetou o acesso aos outros dois canteiros de obras: Canais e Diques, que ficam na mesma estrada vicinal, a chamada Travessão 27, mas antes de Sítio Pimental; e Sítio Belo Monte, a cerca de 30 quilômetros do local do bloqueio.
Segundo o CCBM, a construção da Hidrelétrica Belo Monte, "é uma grande obra que tem um cronograma de longo prazo (conclusão em 2019)". "Por esse motivo, não é possível mensurar prejuízos por paralisação em um só canteiro em períodos curtos."
De acordo com o consórcio, em obras do gênero a paralisação do trabalho em um canteiro pode ser compensada, por exemplo, com o remanejamento pontual de equipes de outras frentes de obras para o canteiro que permaneceu por alguns dias sem produção. Retomado o cronograma, as equipes de fora retornam à frente de obras de origem.
A assessoria da Norte Energia, informou que o "diálogo da Norte Energia com os juruna para desbloqueio do Travessão 27 ainda não havia encerrado até às 18 horas".
OESP, 10/01/2013, Economia, p. B4
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,belo-monte-tem-a-setima-paralisacao-,982546,0.htm
Índios juruna bloqueiam um dos canteiros da obra
FÁTIMA LESSA / CORUMBÁ , ESPECIAL PARA O ESTADO
Há três dias índios da etnia juruna bloqueiam a estrada que dá acesso ao Sítio Pimental um dos três canteiros de obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte no Rio Xingu, em Altamira do Pará. Esta é a sétima paralisação da obra mais importante do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Em nota, a Norte Energia, empresa responsável pela hidrelétrica, informou que os índios se queixam de que as obras deixaram as águas do Rio Xingu turvas, impedindo-os de pescar.
Ainda segundo a empresa, os índios exigiram, inicialmente, R$ 300 mil a título de compensação ambiental e mais a construção de poços artesianos nas aldeias para liberar a pista.
Durante os dois primeiros dias não passou nenhum caminhão. Ontem apenas caminhões transportando combustível e alimentos aos trabalhadores alojados no canteiro de obras e o pessoal de limpeza e segurança foram autorizados pelos índios a entrar em Sítio Pimental (a 69 km de Altamira) e onde trabalham cerca de 4 mil funcionários diretos e terceirizados.
O Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM), responsável pelas obras nos canteiros, disse por meio da assessoria que "aguarda um acordo entre a Norte Energia e as lideranças indígenas", para que possa retomar a produção no Sítio Pimental. "Há possibilidade de que a volta ao trabalho em Pimental ocorra na manhã de quinta-feira (hoje)."
Ainda segundo o CCBM, o bloqueio não afetou o acesso aos outros dois canteiros de obras: Canais e Diques, que ficam na mesma estrada vicinal, a chamada Travessão 27, mas antes de Sítio Pimental; e Sítio Belo Monte, a cerca de 30 quilômetros do local do bloqueio.
Segundo o CCBM, a construção da Hidrelétrica Belo Monte, "é uma grande obra que tem um cronograma de longo prazo (conclusão em 2019)". "Por esse motivo, não é possível mensurar prejuízos por paralisação em um só canteiro em períodos curtos."
De acordo com o consórcio, em obras do gênero a paralisação do trabalho em um canteiro pode ser compensada, por exemplo, com o remanejamento pontual de equipes de outras frentes de obras para o canteiro que permaneceu por alguns dias sem produção. Retomado o cronograma, as equipes de fora retornam à frente de obras de origem.
A assessoria da Norte Energia, informou que o "diálogo da Norte Energia com os juruna para desbloqueio do Travessão 27 ainda não havia encerrado até às 18 horas".
OESP, 10/01/2013, Economia, p. B4
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,belo-monte-tem-a-setima-paralisacao-,982546,0.htm
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