From Indigenous Peoples in Brazil
News
Na Bolívia, índios Guarani e nacionalistas contra exportação de gás
07/05/2004
Fonte: Radiobrás-Brasília-DF
Índios que reivindicam terras e movimentos nacionalistas indignados com a venda de gás ao exterior tentaram parar a Bolívia nesta sexta-feira. Para evitar distúrbios, a base governista na Câmara dos Deputados e o presidente Carlos Mesa aceleram as tentativas de fazer acordos políticos para viabilizar, ainda hoje, o referendo sobre a venda de gás ao exterior. A expectativa do governo boliviano é transformar em lei um decreto presidencial que convoca o referendo do gás para 18 de julho, garantindo, assim, o fim das ameaças de greve geral.
O comando das manifestações que agitaram o país nos últimos dias foi de origem indígena, porque a população guarani exige mudanças na distribuição de terras. O argumento deles é de que, desde a reforma agrária de 1952, muitos empresários montaram negócios no que deveria ter sido preservado como reserva indígena.
Apesar de uma determinação da Central Operária Boliviana (COB) para que todo o comércio permanecesse fechado, o diário La Razón, um dos mais importantes do país, disse que a Confederação dos Trabalhadores Autônomos não acataria a medida. "O comércio funciona normalmente", confirma a embaixada boliviana em Brasília.
"Existe um bloqueio dos gasodutos próximos territórios indígenas na região de Santa Cruz de La Sierra, mas não há grandes cidades isoladas", minimiza um diplomata, descartando qualquer comparação com o episódio vivido na capital, La Paz, nos últimos meses de 2003, quando a cidade foi bloqueada pelo movimento dos cocaleiros. Oficialmente, o corte no suprimento de gás das fábricas localizadas em El Alto deve-se a manutenção rotineira, e a falta de abastecimento de gás já estava prevista antes dos bloqueios de gasodutos. A empresa brasileira Petrobras, que tem presença no país, informa que seus negócios não vêm sendo afetados pelos protestos.
"Os dirigentes guaranis começaram negociações para apresentarem suas demandas ao governo", garante o embaixador boliviano no Brasil, Edgar Camacho, afastando a previsão de greve geral. No caso boliviano, o temor é mais do que justificado, já que um movimento de grande magnitude pode colocar em xeque o mandato do presidente Mesa, cujo antecessor, Gonzalo Sanchez de Lozada, renunciou diante de uma convulsão social de grandes proporções.
Ajuda americana
Enquanto vários setores do país protestam contra a venda de gás à América do Norte, que será o motivo do referendo, os Estados Unidos selecionaram a Bolívia para receber ajuda da Corporação do Desafio do Milênio, instituição norte-americana criada recentemente para dar assistência às nações consideradas as mais pobres do mundo. Honduras e Nicarágua também aparecem na lista dos 16 países a receberem o primeiro lote de US$ 1 bilhão.
O comando das manifestações que agitaram o país nos últimos dias foi de origem indígena, porque a população guarani exige mudanças na distribuição de terras. O argumento deles é de que, desde a reforma agrária de 1952, muitos empresários montaram negócios no que deveria ter sido preservado como reserva indígena.
Apesar de uma determinação da Central Operária Boliviana (COB) para que todo o comércio permanecesse fechado, o diário La Razón, um dos mais importantes do país, disse que a Confederação dos Trabalhadores Autônomos não acataria a medida. "O comércio funciona normalmente", confirma a embaixada boliviana em Brasília.
"Existe um bloqueio dos gasodutos próximos territórios indígenas na região de Santa Cruz de La Sierra, mas não há grandes cidades isoladas", minimiza um diplomata, descartando qualquer comparação com o episódio vivido na capital, La Paz, nos últimos meses de 2003, quando a cidade foi bloqueada pelo movimento dos cocaleiros. Oficialmente, o corte no suprimento de gás das fábricas localizadas em El Alto deve-se a manutenção rotineira, e a falta de abastecimento de gás já estava prevista antes dos bloqueios de gasodutos. A empresa brasileira Petrobras, que tem presença no país, informa que seus negócios não vêm sendo afetados pelos protestos.
"Os dirigentes guaranis começaram negociações para apresentarem suas demandas ao governo", garante o embaixador boliviano no Brasil, Edgar Camacho, afastando a previsão de greve geral. No caso boliviano, o temor é mais do que justificado, já que um movimento de grande magnitude pode colocar em xeque o mandato do presidente Mesa, cujo antecessor, Gonzalo Sanchez de Lozada, renunciou diante de uma convulsão social de grandes proporções.
Ajuda americana
Enquanto vários setores do país protestam contra a venda de gás à América do Norte, que será o motivo do referendo, os Estados Unidos selecionaram a Bolívia para receber ajuda da Corporação do Desafio do Milênio, instituição norte-americana criada recentemente para dar assistência às nações consideradas as mais pobres do mundo. Honduras e Nicarágua também aparecem na lista dos 16 países a receberem o primeiro lote de US$ 1 bilhão.
The news items published by the Indigenous Peoples in Brazil site are researched daily from a variety of media outlets and transcribed as presented by their original source. ISA is not responsible for the opinios expressed or errors contained in these texts. Please report any errors in the news items directly to the source